Deus salva um criminoso não para falar a respeito
disso uma vez por ano pelos próximos
quarenta anos, mas para que esse homem possa
tornar-se um santo. Deus o tira da escravidão
para poder conduzi-lo à terra prometida. E,
quanto mais longe ele chega, menos precisará
falar a respeito de onde estava. Não é marca de
espiritualidade quando falo longamente acerca de
quem eu era. Israel queria esquecer o que era e só
lembrava ocasionalmente de agradecer a Deus
por seu livramento.,
A. W. Tozer - A vida crucificada
Meus esboços de sermões, meu desejo é que a mensagem escrita chegue onde minha voz não pode chegar.
segunda-feira, 31 de julho de 2017
Pare de pensar que é alguém
Livre-se de si mesmo. Quando você ficar tão
atolado na lama que só Deus o conseguirá resgatar,
haverá um som que poderá ser ouvido a
uma quadra de distância. Pare de pensar que você
é alguém. Pare de pensar que vai conseguir ser
um teólogo abençoado. Isso é tudo o que você
sabe. Como disseram certa vez: "Pelo amor, é
possível amar a Deus e ser santo, mas jamais ensinado".
Tenha o cuidado de não tentar entrar na
vida mais profunda por sua inteligência ou imaginação.
Não tente olhar para Deus por si mesmo
e mantê-lo no seu próprio coração. Não estou
dizendo que não é bom chegar ao altar para orar.
A questão é outra. Estou falando sobre a solidão
da alma tirada da multidão.
A. W. Tozer - A vida crucificada
atolado na lama que só Deus o conseguirá resgatar,
haverá um som que poderá ser ouvido a
uma quadra de distância. Pare de pensar que você
é alguém. Pare de pensar que vai conseguir ser
um teólogo abençoado. Isso é tudo o que você
sabe. Como disseram certa vez: "Pelo amor, é
possível amar a Deus e ser santo, mas jamais ensinado".
Tenha o cuidado de não tentar entrar na
vida mais profunda por sua inteligência ou imaginação.
Não tente olhar para Deus por si mesmo
e mantê-lo no seu próprio coração. Não estou
dizendo que não é bom chegar ao altar para orar.
A questão é outra. Estou falando sobre a solidão
da alma tirada da multidão.
A. W. Tozer - A vida crucificada
Esvaziamento do homem
Enquanto um recipiente está
cheio de algo, nada mais pode entrar. E é aqui
que uma lei espiritual entra em cena. Enquanto
houver algo na minha vida, Deus não pode
preenchê-la.
Se eu esvaziar metade da minha vida, Deus
só pode encher essa metade. E a minha vida espiritual
seria diluída com as coisas do homem
natural. Essa parece ser a condição de muitos
cristãos hoje. Eles estão dispostos a se livrarem
de algumas coisas na vida, e Deus vem e os
preenche o máximo que consegue. Mas até que
eles estejam dispostos a renunciar a tudo e a entregar
tudo no altar, de certo modo Deus não
pode preencher sua vida inteira.
A. W. Tozer - A vida crucificada
cheio de algo, nada mais pode entrar. E é aqui
que uma lei espiritual entra em cena. Enquanto
houver algo na minha vida, Deus não pode
preenchê-la.
Se eu esvaziar metade da minha vida, Deus
só pode encher essa metade. E a minha vida espiritual
seria diluída com as coisas do homem
natural. Essa parece ser a condição de muitos
cristãos hoje. Eles estão dispostos a se livrarem
de algumas coisas na vida, e Deus vem e os
preenche o máximo que consegue. Mas até que
eles estejam dispostos a renunciar a tudo e a entregar
tudo no altar, de certo modo Deus não
pode preencher sua vida inteira.
A. W. Tozer - A vida crucificada
O orgulho teológico
Ainda que tenha ocorrido de modo não intencional,
as Escrituras se tornaram para alguns o
substituto de Deus. A Bíblia tornou-se uma barreira
entre eles e Deus. "Temos a Bíblia", dizem
com certo orgulho, "e não precisamos de mais
nada". Examine a atitude deles, e você descobrirá
que a Bíblia não causou impacto real no estilo de
vida. Lembre-se que uma coisa é acreditar na
Bíblia; outra, totalmente diferente, é permitir que
a Bíblia, pelo ministério do Espírito Santo, exerça
impacto e mude sua vida.
A. W. Tozer - A vida Crucificada
as Escrituras se tornaram para alguns o
substituto de Deus. A Bíblia tornou-se uma barreira
entre eles e Deus. "Temos a Bíblia", dizem
com certo orgulho, "e não precisamos de mais
nada". Examine a atitude deles, e você descobrirá
que a Bíblia não causou impacto real no estilo de
vida. Lembre-se que uma coisa é acreditar na
Bíblia; outra, totalmente diferente, é permitir que
a Bíblia, pelo ministério do Espírito Santo, exerça
impacto e mude sua vida.
