terça-feira, 13 de junho de 2023

Comunicação no casamento - Palestra dada aos casais - Ad Brás Santo Eduardo

 

Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol.
Eclesiastes 9:9

 

O casamento na perspectiva cristã é algo que deve ser para sempre. Jesus falou a respeito disso, essa verdade é reafirmada até mesmo no senso comum.

De modo que não é difícil ouvir até mesmo de pessoas não “cristãs” que há sim uma crença de que casamento é para a vida toda.

A declaração mútua e os votos conjugais são sempre seguidos da afirmação: “Até que a morte nos separe”.

O casamento dessa forma é mais do que a relação de amor entre dois indivíduos que escolhem viver juntos. O casamento é uma aliança, é a repetição do modo que Deus escolheu se relacionar com seu povo no decorrer da história.

Dessa forma não é o amor que sustenta a aliança, não é só o bom relacionamento, mas a aliança sustenta todas essas coisas.

Ao declarar publicamente, seja de forma verbal, ou por meio do ato civil, que há o desejo de casar-se com alguém, estamos fazendo uma aliança em que os termos são: Ainda que o tempo passe, ainda que as circunstâncias mudem, ainda que até mesmo o amor se esfrie, ainda que as versões do cônjuge mudem, estamos nos comprometendo a continuar sendo marido e mulher, em todos os tempos, em qualquer circunstância, enquanto essa aliança permanecer intacta.

Ainda que a compreensão de aliança não esteja totalmente clara na mente das pessoas, todas entendem que há uma perpetuidade no casamento.

Dietrich Bonhoeffer quem disse: É a aliança que sustenta o amor, não o amor a aliança.

Porém mesmo com este senso comum a respeito do casamento, o número de divórcios vem crescendo.

Em 2021, foi rompido o recorde histórico de divórcios em um único ano no Brasil, chegando a 77.509. Infelizmente com tendências a piora, por conta de vários fatores.

Quais seriam os principais motivos para isso? O que pode fazer o meu casamento ser destruído?

 

Na presente palestra, pretendo enumerar os principais motivos que levam o casamento ao fracasso.

 

1º - Falta de comunicação

Em 5 anos de ministério pastoral, tenho constatado que uma das maiores dificuldades que os casais têm, é de se comunicar.

Seja pela natureza do homem, seja por correções não feitas em tempo, seja pelo excesso no celular, todas essas coisas dificultam a comunicação no lar.

Os casamentos se desfazem porque a falta de diálogo vai permitindo espaços para expectativas não realizadas, ou mágoas não declaradas que se avolumam e se acumulam.

Atendemos recentemente um casal, o homem nos procurou por conta de sua esposa “repentinamente” ter ido embora.

Ao perguntar constantemente sobre a questão, ele próprio refletiu e disse não haver razões claras para ela sair. Porém por terceiros, soube que algumas vezes sua esposa tinha declarado o desejo de ter filhos, já ele desconversava a respeito do assunto, priorizava outras coisas, até que dada a falta de atenção nesse desejo dela, ela optou por romper o relacionamento.

 

Os casais têm facilidade de falar de seus problemas para parentes, amigos, pastores, mas não conversam entre si, sobre preferências, sonhos, incômodos, mágoas, etc.

 

 

 

Algumas barreiras se interpõe a boa comunicação no casamento:

1º - Dificuldade de uma das partes de falar na hora certa:

O conselho oferecido na hora certa é agradável como maçãs de ouro numa bandeja de prata”. Provérbios 25:11

 

2º - Dificuldade ouvir

 Para quem se dispõe a ouvir, a crítica construtiva é como brinco de ouro ou joia de ouro puro”.  Provérbios 25:12

 

Pr Chico Malaquias conta que houve um dia em que em uma de suas palestras, um senhor, já de idade, pediu a palavra para perguntar ao pastor diante da plateia, qual a razão de que nos dias de intimidade do casal, a sua esposa colocava o dedo no seu ouvido, sendo que ele não gostava.

Obviamente ela ficou indignada com a situação.

 

2º - Incompatibilidades – Diferenças

 

Outro grande problema no casamento são as diferenças, as pessoas são distintas em criação, em hábitos, alguns dão mais importância a determinados assuntos do que outros.

Conheci um casal que levava muito em consideração coisas bem distintas:
O rapaz nunca teve muitas regalias na alimentação, a moça se alimentava muito bem.

O rapaz sempre se vestiu bem em detrimento de ter bons pratos na mesa e presou sempre pela limpeza, para ela ter o que comer ela bem mais importante, foram inúmeros os conflitos por conta disso.

