sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Lidos e indicados

Fim de milênio: Os perigos e desafios da pós modernidade na igreja: Ricardo Gondim
Artesãos de uma nova história: Ricardo Gondim
Creia na possibilidade da vitória: Ricardo Gondim
Maravilhosa graça: Philip Yancey
A cruz de Cristo: John Stott
O perfil de três reis: Gene Edwards
A volta do pródigo: Henry Nowen
O peso de glória: C.S. Lewis
O problema do sofrimento: C.S. Lewis
O discípulo Radical: John Stott
O perfil do pregador: John Stott
Feridos em nome de Deus: Marília de Camargo César
Heróis da fé: O.S. Boyer
Deuses Falsos: Thimoty Keller
O impostor que vive em mim: Brennam Manning
O Pródigo: Brennam Manning e Greg Barbet
O semeador de idéias: Augusto Cury
Pentecostes: O fogo que não se apaga: Hernandes Dias Lopes
Derramamento do Espírito: Hernandes Dias Lopes
A arte de pregar: Robson Marinho
Perdão: Encarnação da graça: Caio Fábio D'Araujo Filho
Por que tarda o pleno avivamento?: Leonard Ravenhill
Resgatando o Cristianismo: A.W. Tozer
Poder através da oração: E.M. Bounds
Rute: Uma perfeita história de Amor: Hernandes Dias Lopes
Seis horas de uma sexta-feira: Max Lucado
A história de Deus e a sua história: Max Lucado
Ele escolheu os cravos: Max Lucado
A vida e os tempos do apóstolo Paulo: Charles Ferguson Ball
Evangelhos que Paulo Jamais pregaria: Ciro Sanches Zibordi
Em defesa da fé Cristã: Dave Hunt
Erros que os pregadores devem evitar: Ciro Sanches Zibordi




Resenha - O peso de Glória (C.S. Lewis)

O livro o peso de glória trata-se de uma coleção de palestras ministradas por C.S. Lewis durante a segunda guerra mundial e alguns sermões entregues às igrejas nesse período.

O primeiro capítulo apresenta o sermão que dá título ao livro.
Trata-se de uma nova abordagem sobre a escatologia, diferente da grande maioria dos sermões a cerca do tempo futuro, C.S. Lewis aborda as expectativas quanto a glória futura. Sobre o que poder ser muito bem definido como "saudades do céu". O anseio dos homens por projetar deuses, no céu, na terra, é na verdade um anseio por fazer parte da beleza que hoje contemplamos. Na glória futura isso será finalmente satisfeito. Além disso, Lewis apresenta a glória futura como algo semelhante a ser finalmente agradável a Deus, não apenas aceito, será o dia em que não receberemos apenas misericórdia, mas que a admiração será mútua.

Há ainda um sermão sobre o falar em línguas, chamado "transposição".
Lewis apresenta tal acontecimento como algo "embaraçoso" e de fato é. Como discernir o falar em outras línguas sem levar em conta todo o emocionalismo que há por trás desse ato? Em resumo, seu argumento é de que ninguém que está olhando por baixo, que não transpôs os limites da razão, pode compreender plenamente tal dom. É algo que quem está de baixo não alcança, naturalmente acabam de alguma forma criticando o que não conhecem.

"A crítica feita a partir de um plano inferior contra qualquer experiência, a desconsideração voluntária do significado e a concentração no fato sempre apresentarão a mesma plausibilidade. Sempre haverá provas, provas frescas, todos os meses, de que a religião é apenas psicológica, a justiça, mera autoproteção, a política, simples economia, o amor, pura sensualidade e o pensamento, nada mais que bioquímica do cérebro."

Há um artigo extremamente relevante, em que CS Lewis responde a razão de não ser um pacifista.
Em resumo, ele explica que as guerras em sua maioria não foram totalmente prejudiciais, grande parte dos avanços na sociedade se deram em guerras e o pacifismo trata-se de uma utopia, de uma má interpretação das palavras de Jesus no sermão do monte, devemos sim nos defender, devemos sim levar em conta que por mais dolorido que seja, a guerra não é de todo ruim e que devemos deixar alguns conceitos que aprendemos no decorrer dos anos.

Lewis fala sobre a necessidade de se produzir arte independente do ambiente externo, os estudantes poderiam se sentir como Nero, tocando música enquanto Roma queima. Porém a produção acadêmica, literária, intelectual não pode ser feita apenas em momentos de paz, pois, eles nunca surgirão.

A leitura dessa obra foi de enriquecedora, visto que é plenamente possível vivermos um dualismo, não considerar que todas as coisas devem ser feitas para a glória de Deus. Assim nosso estudo, nosso trabalho, são imaginados de forma errônea, achamos que trabalhar ou estudar bem, não interfere em nossa relação com Deus. Mas pelo contrário, todas as atividades, até as mais simples devem ser para a glória de Deus.

Recomendo a todos essa leitura.

Resenha - O perfil de três reis (Gene Edwards)

Uma leitura fácil, mas ao mesmo tempo profunda e de alguma forma curadora. Assim definiria esse livro. Trata-se de uma narrativa sobre Saul, Davi e Absalão e as respectivas posturas dos três como líderes.