A. W. Tozer - A vida Crucificada
sexta-feira, 28 de julho de 2017
O Cristão é um ganso
De certa forma, pertencemos ao alto. A nossa
cultura pertence ao alto. O nosso pensamento
pertence ao alto. Tudo pertence ao alto. É claro
que, quando você está aqui embaixo, as pessoas o
reconhecem e dizem: "Bem, aquele sujeito pertence
ao céu". Conheço muitas pessoas que pertencem
ao céu. Acho que uma das coisas mais
feias no mundo inteiro é ver um ganso andando
pela terra. Mas uma das visões mais graciosas
nos céus é ver um ganso selvagem com as asas
abertas rumando para o sul ou para o norte. Acho
que agimos de modo desengonçado aqui porque
pertencemos ao alto.
A. W. Tozer - A vida Crucificada
cultura pertence ao alto. O nosso pensamento
pertence ao alto. Tudo pertence ao alto. É claro
que, quando você está aqui embaixo, as pessoas o
reconhecem e dizem: "Bem, aquele sujeito pertence
ao céu". Conheço muitas pessoas que pertencem
ao céu. Acho que uma das coisas mais
feias no mundo inteiro é ver um ganso andando
pela terra. Mas uma das visões mais graciosas
nos céus é ver um ganso selvagem com as asas
abertas rumando para o sul ou para o norte. Acho
que agimos de modo desengonçado aqui porque
pertencemos ao alto.
A. W. Tozer - A vida Crucificada
Precisamos de tempo para Deus
É muito comum dedicarmos a Deus só os restos
cansados do nosso tempo. Se Jesus Cristo nos
tivesse dado só o resto de seu tempo, estaríamos
todos rumando para as trevas. Cristo não nos deu
as sobras esfarrapadas de seu tempo; ele nos deu
todo o tempo que tinha. Mas alguns de nós só lhe
damos as sobras do nosso dinheiro e dos nossos
talentos, nunca entregando o nosso tempo pleno
para o Senhor Jesus Cristo que nos deu tudo.
Porque ele deu tudo, temos o que temos; e ele
nos convoca: "neste mundo somos como ele" (l
João 4.17).
A. W. Tozer - A vida crucificada
cansados do nosso tempo. Se Jesus Cristo nos
tivesse dado só o resto de seu tempo, estaríamos
todos rumando para as trevas. Cristo não nos deu
as sobras esfarrapadas de seu tempo; ele nos deu
todo o tempo que tinha. Mas alguns de nós só lhe
damos as sobras do nosso dinheiro e dos nossos
talentos, nunca entregando o nosso tempo pleno
para o Senhor Jesus Cristo que nos deu tudo.
Porque ele deu tudo, temos o que temos; e ele
nos convoca: "neste mundo somos como ele" (l
João 4.17).
A. W. Tozer - A vida crucificada
A igreja é algo a parte
A Igreja cristã é algo à parte. Não é negra
nem branca, não é vermelha nem amarela. A
Igreja cristã não é para canadenses ou americanos,
alemães, britânicos ou japoneses. A Igreja
cristã é uma nova criação nascida do Espírito
Santo, daquilo que saiu do lado ferido de Cristo,
e é uma raça totalmente distinta. É um povo que
está acima da raça presente, e devemos ser diferentes
do mundo porque fomos ressuscitados com
Cristo. "Procurem as coisas que são do alto, onde
Cristo está assentado à direita de Deus" (Colossenses
3.1). Esse é o centro da verdade.
A. W. Tozer - A vida Crucificada
nem branca, não é vermelha nem amarela. A
Igreja cristã não é para canadenses ou americanos,
alemães, britânicos ou japoneses. A Igreja
cristã é uma nova criação nascida do Espírito
Santo, daquilo que saiu do lado ferido de Cristo,
e é uma raça totalmente distinta. É um povo que
está acima da raça presente, e devemos ser diferentes
do mundo porque fomos ressuscitados com
Cristo. "Procurem as coisas que são do alto, onde
Cristo está assentado à direita de Deus" (Colossenses
3.1). Esse é o centro da verdade.
A. W. Tozer - A vida Crucificada
A igreja vive porque Cristo vive
As Escrituras ensinam que Cristo está fora do
túmulo, vivo para sempre e presente de maneira
constante para aqueles que têm fé. Ele se junta a
seu povo onde quer que ele se reúna, toda vez
que se encontra — até numa gruta, escondido da
perseguição. Pode ser na cocheira da mula ou
numa catedral, mas seja lá onde o povo de Deus
se reúne, Deus está com ele. Eles ministram para
Deus e oram. Assim, a Igreja de Cristo vive,
porque Cristo vive, não importam as estações do
ano. Cristo está fora do túmulo e jamais voltará
para lá. A morte não tem domínio sobre ele.
Assim, porque ele se levantou do túmulo, nós
também seremos levantados com ele para buscar
as coisas do alto.
A. W. Tozer - A vida Crucificada
túmulo, vivo para sempre e presente de maneira
constante para aqueles que têm fé. Ele se junta a
seu povo onde quer que ele se reúna, toda vez
que se encontra — até numa gruta, escondido da
perseguição. Pode ser na cocheira da mula ou
numa catedral, mas seja lá onde o povo de Deus
se reúne, Deus está com ele. Eles ministram para
Deus e oram. Assim, a Igreja de Cristo vive,
porque Cristo vive, não importam as estações do
ano. Cristo está fora do túmulo e jamais voltará
para lá. A morte não tem domínio sobre ele.