 

 

 

Hernandes Dias Lopes diz que o casamento é como uma MALA:

Uma mala velha, pesada e sem alça

“O casamento é como uma mala velha, pesada e sem alça. A figura parece estranha e negativa, mas é sugestiva. Quando nos casamos, levamos para casa uma mala com nosso enxoval. Nesse enxoval, levamos não apenas vestes e roupa de cama, mesa e banho, mas também nossos hábitos, manias, cultura, idiossincrasias, vícios e deformidades. Quando desfazemos essas malas e ajuntamos nossas tralhas, algumas coisas sobram, e essas coisas incomodam, e muito.

Quando abrimos essa mala velha, pesada e sem alça, percebemos que muitas dessas relíquias incomodarão profundamente nosso cônjuge. Nosso vocabulário, nosso tom de voz, nossas manias, nossos hábitos, nossos costumes, nossos gostos, nossa preferência podem ser um grande incômodo para quem convive conosco debaixo do mesmo teto. Há coisas pequenas que podem irritar um ao outro, como o jeito de mastigar ou de apertar o tubo de creme dental. Deveriamos ser mais sensíveis ao nosso cônjuge e menos apegados a essas relíquias e antiguidades que transportamos nessa mala velha e sem alça”.

 

Todos nós entramos no casamento com bagagens e precisamos ser compreensivos para tirar algumas coisas da nossa mala, também devemos ser compreensivos com as coisas que nosso companheiro (a) quiser manter.

 

 

 

 

 

 

 

 

3º - Expectativa elevada

Temos a tendência de ao procurar alguém para casar, buscar alguém que seja como nós, ou que seja perfeitamente compatível com nossas ideias.

O problema é que essa pessoa perfeita não existe e se existe, ela tende a deixar de ser perfeita.

Ao elevar demais as expectativas há uma grande tendência de frustração. Todos nos casamos achando que conhecemos nosso cônjuge, mas a realidade é bem mais dura do que imaginamos.

A “pessoa certa” como costumamos dizer, não existe. Se você por sorte encontrou essa pessoa a princípio, é bem possível que com o passar dos anos ela se torne outra pessoa, pois, estamos em movimento.

Nenhum de nós é mais a mesma pessoa de 10 anos atrás, nenhum de nós é a mesma pessoa que quando nos casamos.

Eu me casei com 5 mulheres, todas elas eram a minha esposa.

Devemos ter cuidado para não elevar demais nossa expectativa a cerca do cônjuge, pois, de certa forma, nós mesmos não somos a pessoa que ele (a) conheceu.

Isso acontece fisicamente, emocionalmente, financeiramente.
Neste sentido é necessário renúncia da própria expectativa, a chave do casamento não é “subir” a barra, mas renunciar por amor ao outro. Doar, mais do que cobrar.

 

Figura da conta bancária:

“O casamento pode ser comparado a uma conta bancária: precisamos depositar mais do que sacamos. Se tentarmos tirar da nossa conta mais do que depositamos, iremos à falência, perderemos o crédito, e nosso nome irá para o rol dos devedores. Assim também é o casamento: precisamos investir mais do que cobramos; elogiar mais do que criticamos; amar mais do que exigimos ser amado”.


Nós devemos ter cuidado para que não tornemos a relação conjugal numa constante contabilização, isso deve ser mais involuntário, uma doação mútua.

 

Se não houver perdão, ainda que continuem debaixo do mesmo teto as almas se divorciam.Sem perdão dorme-se namesma cama mas não se tem uma cama comum para as mesmasalmas descansarem, para dormirem juntas no repouso psicológico,espiritual e moral da oração. Sem perdão não há unidade quesobreviva numa relação familiar.

Caio Fábio-Perdão: A encarnação da graça

 

 

4º - Dificuldades de viver uma vida compartilhada

Há muitos casais zelando demais por sua individualidade, de modo que tem contas separadas, hábitos a parte, privacidade demasiada, senhas, vidas a parte.

Se a vida que escolhemos foi uma vida a dois, há necessidade de que vivam em união.

 

Há pelo menos 4 benefícios de viver a dois:


“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.

Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.

Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará?

E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.

Eclesiastes 4:9-12”

 

·      O casamento é melhor do que a vida solitária – Ec 4.9

·      Se conquista mais a dois - Ec 4.9

·      Os dois são fortalecidos - Ec 4.10

·      Os dois são aquecidos – Ec. 4.11

·      Os dois são mais fortes – Ec. 4.12

 

5º - Interferência familiar

Devemos cuidar para fortalecer o conceito de que o casamento é apenas entre 2. Família daí em diante são apenas os dois.

Devemos respeito a família do cônjuge, mas não é razoável as interferências e comparações que acontecem em muitos casamentos.

Há mães e pais que sempre mantém uma porta aberta para o caso dos filhos terem problemas nos casamentos, de modo que a qualquer dificuldade vão para a casa dos seus pais onde tem um “colo” mesmo estando errados.

 

6º - Infidelidade conjugal

O coração do homem é enganoso – Jeremias 17.9

Fundamentar a vida a dois apenas no sentimento é um engodo, pois, somos totalmente propícios a ter os sentimentos voláteis, amamos hoje e aborrecemos amanhã, gostamos hoje e amanhã não gostamos tanto assim.

