quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Liderança cordial - Gideão e os Efraimitas

Liderança cordial - Gideão e os homens de Efraim.
Então os homens de Efraim lhe disseram: Que é isto que nos fizeste, que não nos chamaste, quando foste pelejar contra os midianitas? E contenderam com ele fortemente.
Porém ele lhes disse: Que mais fiz eu agora do que vós? Não são porventura os rabiscos de Efraim melhores do que a vindima de Abiezer?
Deus vos deu na vossa mão os príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe; que mais pude eu fazer do que vós? Então a sua ira se abrandou para com ele, quando falou esta palavra.
Juízes 8:1-3
Gideão acabara de voltar da batalha com os Midianitas, aparentemente o maior inimigo estava vencido, porém nas nossas batalhas os opositores internos são mais problemáticos do que os de fora. Os Efraiminitas aparecem após a guerra e questionam o fato de não terem sido convidados, isso após o término.
O que você responderia? Como reagiria diante de alguém que no momento oportuno não apareceu e agora deseja tirar satisfação por não ter participado, pessoas que não fazem e questionam o que os outros fizeram? Alguém reclamaria, falaria mal, diria que foram covardes, enfim...
Gideão apenas olhou para eles e se autodiminuiu a fim de valorizar o outro.
Gideão entendeu que vencer o povo Midianita de fato era uma virtude, mas que as lideranças foram derrotadas pelos homens de Efraim e isso também tem relevância, é essa capacidade de maximizar os pequenos atos do próximo, sem fazer questão de expor os seus, que torna essa passagem um grande exemplo para nós.
Precisamos de lideranças que se autodiminuam para valorizar o outro (a começar de mim), de pessoas que saibam reconhecer os pequenos atos dos que estão a sua volta, ainda que sejam pessoas difíceis. Precisamos entender sobretudo que eu posso vencer um grande exército com as estratégias que Deus me dá, mas há inimigos que são vencidos com métodos diferentes dos meus.
Há certo embate atualmente entre os “tradicionais” e os “pentecostais” no ambiente assembleiano, ambos se alfinetam entre si, porém precisamos olhar para Gideão e ver que de modos diferentes os dois são eficazes, o ensinador chega onde o avivalista não pode chegar e vice-versa. Não há uma única linguagem certa, um único método, uns vencem trezentos, outros vão pras cabeças, o importante mesmo é que venceremos.
Que reconheçamos os que batalham de modo diferente, sem criar embates, que os elogios sejam mais frequentes que as repreensões, que os inimigos sejam apenas de fora, não de dentro e assim teremos de fato uma liderança cordial.
No texto disseram: “Pelo Senhor e por Gideão”
Nós diremos “ Por Cristo e por sua glória”.
Amém