Assim, porque ele se levantou do túmulo, nós
também seremos levantados com ele para buscar
as coisas do alto.
A. W. Tozer - A vida Crucificada
Jesus ressuscitou, a grande mensagem cristã
O grito de guerra daqueles primeiros cristãos
era "Ele ressuscitou", e esse grito se tornou para
eles coragem absoluta. Nos primeiros duzentos
anos, centenas de milhares de cristãos morreram
como mártires. Para aqueles primeiros cristãos, a
Páscoa não era um feriado, nem mesmo um dia
santo. Não era apenas uma data comemorativa.
Era um fato consumado que vivia com eles o ano
inteiro e se tornara a razão para sua conduta
diária. "Ele vive", diziam, "e nós vivemos. Ele
triunfou, e nele triunfamos. Ele está conosco e
nos conduz, e nós o seguimos".
A. W. Tozer - A vida crucificada
era "Ele ressuscitou", e esse grito se tornou para
eles coragem absoluta. Nos primeiros duzentos
anos, centenas de milhares de cristãos morreram
como mártires. Para aqueles primeiros cristãos, a
Páscoa não era um feriado, nem mesmo um dia
santo. Não era apenas uma data comemorativa.
Era um fato consumado que vivia com eles o ano
inteiro e se tornara a razão para sua conduta
diária. "Ele vive", diziam, "e nós vivemos. Ele
triunfou, e nele triunfamos. Ele está conosco e
nos conduz, e nós o seguimos".
A. W. Tozer - A vida crucificada
O sucesso na vida cristã não é automático
O sucesso na vida cristã não é automático. A
alma precisa ser cultivada como um jardim, e a
vontade precisa ser santificada e feita cada vez
mais cristã. Os tesouros celestiais precisam ser
buscados, e nós precisamos buscar as coisas do
alto e mortificar as coisas de baixo. Isso talvez
não esteja escrito nos anais das igrejas
evangélicas modernas, mas está escrito no Novo
Testamento.
A. W. Tozer - A vida cruficicada
alma precisa ser cultivada como um jardim, e a
vontade precisa ser santificada e feita cada vez
mais cristã. Os tesouros celestiais precisam ser
buscados, e nós precisamos buscar as coisas do
alto e mortificar as coisas de baixo. Isso talvez
não esteja escrito nos anais das igrejas
evangélicas modernas, mas está escrito no Novo
Testamento.
A. W. Tozer - A vida cruficicada
É NECESSÁRIO NASCER DE NOVO - 1° PARTE
É NECESSÁRIO NASCER DE NOVO
E, estando ele em Jerusalém
pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu
nome.
João 2:23
João 2:23
Após o milagre da transformação da água em vinho, Jesus fez
ainda muitos outros sinais, na bíblia estão relatados 53 milagres de Jesus,
além de muitos outros que João fez questão de dizer que se anotados o mundo
seria insuficiente para comportar a biblioteca.
Jesus fez muitos sinais durante a páscoa, sinais que são
ocultados de nós, porém não menos impactantes para as testemunhas daqueles
dias. A crença dos que testemunhavam era aguçada na medida em que comparavam ao
poder de seus líderes, Cristo fazia o que nenhum outro costumava fazer. Por ser
tão eficaz ele foi reconhecido, logo creram em seu nome.
Não se tratava de uma fé na pessoa, no caráter, mas sim um
mero convencimento inicial, por ele ser quem está demonstrando ser, por fazer
os sinais que faz, o povo crê. De forma que se outro demonstrasse mais poder,
logo seria o admirado, não era uma fé no caráter, mas um mero reconhecimento.
Jesus nunca se iludiu quanto a esses aplausos, nunca contou com a crença de quem apenas o admira, de quem apenas é de alguma forma convencido por ele.
Por essas razões Jesus não confiava neles, pois, de todo os
conhecia. Cristo no fundo sabe quais as reais motivações de todos, sabe se a fé
é uma fé de “leite”, ou seja, uma fé que precisa amadurecer, que resiste ao
desafio da vida cristã que é crer sem ver, pois, andamos por fé e não por
vista. 2° Coríntios 5.7.
A fé de “leite” é uma fé baseada em sinais de modo que
invertem as palavras de Jesus:
“Esses sinais seguirão os que crêem” Marcos 16.17.
Estamos em tempos em que os que creem seguem os sinais.
Onde há um sinal, ali está o povo, onde há um mover
diferenciado a popularidade tende a aumentar. Ainda hoje há muitos seguidores
de sinais, que vivem uma fé insólita, infrutífera. Quando não há sinais logo se
enfraquecem e a necessidade por novos e mais fortes sinais geram uma obsessão
por tudo que é diferente.
Jesus de todo os conhecia, sabia as reais motivações de
todos.
Desde os tempos mais remotos até agora a humanidade tem uma
fascinação pelo sobrenatural, por coisas que principalmente possam ser vistas,
por deuses que povoem o céu e a terra.
E não necessitava de que
alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem.