Devemos cuidar para que este turbilhão de emoções não nos faça ser iludidos em achar que a saída é encontrar algo fora do casamento.

O casamento denota “deveres”, de manter-se fiel, de ter apenas uma pessoa, de ter uma vida íntima apenas com o cônjuge. Quando associamos tudo isso a um condicionante que é a paixão, temos a tendência de não manter-se “apaixonados intensamente” o tempo todo, abrindo precedentes para outras relações.

Em uma de suas defesas Jó declarou “Fiz uma aliança com meus olhos”.

Assim devemos fazer também.

·      A curiosidade não nos favorece.

·      A amizade deve ser muito mais intensa entre o cônjuge do que qualquer outra pessoa.

 

6º - Problemas de intimidade

No nosso ambiente cristão, temos muita dificuldade de lidar com a questão do sexo.

Somos apresentados a pelo menos 3 noções a respeito dele:

1º - Sexo é apenas um apetite

2º - Sexo é algo de natureza inferior no ser humano (Algo sujo)

3º - Satisfação pessoal (busca de identidade)

 

Tendo isso em mente naturalmente há um tabu na mente de muitas pessoas a respeito da própria sexualidade, em que pensam ser o sexo algo criado por satanás, ou uma criação humana.

Sob essa perspectiva, o sexo seria algo que Deus veria de forma negativa, ou algo que ele apenas tolera.

 

Porém Deus é quem criou homem e mulher com genitália, desejos e zonas erógenas, ele não o faria para que não fossem usados.

·      A bíblia ordena a prática do sexo – 1º Coríntios 7.3-5

·      A bíblia ainda ordena que o marido usufrua dos seios da sua esposa – Pv.5.19

·      Todo o livro de Cantares trata da questão abertamente (Exploraremos adiante).

 

 

 

 

 

 

 

O sexo é um meio de renovar a aliança que mencionamos antes:

“Quando você se casa, faz uma aliança solene com seu cônjuge. É um grande dia e seu coração se enche de satisfação. Com o passar do tempo, contudo, é necessário reavivar a chama dentro do coração e renovar o compromisso. É preciso haver oportunidade de relembrar tudo o que a outra pessoa significa para você e de se entregar novamente. O sexo entre marido e mulher é a forma singular de fazê-lo. Aliás, o sexo é, talvez, o meio mais poderoso que Deus criou para ajudar você a se entregar inteiramente a outro ser humano. É o modo designado por Deus para que duas pessoas digam uma à outra: “Pertenço completa, inteira e exclusivamente a você”.

Timothy Keller

 

Em poucas palavras tratemos da questão biblicamente:

 

O marido pague à mulher a devida benevolência (Dê prazer), e da mesma sorte a mulher ao marido.
A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.

1 Coríntios 7:3-5

 

Elenco aqui algumas verdades deste texto:

1º - O conceito de sexo cristão exige que o casal proporcione prazer mutuamente

O homem sobe a ladeira em carro 2.0, a mulher sobe de bicicleta. Algumas na primeira pedalada veem a corrente soltar (quem lê entenda).

 

- A primazia do prazer é da mulher

Use de todos os meios possíveis.

 

- O sexo deve acontecer com frequência (privações apenas por consentimento mútuo

Judeus ortodoxos usam cobertas com um furo.

 

- Há barreiras que o sexo levante em torno do casamento

 

Neste sentido o sexo não deve ser procurado para que uma das partes sinta prazer, mas como um presente mútuo.

Ao pensar assim, muitos talvez diriam que a frequência que isso aconteceria com os homens no que diz respeito a procura seria muito maior, mas não é bem assim, há muitas mulheres hoje reclamando da falta de frequência dos homens.

“o maior prazer sexual deve ser o de ver seu cônjuge sentir prazer. Quando você atinge o ponto em que causar excitação no outro é o que mais excita você, está praticando esse princípio.” Tim Keller

 

·      Devemos nos preocupar menos com desempenho e mais com o envolvimento afetivo.

 

·      O sexo afeta diretamente três áreas – Psicológico, físico e espiritual

 

 

 

 

 

 

Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.
1 Pedro 3:7

 

A ideia do texto é que o marido deve tomar posse do corpo de sua esposa com entendimento, prudência, carinho, porque do contrário, até suas orações são impedidas.

 

A bíblia fala abertamente sobre o relacionamento sexual.

CT. 1.2 – Beijos na boca

 

CT. 1.16 – Gentil e agradável, nosso leito é viçoso

Cap 4.5  - O pescoço, os seios, etc.

5.11 – A descrição da amada

7.7 – Carícias nos seios

 

Falta de vida devocional

9

A vida devocional é uma barreira natural contra o divórcio, nossa natureza caída está cada vez mais se afundando, a escritura é o único meio de nos segurar.