De forma indireta inicialmente, o autor almeja destacar os principais traços dos três. Saul representa as lideranças que abusam do poder, as lideranças que tornam seu reino algo extremamente pessoal de modo que para mantê-lo são capazes de lançar flechas e ferir quem quer que seja.
Não é fácil identificar um Saul, pois ele começa bem e é no poder que se torna cego.
O autor chega ao ponto de perguntar: Como saber quem é um Saul? Eu sou um Saul? Não sei, Deus o sabe.

Posteriormente é destacada a postura de Davi diante das tentativas do rei para matá-lo, seu modo pacifista, sua capacidade de ser simpático, mas não por almejar criar um poder paralelo, respeitando a liderança atual por pior que seja.

Por fim, Absalão é apresentado como um usurpador, como alguém que ao contrário do pai, cria alianças para rebelião, almeja o poder criando grupos paralelos.

Esse livro é para todos que almejam ser líderes no padrão de Davi, para você que já é um líder ficar alerta com a possibilidade contínua de se cegar com o poder, ou de criar motins a fim de alcançar lugares mais altos. Esse livro é para todos que de alguma forma já foram feridos por alguém superior, mas almejam não se deixar ser envenenado com as flechas da amargura.

Recomendadíssimo. Abraços. Na paz que excede todo o entendimento.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A paternidade do pregador não lhe põe num lugar mais alto.

É ridículo quando um cristão clama
autoridade paternal sobre um irmão na fé, exigindo que ele
se comporte como se fosse seu filho, quando na realidade
eles são irmãos. Os fariseus tinham grande prazer em
tratar as pessoas simples como animaizinhos de estimação.
O ministro cristão não pode fazer coisa semelhante.

John Stott - O perfil do pregador

Devemos evitar a relação de dependência entre membros e pastores e pregadores

Não temos o menor desejo de
manter os membros de nossa igreja perpetuamente
agarrados à barra da saia do pastor, sempre correndo ao
nosso redor como as criancinhas fazem com sua mãe. Em
toda igreja há aquelas pessoas fracas que adoram paparicar
o pastor, e estão constantemente marcando entrevistas
com ele para consultá-lo sobre problemas espirituais. Isto
deve ser combatido, energicamente. Com delicadeza e
firmeza, devemos dizer claramente que a vontade de Deus
para seus filhos é que eles dependam dele como Pai, e não
de outros homens.

O perfil do pregador - John Stott

O pregador local é um pai

A pregação envolve um relacionamento pessoal
entre o pregador e sua congregação. O pregador não é um
artista que declama do palco enquanto a audiência
permanece passiva. Nem é apenas um arauto, que prega
como se estivesse "gritando dos eirados", um intermediário
entre o Rei e um povo que ele não conhece, e que não o
conhece também. Ele é um pai com seus filhos. Entre eles
existe um relacionamento de amor familiar. Eles pertencem
um ao outro. E antes, durante e depois do sermão, o
pregador é (ou deveria ser) consciente deste
relacionamento em que está envolvido. Isto pode não ser
tão visível nas pregações evangelísticas, como numa
campanha ao ar livre, quando a maioria dos seus ouvintes
são desconhecidos. Mas torna-se evidente para o pregador
que tem o inestimável privilégio de ministrar a uma
congregação fixa.

O perfil do pregador - John Stott

Pregador local também é pastor

"o pregador precisa ser pastor, para que esteja pregando a homens de carne e osso. O pastor precisa ser pregador, para que mantenha viva a dignidade de seu ofício. O pregador que não é pastor, torna-se distante; o pastor que não é pregador, torna-se mesquinho"

Brooks Phillips

O bom pregador deve ter relacionamento profundo com Deus

Não há necessidade mais urgente para um
pregador do que conhecer Deus. Nem quero saber se ele
não consegue falar com eloqüência e arte, se suas frases
são mal construídas, ou sua fala é confusa, desde que Deus
seja evidentemente real para ele, e ele tenha aprendido a
permanecer em Cristo. O preparo do coração tem uma
importância muito maior do que o preparo do sermão. As
palavras da mensagem, por mais claras e poderosas que
sejam, não terão o som da verdade, a não ser que brotem
da convicção que vem da experiência. Muitos sermões que
são homileticamente excelentes, mesmo assim soam ocos.
Há um ar de profissionalismo estéril sobre quem prega este
tipo de sermão. O conteúdo de sua mensagem evidencia
uma mente bem desenvolvida e disciplinada; ele tem uma
boa voz, aparência distinta e gestos bem medidos. Mas por
algum motivo, o seu coração não está na mensagem

O perfil do pregador - John Stott

A necessidade da oração para o pregador

Tudo isto coloca sobre nós, que fomos chamados
para ser testemunhas de Cristo, a solene obrigação de
cuidar de nós mesmos, sem negligenciar o cultivo de nossa
vida espiritual, sob pena de nos tornarmos testemunhas
mudas que não têm o que dizer. Os apóstolos estavam
realmente certos em se consagrar à oração e ao ministério
da Palavra, pois a pregação sem oração torna-se um
simulacro vazio.

O perfil do pregador  - John Stott