João 2:25
João 2:25
Cristo não necessitava de alertas humanos para saber que as
motivações do povo eram diversas, de que essa fé era apenas temporária, que o
povo não necessariamente gostaria de crer e passar por um discipulado, pelo
contrário, eles estavam crendo como quem é convencido, mas as atitudes não
mudariam, continuariam em seus devidos lugares, continuariam levando as mesmas
vidas.
Jesus bem sabia o que havia neles, seus pensamentos e suas
intenções foram sondadas por Cristo.
Na separação posterior de capítulos e versículos, esse
texto ficou fragmentado. O assunto de João 2.23-25 é o mesmo de João 3.
A fim de contar sobre essa “fé” que na verdade é mero
convencimento e a verdadeira fé bem como seus resultados, João cita a história
de um fariseu chamado Nicodemos.
Era como uma continuação, o ideal seria uma escrita
semelhante a:
“Porque ele bem sabia o que havia no homem. Para reforçar
isso Jesus lhes contou uma história: Havia entre os fariseus um homem....”
Há quatro características em especial sobre Nicodemos que
são dignas de nota:
1° - Os fariseus eram a “elite” religiosa dos tempos de
Jesus, eram extremamente zelosos quanto a lei, acredita-se que a origem dos
fariseus se deu durante o período de exílio babilônico, em quem alguns buscaram
manter a lei, copiar e reforçar os ensinos ao povo. Com o posterior retorno do
povo a Jerusalém e a valorização da religião naqueles tempos eles acabaram pouco
a pouco se tornando soberbas, julgavam ser os principais da religião de sua
época, instituindo ainda outros 613 mandamentos para de alguma forma preencher
as lacunas da lei.
Nicodemos era um deles, nunca haviam mais de 6.000 fariseus
em Israel. Eles eram dedicados exclusivamente ao cumprimento de toda a lei,
estavam sempre dispostos a fazer o que for preciso a fim de agradar a Deus por
suas obras.
Os fariseus acreditavam que a lei era a coisa mais
importante que poderiam possuir, de modo que todos esforços deveriam ser
empregados em preservar e cumprir toda ela. Os fariseus juravam total
fidelidade diante de três testemunhas segundo Willian Barclay. Segundo eles a
lei possuía tudo que precisavam para serem felizes. Mesmo que não de forma
explícita, estaria implícito, na intenção de descobrir o que estava implícito é
que os escribas criaram esses mandamentos a mais. O significado de fariseu é
“separado”.
2° - Nicodemos não só era um fariseu, mas era um dos chefes
dos fariseus. Um membro do sinédrio. O sinédrio tinha um número fixo de 70
pessoas, eles constituíam uma espécie de júri sobre Israel, a suprema corte.
Seu poder até que o império romano dominasse era sob questões civis, penais e
religiosas. Sob domínio de Roma seu poder se restringiu a questões religiosas.
Todos os judeus se submetiam a eles.
Quando um profeta surgia, eles julgavam suas palavras,
atitudes e possíveis milagres.
Com a promessa iminente de que o Messias estaria com eles,
o sinédrio avaliava as profecias e comparavam com o proceder de Jesus. Quando
Jesus fez milagres que em outros tempos não se realizaram, eles logo fizeram
questão de estar mais próximos e acompanhar cada passo dele. Jesus curou um leproso, expulsou um demônio
mudo e cego e posteriormente curou um cego de nascença. Na casa de Jesus
conforme Marcos 2.1 o Sinédrio foi presenciar sua fala e possíveis milagres, a
fim de atestar sua autenticidade.
O sinédrio foi um dos principais culpados pela morte de Jesus, quando lhe apresentam ao sumo sacerdote do ano “Caifás”, ele é julgado e condenado sem provas, apenas com falsos testemunhos. Quando alguns dos chefes dos fariseus ordenam a prisão de Jesus, os homens que receberam essa ordem não conseguiram fazê-la e acabam defendendo que Jesus era de fato diferenciado. Os chefes dos fariseus ficaram irritados, até que há uma intervenção de Nicodemos para que ao menos ouçam o que ele tem a dizer. Em resumo, tudo o que diz respeito a religião e questões espirituais era julgado pelo sinédrio judaico, entre eles estava Nicodemos.
O sinédrio foi um dos principais culpados pela morte de Jesus, quando lhe apresentam ao sumo sacerdote do ano “Caifás”, ele é julgado e condenado sem provas, apenas com falsos testemunhos. Quando alguns dos chefes dos fariseus ordenam a prisão de Jesus, os homens que receberam essa ordem não conseguiram fazê-la e acabam defendendo que Jesus era de fato diferenciado. Os chefes dos fariseus ficaram irritados, até que há uma intervenção de Nicodemos para que ao menos ouçam o que ele tem a dizer. Em resumo, tudo o que diz respeito a religião e questões espirituais era julgado pelo sinédrio judaico, entre eles estava Nicodemos.
3° - Nicodemos certamente era um homem de posses, pois,
após a morte de Jesus ele providenciou junto a José de Arimatéia um Túmulo para
Jesus bem como um composto de diversas especiarias para preparar o corpo de
Jesus.
E foi também Nicodemos (aquele
que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de
um composto de mirra e aloés.