Provérbios – Introdução e panorama - Sermão entregue à Ad Brás Santo Eduardo - Culto de ensino

 

Provérbios – Introdução e panorama

 

Na análise de um livro algumas perguntas auxiliam no entendimento, são elas:

·      Qual significado do nome do livro?

·      Qual o principal assunto do livro?

·      Qual a categoria do livro (Carta, história, poesia, profecia, etc).

·      Quem escreveu o livro?

·      Qual o versículo chave?

·      Qual a divisão do livro?

·      O que este livro diz sobre Jesus?

 

 

1º - O que é um provérbio?

“Frase curta geralmente de domínio público, com ritmo e rima, que sintetiza um pensamento” – Google

“Frases curtas baseadas em longas experiências” – Warrem Wiersbie citando Miguel de Cervantes.

 

Um provérbio é a sintetização de uma grande lição em pequenas frases, cito abaixo alguns exemplos:

·      “O medo é a fé na derrota” – Neil Barreto

·      “Confiança é a certeza do que eu não posso verificar” – Tomás de Aquino

·      “A soberba precede a queda” – Provérbios 16.18

 

A capacidade de sintetizar um pensamento complexo em poucas palavras se dá mediante a muita observação e capacidade de absorver o conceito, quem muito diz sobre algo, não tem tanto domínio, como quem consegue sintetizar em poucas palavras um grande pensamento.

Os provérbios são chamados em HB de “Meshallim” são figuras de linguagem, parábolas, ditados especialmente elaborados.

  

Pense em quantas obras existem sobre orgulho, quantos livros, exemplos, quantas vertentes, um grande artigo poderia ser escrito a este respeito, mas não se faz necessário, uma vez que o escritor domina o assunto, a ele basta sintetizar em uma pequena frase.

 

Exemplos de provérbios comuns:

Para bom entendedor, meia palavra basta”

“De grão em grão, a galinha enche o papo”

“Cada macaco no seu galho”

 

Algumas culturas exportaram provérbios conhecidos: China, Angola, EUA, etc.

O livro de Provérbios da bíblia é considerado um dos livros sapienciais (Livros de sabedoria).

Eram três as categorias de escritos hebraicos: Lei, profetas e sabedoria.

Os ministros que ajudavam os reis eram divididos em categorias semelhantes a essas: Sacerdotes, profetas e Sábios.

 

2 – Sabedoria – Principal assunto

 

O livro de provérbios tem como principal assunto a sabedoria.

A palavra “sábio” e “sabedoria” aparece pelo menos 125 vezes no livro.

Portanto o objetivo deste livro é discorrer da sabedoria e aplicá-la ao dia a dia e diversos âmbitos da vida do leitor.

 

Em nossos tempos tem sido muito valorizado a competência técnica, a inteligência e de fato, possuir algumas habilidades específicas é algo sensacional e que abre precedentes para grandes conquistas na vida.

Porém chegamos a uma via em que há um desequilíbrio, em que as pessoas adquirem uma grande capacidade técnica e intelectual mas que não se reflete em saber viver.

 

Sabedoria em termos práticos é isso: Saber viver bem.

Gordon Fee diz que “Sabedoria é a habilidade de fazer escolhas piedosas na vida”

 

O livro de Provérbios trata da sabedoria não como conceito, não como abstração intelectual, não como teoria inaplicável, sabedoria só é sabedoria quando une teoria e prática, quando o conceito que eu possuo se reflete na prática.

 

Algumas pessoas se dedicam de tal modo na sabedoria que são assim chamadas “sábias”.

 

Em processos seletivos, há uma grande demanda em torno de pessoas que consigam equilibrar a competência técnica e o que modernamente chamamos de inteligência emocional, as pessoas são em sua maioria admitidas em trabalhos por sua competência técnica e dispensadas por fatores comportamentais.

Vejamos grandes talentos, pessoas extremamente inteligentes, mas que não sabem lidar com rejeição, não sabem lidar com o próprio ego, não sabem lidar com decepções na vida, o sábio neste sentido prevalece.

A sabedoria extrapola os limites teóricos e vai para a prática da vida, pessoas sábias são extremamente práticas, elas não são muito formuladoras de conceitos, elas sabem viver, sabem escolher, sabem como agir e reagir.

 

3 – Os livros sapienciais

O livro de provérbios está classificado como um destes livros de sabedoria, este tipo de literatura é muitas vezes negligenciado por nós, pois, pouco fala de promessas ou palavras que reforçam comportamentos, antes pelo contrário, se constituem livros de confrontação.

Nós gostamos de ler Jó 1,2, 14, 19 e 42.

Mas ignoramos uma série de diálogos de seus amigos que visavam de certa forma esvaziar parte de seu orgulho.

No que diz respeito a Eclesiastes, à exceção dos capítulos 3 e 12 dificilmente vemos alguém falar algo à respeito do livro e sua perspectiva dos fatos.

Ao negligenciar o estudo destes livros estamos deixando de lado grandes bênçãos que podem nos favorecer na nossa prática cristã.

O livro de Provérbios tem conselhos a respeito de generosidade, economia, relacionamentos, amizade, orgulho, trabalho, língua, etc.

 

O livro de provérbios é a sintetização das maiores verdades da vida debaixo do sol, saber entrar e sair, saber falar e calar, saber agir e esperar, saber parar e continuar, saber o que fazer primeiro, o que é prioridade, todas essas questões são inquietantes

 

4 - Quem escreveu o livro de Provérbios?

 

Os textos abaixo indicam autoria de Salomão:

·      Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel;
Provérbios 1:1

·      Provérbios de Salomão: O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe.
Provérbios 10:1

·      Também estes são provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá.
Provérbios 25:1

 

Salomão recebeu de Deus uma sabedoria fantástica – 1 Reis 3.5-15

 

E em Gibeom apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos; e disse-lhe Deus: Pede o que queres que eu te dê.
E disse Salomão: De grande beneficência usaste tu com teu servo Davi, meu pai, como também ele andou contigo em verdade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; e guardaste-lhe esta grande beneficência, e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como se vê neste dia.
Agora, pois, ó Senhor meu Deus, tu fizeste reinar a teu servo em lugar de Davi meu pai; e sou apenas um menino pequeno; não sei como sair, nem como entrar.
E teu servo está no meio do teu povo que elegeste; povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão.
A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?
E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, de que Salomão pedisse isso.
E disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para ti entendimento, para discernires o que é justo;
Eis que fiz segundo as tuas palavras; eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará.
E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; de modo que não haverá um igual entre os reis, por todos os teus dias.
E, se andares nos meus caminhos, guardando os meus estatutos, e os meus mandamentos, como andou Davi teu pai, também prolongarei os teus dias.
E acordou Salomão, e eis que era sonho. E indo a Jerusalém, pôs-se perante a arca da aliança do Senhor, e sacrificou holocausto, e preparou sacrifícios pacíficos, e fez um banquete a todos os seus servos.

1 Reis 3:5-15

 

·      O seu primeiro teste logo em seguida se deu com as duas mulheres que trouxeram a criança morta outra viva, foi então que dado o conflito pela criança viva Salomão demonstra sabedoria pedindo uma espada para identificar qual era a mãe:

E todo o Israel ouviu o juízo que havia dado o rei, e temeu ao rei; porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça.

1 Reis 3:28

 

A descrição da sabedoria de Salomão

E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar.
E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios.
E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, e do que Etã, ezraíta, e Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o seu nome por todas as nações em redor.
E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.
Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais e das aves, e dos répteis e dos peixes.
E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão, e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.

1 Reis 4:29-34

 

 

 

 

A Rainha de Sabá falando a cerca dele:

Então disse ao rei: Era verdade a palavra que ouvi na minha terra acerca dos teus feitos e da tua sabedoria.
Porém não cria naquelas palavras, até que vim, e meus olhos o viram, e eis que não me disseram a metade da grandeza da tua sabedoria; sobrepujaste a fama que ouvi.

2 Crônicas 9:5,6

 

Salomão foi por certo o principal escritor de provérbios, mas foi acompanhado por outros:

·      Os homens de Ezequias – PV 25.1 (Talvez os sábios de Ezequias)

 Escreveram os capítulos de 25 a 29 transcrevendo tradição oral de Salomão

·      Agur filho de Jaque escreveu o capítulo 30

·      Rei Lemuel escreveu 31 (Acredita-se que fosse um nome artístico de Salomão)

 

5º - Qual o propósito do livro de provérbios?

 

Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem, as palavras da prudência.
Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade;
Para dar aos simples, prudência, e aos moços, conhecimento e bom siso;
O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos;
Para entender os provérbios e sua interpretação; as palavras dos sábios e as suas proposições.
O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.

Provérbios 1:2-7

 

O propósito é dar sabedoria e entendimento quanto a comportamentos sábios, justiça, discernimento, imparcialidade (justiça).

 

Como resultado:

1.    Os simples serão prudentes

2.    Aos jovens conhecimento e juízo

3.    Os sábios se tornam mais sábios

 

O princípio norteador e que diferencia os provérbios bíblicos dos demais, é que eles não partem apenas da sabedoria humana, mas do Senhor, o princípio regulador é o temor do Senhor.

 

6 - Divisão do livro:

7 - O que Provérbios nos diz sobre Jesus?