João 19:39
João 19:39
Tratava-se de algo restrito a pessoas de posses, pois,
essas especiarias custavam caro.
Nicodemos por certo era parte da aristocracia judaica nos
tempos de Jesus, um homem de posses, um homem bem visto na sociedade, um homem
honrado por onde passava, membro do sinédrio. Ele estava no topo. Por certo
quando passava na rua ou quando ministrava na sinagoga todos queriam se
assemelhar a ele. Era um homem digno de ser copiado, um exemplo a ser seguido.
Alguém a quem todos que conheciam, tinham orgulho de conhecer. Um homem que de
forma alguma iria se submeter a procurar um outro a fim de pedir conselhos.
Apenas diria e todos ouviriam. Um homem que não se humilharia ao ponto de dizer
que desconhece algo. Um homem que não tinha do que se envergonhar, Nicodemos
era a personificação do homem ideal, do religioso perfeito.
4° - Nicodemos significa “vitorioso sobre o povo”
Nicodemos era um representante do melhor que o povo tinha a
oferecer, ele representava a nação, seus anseios, suas perguntas e tudo que os
religiosos sempre foram e buscam ser.
Este foi ter de noite com
Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque
ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
João 3:2
João 3:2
Qual a razão de Nicodemos ir ter com Jesus de noite?
Muito tem se discutido sobre essa parte em especial.
Nicodemos teria vergonha?
Ou ainda poderia se sentir receoso com Jesus?
Ou estava apenas em buscas de respostas que não conseguira
no judaísmo?
Uma primeira hipótese seria a do orgulho.
Por saber que Jesus conhecia de fato muitas coisas,
Nicodemos pode ter optado por ir ter com Jesus a noite na intenção de que não o
vissem e notassem que ele conhecia mais, que o rabino Nicodemos tinha dúvidas e
estava em busca de um Galileu. Ir até lá de dia, era a demonstração de que
Nicodemos também é limitado, de que mesmo um homem filho de carpinteiro poderia
contribuir para o crescimento dele.
A segunda hipótese era a do medo
Por temer represálias Nicodemos pode ter optado por ir a
noite de forma “oculta”. Assim o sinédrio não saberia desse encontro, tampouco
sobre seu interesse em ouvir o homem chamado Jesus. O medo lhe impediu de ir
sob a vista de todos, por isso ele foi de noite.
A terceira hipótese é de mera curiosidade
Por ver os sinais e o povo cada vez mais fascinado por
Jesus, ele opta por ir a noite a fim de não causar tumultos e ver finalmente
quem é esse tal “Jesus” que dizem ser o Messias, apenas para fins de o
conhecer, analisar seus ensinos, suprir a curiosidade que a fama dele causou em
Nicodemos.
A quarta Hipótese era de que Nicodemos queria um tempo a
sós com Jesus, por isso optou pela noite.
Essa com certeza é a mais plausível, Nicodemos notou que
Jesus tinha algo em especial que ele não encontrara até então, notou que os
anseios mais profundos de sua alma poderiam ser respondidos pelo Galileu
Jesus. Porém como se aproximar em meio a
tantas pessoas? Tanto as que lhe cercavam como os adeptos dos pensamentos de
Nicodemos? De dia, Nicodemos seria tentado a se orgulhar, a buscar
exclusividade, a esbanjar seu poder como fariseu e membro do sinédrio.
Considerando todos esses fatores e o anseio pessoal por respostas que ele vai
até Jesus de novo, para ter um tempo para conversar, para ouvir suas palavras,
para de alguma maneira poder desabafar coisas que tinha vontade de dizer, poder
confessar a culpa contínua e o peso de ser alguém a quem todos respeitam.
Nicodemos vai em busca de Jesus porque buscava um tempo a sós com alguém que
conseguia ser apenas ele mesmo, sem precisar dos cerimonialismos sacerdotais e
rituais da lei. Talvez até chegar junto a Jesus seu anseio era de mostrar quem
de fato ele era e finalmente remover os pesos de si.
Porém ao se aproximar de Jesus, novamente os títulos lhe
sobem a cabeça, a posição social e religiosa para ele é impossível de ser
deixada. A partir daí vem sua afirmação que não é a totalidade do que está em
seu coração:
Rabi, bem sabemos que és
Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
Deus não for com ele.
João 3:2
João 3:2
Nicodemos a princípio reconhece que Jesus é um grande
mestre, um Rabi e é por essa razão que usa esse termo.
Nicodemos fala no plural “bem sabemos” na verdade ele
representava parte do próprio sinédrio que mesmo não admitindo, reconhecia que
Jesus era o Cristo. Ao se expressar dessa forma ele declara acreditar em Jesus
com base no que ele fez.
Sabemos que és vindo de Deus porque ninguém faz o que ele
faz, ele de alguma forma é convencido pelos sinais, é atraído pelo que ele fez,
ao calcular as profecias e o que Jesus fazia ele traz a conclusão: Você é vindo
da parte de Deus.
Como 1+1 é igual a 2.
Como o amanhã vem depois de hoje.