 

O livro de Provérbios e a sabedoria aqui descrita, é um tipo de Jesus:

Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.
Colossenses 2:3

        

Jesus é a personificação perfeita da sabedoria de Deus:

Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.
1 Coríntios 1:24

 

Salomão foi o homem mais sábio que já existiu, mas Jesus se apresentou como aquele que é maior do que Salomão – Mt 12.42

 

Salomão foi o mais longe que um homem conseguiu chegar na caminhada com a sabedoria, Jesus é a própria sabedoria de Deus.

 

Assuntos abordados nesta série:

 

·      O valor da sabedoria

·      O convite da sabedoria e da insensatez

·      Preguiça

·      Língua

·      Trabalho

·      Conselhos gerais

·      Orgulho

·      Contentamento e Generosidade

 

O Espírito Santo e a igreja - Sermão entregue no culto de ensino - Ad Brás Santo Eduardo

 


E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
Atos 2:36-47

 

 

Sinais de uma igreja viva

 

Aprendemos até aqui sobre quem é o Espírito Santo, como ele atuou no A.T, suas promessas na bíblia, seu derramamento e o dia de pentecostes, a manifestação das línguas na bíblia.

Aprendemos que os discípulos ficaram acuados após a morte de Jesus, alguns foram tentados a voltar pra sua vida pregressa, outros a duvidar de sua ressurreição, mas Jesus os comissionou, condicionando sua grande comissão a um único requisito: Ficar em Jerusalém até que fossem revestidos de poder.

Passados 10 dias de sua ascensão, os discípulos receberam o Espírito Santo e isso foi seguido por alguns sinais como o falar em línguas idiomáticas, outros sinais externos como o som do vento e todos foram cheios do Espírito Santo.

O primeiro ato é apologético, Pedro chama os curiosos e lhes faz uma exposição iniciada no A.T e terminando em Jesus, falando sobre o derramamento prometido, sobre o sacrifício de Jesus que era seu requisito e chamando o povo ao arrependimento.

Dali em diante, inicia-se a era da igreja.

O derramamento do Espírito é a inauguração da era da igreja.

 

Considerações sobre a igreja primitiva

Muito se diz a respeito dessa igreja dos dias apostólicos, pensamos nela como uma igreja perfeita, mas não era, pelo simples fato de termos nela os homens imperfeitos que constituem a igreja até hoje.

Pensamos na igreja de Atos dos Apóstolos como um lugar sem erros, sem pontos por ajustar, tendo quase uma idolatria pelos relatos desses dias.

Grande parte dessa confusão está em torno de discernir a igreja invisível da igreja visível.

Igreja visível e invisível

A igreja invisível, a igreja de Deus, a igreja eclesiológica é perfeita e sempre vai muito bem. Ela é irrepreensível, sem mácula, sem rugas, ela é santa, ela é intocável, as portas do inferno não prevalecem contra ela. A igreja corpo de Cristo sempre está indo muito bem, mas a igreja enquanto corpo visível não vai tão bem assim.

A igreja perfeita só está descrita na “eclesiologia” do novo testamento, é o povo de Deus, é o sal da terra, é a luz do mundo, são os astros deste mundo conforme Fp.2.15.

A igreja perfeita é descrita, mas não historiada. É idealizada, mas não materializada.

Em atos não temos um modelo 100% perfeito, nessa igreja há problemas para alimentar viúvas, nessa igreja há problemas de hipocrisia como o caso de Ananias e Safira. Mas é o modelo mais próximo já visto na história do “Ideal”.

É inegável que há sim, inúmeras qualidades nessa igreja influenciada pelo Espírito Santo em sua originalidade e coisas das quais temos que refletir como um modelo que nos fala de como é uma igreja verdadeiramente espiritual e cheia do Espírito Santo.

 

 

A igreja em Atos responde à pergunta: Quais são as marcas de uma igreja viva?

 

Essa era uma igreja cheia do Espírito Santo

 

·      Os discípulos estavam com medo, mas agora anunciam de forma ousada a palavra.

·      Os discípulos tinham atritos, mas agora vão Juntos ao templo – Atos 3.

·      Os discípulos não compreendiam as coisas, agora expõe a palavra com entendimento.

·      Os discípulos tinham características pessoais que foram mudadas após o derramamento do Espírito, exemplo: Pedro e João.

·      O Espírito Santo é o agente capacitador da igreja em sua missão.

·      O Espírito Santo é o doador da virtude para pregar, foi só após seu derramamento que a igreja rompeu o silêncio pós cruz e passou a ser militante do reino de Deus.

 

 Como consequência, na primeira pregação, a igreja ganha três mil novas almas e essa nova comunidade de fé, com 3000 pessoas tem algumas características muito fortes:

 

1º - Perseverança na doutrina dos apóstolos – V.42

“A primeira característica de uma igreja viva, é algo que não muitas igrejas teriam hoje, é uma igreja que está aprendendo, é uma comunidade que estuda” – John Stott

 

No dia de pentecostes Deus abriu uma escola e os professores eram os apóstolos, essa escola já nasceu com 3000 estudantes.

A experiência sobrenatural dos 120 discípulos, mais os 3000 que ouviram a palavra não substituiu o desejo de aprender a palavra.

É triste a constatação que temos, mas estamos num tempo em que as experiências estão substituindo a exposição, não importa muito o que você prega, contanto que haja um mover do Espírito. As pessoas querem sentir arrepios, sensações novas, moveres diferenciados e não há limites na criatividade humana para isso.

EX. Josias

 

A igreja apostólica, tinha desejo de sentar-se aos pés dos apóstolos para conhecer mais de Jesus, para compreender mais da sua palavra.

“A plenitude do Espírito Santo é incompatível com o antiintelectualismo, o Espírito Santo é o Espírito da verdade, a palavra é a verdade”.

 

A doutrina dos apóstolos é o novo testamento.

“Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja bíblica. Uma igreja neotestamentária, uma igreja apostólica. Nela se ensina as escrituras. Os pais ensinam aos filhos, os membros da igreja leem e refletem sobre as escrituras todos os dias. O Espírito de Deus dirige seu povo a submeter-se a palavra de Deus, e quando o faz, essa igreja se renova com a presença do Espírito Santo”.

 

Há muitos movimentos hoje alheios a palavra, esses movimentos são por assim dizer bizarros e assustadores, o misticismo está sobreposto sobre a palavra, usa-se até alguns fundamentos para isso, em busca de “bases bíblicas” se distorcem textos das mais diversas naturezas.

Já vi óleo da chave da bênção, já vi água da vida, laranja como ato profético, etc.

 

 

 

2 – Comunhão e ajuda mútua – V.42,44-45

A palavra grega para comunhão é Koinonia, indica um cuidado mútuo, um envolvimento para além das reuniões.

A igreja tinha aqui comunhão em alguns aspectos:

 

·      Vertical – Comunhão com Deus

·      Horizontal – Comunhão com os irmãos

·      Social – Compartilhamento de bens

 

Se a nossa comunhão é apenas vertical, temos uma espiritualidade isoladora

Se a nossa comunhão for apenas horizontal tornamo-nos um clube de encontros

Se a nossa comunhão for apenas social, constituímos uma ong.



Devemos lutar para atingir cada um dos três níveis.


Os versículos seguintes retratam como essa comunhão se dava:

“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.

E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister”.

Atos 2:44,45

 

Nesse nível de comunhão, a ordem de suprimento não é a disponibilidade, mas a necessidade.

A maior preocupação da igreja hoje é o dinheiro, naqueles dias é o que menos pensavam, pois, se o sentimento de cuidado é mútuo, não há por que sobrar para um e faltar para outro.

Alguns doavam como podiam AT.11.29, outros recebiam conforme precisavam 2.44.

As pessoas ainda continuavam tendo casas – V.46

Alerta quanto ao Marxismo

 

3º - Adoração formal e informal – V.46

Uma das marcas da distorção do nosso tempo é a “informalidade”, pensamos que avivamento é antônimo a formalidade e as mais diversas bizarrices são feitas neste sentido.

Os Cristãos eram fiéis a doutrina dos apóstolos e também aos sacramentos estabelecidos na palavra.

Eles frequentavam as reuniões formais de oração no templo, mas também tinham reuniões informais em casa.

Nós devemos encontrar este equilíbrio enquanto igreja.

 

O formal não pode ser engessante, nem o informal sem regra alguma.


Lembro-me de um movimento iniciado por jovens que lutavam por um evangelho informal, batizavam pessoas com garrafa de água e achavam estar sendo efetivos, mas o movimento totalmente informal é sem identidade, sem ordem, abre precedentes pra desordem coríntia.

O movimento demasiadamente formal é limitador por si só.

Devemos encontrar este equilíbrio. Reuniões formais e sacramentos, mas momentos informais nas casas, nas ruas, etc.

 

A igreja viva une formalidade e informalidade.

“Creio que aqui há uma lição importante para a igreja contemporânea. Algumas igrejas são demasiado conservadoras. Resistem a mudanças, parecem feitas de cimento; seu lema parece ser a expressão litúrgica, ‘para sempre, pelos séculos dos séculos, amém...’ Nesse tipo de congregação os adultos precisam escutar os jovens, e estes deveriam estar representados na direção da igreja. Não é necessário que estejamos sempre de acordo com eles, porém devemos escutá-los com respeito. Os jovens, por sua vez, entenderam que a maneira com que Deus transforma a igreja institucional é mais pela reforma paciente do que pela revolução violenta. Não precisamos nos opor ao formal através do informal; cada um é apropriado no seu momento. Precisamos dos serviços dignos e solenes no templo, mas também precisamos nos encontrar nos lares, onde podemos ser mais informais e espontâneos. A adoração se enriquece tanto com a dignidade como com a espontaneidade”.

Devemos cuidar para que nossos encontros não sejam como os de Corinto “Se reúnem não para melhor, se não para pior”.