Conclusões óbvias, alguém que diz o que ele diz, faz o que
ele faz, só pode vir da parte de Deus, pois, ninguém pode fazer isso se Deus
não for com ele.
Com essas respostas Nicodemos de alguma forma elogia Jesus,
mas não revela os reais motivos de ir ter com ele, ao ver Jesus ele não
consegue admitir seu real estado, não se desnuda totalmente para dizer que almejava
respostas que não encontrava no judaísmo, ele busca a Jesus do seu jeito, ao
seu modo. Não há entrega, não são declarados os reais anseios, a posição
inicialmente fala mais alto, como admitir que o membro do Sinédrio tinha
dúvidas?
Assim somos nós, a aproximação de boa parte das pessoas em relação a Cristo ocorre sob os mesmos moldes, é difícil admitir os pecados, dizer que precisa de Deus, temos dificuldades em admitir que devemos e que alguém pagou por nós, gostamos da sensação de mérito, de ser digno.
Assim somos nós, a aproximação de boa parte das pessoas em relação a Cristo ocorre sob os mesmos moldes, é difícil admitir os pecados, dizer que precisa de Deus, temos dificuldades em admitir que devemos e que alguém pagou por nós, gostamos da sensação de mérito, de ser digno.
A sua relação com o Senhor Jesus é de alguém que forja
falas, de quem premedita todas as atitudes. As falas são muito bem pensadas de
modo que ele almeja causar boas impressões.
Quando a adoração é forjada na intenção de esconder quem
realmente ele é, elogios feitos para esconder o desespero.
“O fariseu em mim usurpa meu eu verdadeiro sempre que
prefiro as aparências à realidade, que tenho medo de Deus, que entrego o
controle da alma às regras em lugar de me arriscar a viver em união com Jesus,
quando escolho parecer bom e não ser bom, quando prefiro as aparências à
realidade”
Brennam Manning – O impostor que vive em mim
A partir daí Jesus começa seu sermão ao mestre Nicodemos:
Jesus respondeu, e disse-lhe:
Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver
o reino de Deus.
João 3:3
João 3:3
Jesus poderia ter simplesmente agradecido os elogios de
Nicodemos, ter dito que era uma grande honra ser reconhecido por alguém de tão
alto escalão. Mas Jesus não se relaciona com nossos impostores, não se engana
com a beleza das palavras e não se contamina com o sucesso. O impostor que há
em Nicodemos lhe faz dizer: “Bem sabemos que és mestre”, mas o coração no fundo
diz: “Como posso ser salvo”?
E Jesus examina os corações: RM 8.27
Sonda o nosso coração Salmo 139
Conhece nossa estrutura e sabe que somos pó – Salmo 103.14
Por saber a estrutura de Nicodemos ele interpretou o que seu
coração de fato queria dizer, pois, antes de ouvir as palavras, ou melhor
dizendo, maior que a importância das palavras proferidas são os gritos do
coração para Deus.
Nicodemos se apresenta a Jesus com elogios vazios, pois, seu
coração estava com anseios, mas adiando totalmente os passos que ele precisava
dar, Nicodemos continuava com o jogo da religiosidade demonstrada, é muito
difícil deixar a imagem do membro do sinédrio, o que vão pensar se ele
finalmente disser tudo o que tem vontade? Se ele simplesmente disser o que
todos no fundo sentem? Nicodemos tem medo de ser mais um, sua busca por ser
diferente, por não ter fraquezas, ser alguém perfeito, pouco a pouco lhe
sufocam e cada vez mais torna-se difícil ser apenas ele mesmo.
Até que Jesus lhe diz: “Quem não nascer de novo não pode ver
o reino de Deus”.
Uma coisa é dizer isso a um traficante, um político todo
sujo, um bêbado qualquer, mas quando se trata de um doutor da lei, principal
dos fariseus, maioral da religião, as coisas tendem a se complicar mais. Dizer
para um corrupto nascer de novo é algo fácil, mas como dizer isso a alguém que
é exemplo para toda a sociedade? Porque essa era a visão que as pessoas tinham
de Nicodemos. Ele não poderia errar, admitir falhas, muito menos ser
repreendido por um judeu qualquer, mas agora um homem lhe diz que ele deve nascer
de novo, que deve recomeçar tudo, que o modo atual está incorreto e um novo
começo se faz necessário. Dizer isso a Nicodemos era algo ousado que ninguém
teria coragem de fazer.
Ele precisa resgatar seu eu verdadeiro, precisa se desfazer
dos velhos costumes sem sentido, precisa viver uma nova realidade, sem
fingimentos ou aparências.
Jesus almeja se relacionar com alguém disposto a aprender, a
descobrir no caminhar diário as grandes novidades de ser seu discípulo, seu
filho. As descobertas de aprender a falar, aprender a andar, enfim, desaprender
para aprender certo.
Nicodemos precisava experimentar esse novo começo, essa nova
história, que nos faz ser crianças, discípulos novamente, transforma o fariseu
letrado em alguém que considera tudo o que viveu como refugo, que faz o homem
vender as propriedades por um terreno, a fim de encontrar o tesouro escondido.