 

 

4º - Uma igreja alegre e reverente

“Com alegria e singeleza de coração”.
Atos 2:46

 

Nós devemos deixar a espiritualidade carrancuda, deixar de pensar que santidade é o mesmo que amargura, que autoridade é o mesmo que cara fechada.

Mas o fruto do Espírito é amor e alegria.

Alegria era uma das marcas inclusive de Jesus.

“Mas a glória e a graça de Jesus nos mostram que ele é, e sempre será, uma alegria indestrutível. Eu digo glória de Jesus porque a tristeza não é gloriosa. E digo graça de Jesus porque a melhor coisa que ele tem para nos dar é a sua alegria. "Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa" (Jo 15.11 — v. também 17.13; grifo do autor). Jesus não seria totalmente misericordioso se simplesmente aumentasse minha alegria até o seu ponto máximo e, depois, deixasse de conservar dentro de mim essa alegria.

Minha capacidade de me manter alegre é muito limitada. Assim, além de se oferecer para ser o objeto divino de minha alegria, Cristo derrama sua própria alegria em meu ser, para que eu possa alegrar-me nele com a verdadeira alegria de Deus. Isto é glória, e isto é graça”.

 

Podemos imaginar naqueles crentes um gozo muito menos inibido do que as tradições costumam nos permitir. Algumas reuniões de adoração parecem mais funerais. Todos estão vestidos de preto, ninguém sorri, ninguém diz nada, tocam-se hinos com muita lentidão e toda atmosfera é lúgubre. Por quê? Alegremo-nos no Senhor! Cada reunião deve ser uma celebração alegre. Contudo, a adoração da igreja primitiva também se caracterizava pela reverência. Seus cultos não eram irreverentes. Se em algumas reuniões o ambiente é funerário, em outros é demasiado leviano. Não refletem a presença solene e soberana de Deus. Os primeiros cristãos não conheciam esse erro. Quando o Espírito Santo renova a igreja, a enche de alegria e também de reverência ante Deus.

 

Precisamos encontrar o equilíbrio de uma alegria reverente.

 

5º - Uma igreja que evangeliza e cresce – V.27

 

Você acha que Deus se preocupa com qualidade ou quantidade? O que é mais importante para ele?

Uma vez fui confrontado com essa pergunta, mas a resposta é os dois.

 

igreja iniciou-se com 12 –Lucas 9.1

Depois 70 –Lucas 10.1

Em Atos 1.15 tinha -120

Em Atos 2.14 –3.000

Em Atos 4.4 – 5.000

O número continua crescendo ao ponto de perder a conta (Atos 5.14)

Mais crescimento inclusive conversão de sacerdotes (Atos 6.1 e 7)

Cristãos se espalham devido à perseguição e iam pregando pelas cidades (Atos 8.1 e 4)

Muitas Igrejas fundadas (Atos 9.31)

Aldeias inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35)

 Outras conversões significativas ocorreram, como a dos Samaritanos em Atos 8.

A conversão de Saulo em Atos 9

A conversão de Cornélio – O primeiro Gentio – Atos 10

 

Uma igreja viva é uma igreja que cresce e cresce por meio da evangelização.

 

Segundo Hernandes Dias Lopes as igrejas estão se enforcando em seu próprio cordão umbilical, estão com uma síndrome de mar morto em que só recebem e não fazem nada para além de seu espaço. Há ainda um sentimento oposto ao da mulher da parábola da dracma perdida, ao invés de buscar a moeda que se perdeu, há uma expectativa em torno de polir as moedas que estão em mãos, não se busca o que se perdeu, mas se dá atenção demasiada ao que está sob seu controle.
O avivamento acontecerá na medida em que o povo novamente estiver disposto a assumir sua identidade e sair das quatro paredes do templo, quando fizermos como Felipe que ao ver o convite do Espírito Santo lhe dizendo “Ajunta-te a essa carruagem” foi e atendeu.

 

·      Jesus acrescentava as pessoas

·      Jesus as salvava e acrescentava mutuamente

·      Jesus fazia isso todos os dias, tudo isso através da igreja.

 

6º Uma igreja com relações renovadas

·      Com os apóstolos

·      Com Deus

·      Com os irmãos

·      Com o mundo

 

No fim o que todos queremos é uma igreja com pregação bíblica, comunhão forte, adoração viva (dentro e fora do templo) e que seja relevante.

 

Que Deus nos avive como igreja para isso.

 

7º - Uma igreja com maravilhas e sinais

 

O elemento sobrenatural pra nós é um diferencial enquanto igreja, ainda mais pentecostal, cremos que há coisas que acontecem quando nos reunimos, que não acontecem em outros lugares.

 

Ex – Oração por Paulo em Listra

 

A comunhão da igreja é um ambiente de cura coletiva, de orações respondidas, de milagres.