Ninguém se torna apto a enxergar o reino sem nascer de novo,
é necessário se despir dos velhos olhares e opiniões antigas, todos
preconceitos logo vão sendo removidos dando lugar ao coração puro da criança
que cresce dia após dia desejando afetuosamente o leite racional para crescer.
1° Pedro 2.2
Brennam Manning expôs perfeitamente as diferenças entre o
fariseu e a criança.
“Para o fariseu, a ênfase está sempre no esforço e na
conquista pessoal. O evangelho da graça enfatiza a primazia do amor de Deus. O
fariseu saboreia a conduta impecável; a criança se delicia na ternura
implacável de Deus
O fariseu precisa usar a máscara religiosa o tempo todo. O
apetite voraz do fariseu por atenção e admiração o obriga a apresentar uma
imagem edificante e evitar, com muito cuidado, os erros e as falhas. Não
censurar as emoções pode render grandes problemas.
Livro – O impostor que vive em mim
O nascer de novo implica num processo posterior ao chamado
mediante a proclamação da palavra, a palavra é o instrumento que Deus usou para
criar o mundo, na palavra as pessoas são regeneradas, tornam a viver, estavam
mortas em seus delitos e pecados e agora passam a compreender seu real estado,
lamentam-se por seu pecado. Somente os regenerados enxergam o reino de Deus, se
não houver novo nascimento mediante a palavra é impossível por mais que se
esforce, compreender integralmente a palavra. Daí vem a afirmação de Jesus “Quem
não nascer de novo não pode ver o reino de Deus”.
O estado natural do ser humano é de um coração petrificado,
indiferente, fingido, tingido, não legítimo, essa é a ideia do inimigo aos homens
desde o antigo testamento.
Conhecendo superficialmente o próprio coração Nicodemos se
aproxima de Cristo na intenção de se declarar, dizer o que de fato sente, mas
quando se apresenta elogia.
Jesus começa a responder a pergunta implícita, a mesma
feita pelo jovem rico.
“O que devo fazer para ser salvo?”
“O que devo fazer para ser salvo?”
Essa na verdade era uma dúvida que pairava sobre muitos, já
reconheciam quem Jesus de fato era, mas estavam envolvidos demais para
simplesmente largar suas vidas, abraçar um discipulado radical que deixa tudo e
todos na intenção de seguir exclusivamente a Cristo.
Nicodemos almeja respostas mais concretas, almeja uma
experiência mais profunda, a criança de seu interior grita enquanto o fariseu
externamente permanece lhe privando da comunhão.
Que devo fazer para ser salvo? A questão fundamental a
partir daqui é que ele pensa numa religião meritocrática, porém o evangelho
trata-se de algo que Deus fez por nós, e não algo que nós faremos para alcança-lo.
Essa realidade só será de fato compreendida a partir do momento que renascermos
em Cristo, desaprender o errado para aprender o certo. Só se enxerga isso
nascendo novamente mediante a palavra de Cristo.
Não se alcança salvação por méritos, não se alcança
salvação quando se está morto, quem está morto não pensa, não vive, mas em
Cristo fomos vivificados.
Mas Deus, que é riquíssimo em
misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
Efésios 2:4-6
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
Efésios 2:4-6
Ainda estando mortos o amor, a palavra de Cristo nos
vivificaram, pois, pela graça somos salvos.
O nosso estado se assemelha (ainda que o sentido inicial da
palavra não seja esse), ao vale de ossos secos descrito por Ezequiel.
A visão fala de um vale de ossos sequíssimos, que mediante o “Ruah” (vento) de Deus, se reuniu e junto ao Espírito profetizado através de Ezequiel transformou o que até então era um vale de ossos secos em um exército forte.
A visão fala de um vale de ossos sequíssimos, que mediante o “Ruah” (vento) de Deus, se reuniu e junto ao Espírito profetizado através de Ezequiel transformou o que até então era um vale de ossos secos em um exército forte.
A palavra de Deus tem esse poder de trazer vida aos
corações mortos em delitos e pecados, só ela pode fazer isso, convidar quem
está morto ao discipulado, para caminhar junto a Cristo.
Mortos não enxergam, mortos não conseguem avançar em nada,
estão estáticos, apodrecendo, essa é a condição do homem sem Deus, está preso a
sua morte, às suas limitações, mas a palavra de Cristo tem o poder de trazer
vida.
A partir daí o homem vê o reino de Deus.
Outro exemplo perceptível é o do homem descrito em João
Cap. 9.
Ele é cego de nascença, não é uma cegueira adquirida.
Jesus abre seus olhos, ele enxerga Jesus como um homem
fantástico, posteriormente um profeta, por fim o filho de Deus. 9.35.
Só a partir do momento que enxergou esse homem pode ver o
reino de Deus, o rosto de Jesus e todos os seus feitos.
Os fariseus assim como Nicodemos estavam cegos, mortos,
eram chamados por Jesus de sepulcros caiados, mortos internamente e
exteriormente belos.
Essa era a situação de Nicodemos, nesse mesmo capítulo 9 Jesus fala sobre a condição espiritual dos fariseus. Esses eram os verdadeiros cegos. Loucos não errariam o caminho, porém eles estavam errando, estavam cegos, não queriam ver.
Essa era a situação de Nicodemos, nesse mesmo capítulo 9 Jesus fala sobre a condição espiritual dos fariseus. Esses eram os verdadeiros cegos. Loucos não errariam o caminho, porém eles estavam errando, estavam cegos, não queriam ver.
Não importava a condição de Nicodemos, ele estava cego, só
nascendo de novo veria a Deus. Essa questão de nascer de novo não se aplica só
aos maltrapilhos, talvez eles sendo isentos de justiça própria estejam mais
propícios a recomeçar. Mas quando se constrói a identidade baseando-se no
impostor que vive em nós, no fariseu externo, é necessário nascer de novo,
pois, com as máscaras atuais não se vê o reino de Deus, com os vícios e velhas
manias do escriba não se enxerga o reino de Deus, esse reino fala de
desaprender tudo que se sabe para ouvir apenas a palavra de Cristo.
Para ver o reino minhas faculdades não ajudam, para ver o
reino não dependo de cargos ou relevância social.
Paulo rejeitou tudo o que possuía até então, deixou o velho
homem, os costumes do “desejado” (Saulo) para voltar a ser “pequeno” (Paulo).
Só quando tornou-se pequeno viu o reino, só quando Zaqueu
desceu recebeu Cristo em sua casa, só quando largou o barco Pedro viveu a
plenitude de Deus, só quando deixou a coletoria de impostos Mateus abraçou o discipulado,
só após matar os bois Eliseu viveu a porção dobrada. Ainda hoje somos chamados
pela palavra a nascer de novo para ver o reino, para enxergar a Cristo.
O coração do fariseu é petrificado, mas sem méritos, por
estarmos mortos no pecado ele troca o coração por um de carne
E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito
novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de
carne. Ezequiel 36:26
E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles;
e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne; Ezequiel 11:19
Essa obra é exclusivamente de Deus, ele muda nosso coração
na pregação da palavra. Não há méritos nossos, após essa mudança o poder da
decisão é restaurado.
O reino de Deus passa a ser visto, estando diante de nós o
tempo todo.
Só com um novo coração eu posso enxerga-lo, quando as
escamas caem tal como Paulo em sua conversão.
“Quem não vive na luz não sabe o que é escuridão” Lorena
Chaves.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode
um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de
sua mãe, e nascer?
João 3:4
João 3:4
Estava claro de qual Nascimento Jesus falava, não se trata
de nada físico. O nascimento do qual
Jesus fala ocorre no espírito, na mente, é a renovação no nosso entendimento Rm
12.2.
Porém temos dificuldades com simplesmente obedecer,
gostamos de questionar e problematizar coisas que estão claras, patentes diante
de nós.
Gostamos de perguntar: E se eu fizesse assim? E quem é meu
próximo? Quais são as situações de brecha nessa lei?
São os conflitos éticos com os quais esbarramos o tempo
todo, gostamos de adiar o início da obediência, a adaptação necessária a partir
do momento em que a vontade de Deus fica clara para nós.
Assim como o jovem rico que pergunta, o que devo fazer para
ser salvo? E no fundo sabe que sua “salvação” não estava na justiça própria,
nem na observância dos mandamentos. Nada disso era suficiente, ele deveria
largar seu “deus” a saber as riquezas, deixar tudo e seguir Jesus. Mas antes
disso ele adia a conversa, pergunta mais coisas, quer saber se de fato precisa
ser tão radical e não há discipulado sem radicalidade, sem mudanças, sem
obediência simples.
Deus falou, eu farei.
Deus mandou, eu vou!
Como Abraão que cheio de fé leva seu filho ao Moriá, como Josué que sem ver nada simplesmente dá voltas numa cidade.
Como Abraão que cheio de fé leva seu filho ao Moriá, como Josué que sem ver nada simplesmente dá voltas numa cidade.
Obedecer sem questionar, confiando na palavra do que chama.
Não fazia sentido descer do barco e ir andando sobre as
águas, mas como Jesus autorizou a ida, Pedro foi.
Da mesma maneira, dizer a um homem já velho que ele precisa nascer de novo deve ser entendido não sob a ótica de um novo parto, até porque isso era inútil, sem sentido, mas Nicodemos quer adiar a obediência. Apela ao conflito ético para que Deus providencie outro meio de salvá-lo, que não exija reaprender e recomeçar tudo como uma criança, porém Deus não vai mudar de ideia.
Da mesma maneira, dizer a um homem já velho que ele precisa nascer de novo deve ser entendido não sob a ótica de um novo parto, até porque isso era inútil, sem sentido, mas Nicodemos quer adiar a obediência. Apela ao conflito ético para que Deus providencie outro meio de salvá-lo, que não exija reaprender e recomeçar tudo como uma criança, porém Deus não vai mudar de ideia.
“Como pode um homem renascer sendo velho”?
Como pode Deus me separar ao ministério se eu não almejo?
Como posso pregar se não quero?
Como posso ser líder se sou pesado de língua?
Como posso ser separado profeta com lábios impuros?
O conflito ético talvez seja o maior inimigo da real
conversão, sempre tememos parecer fanáticos demais, obedecer demais, o que
antes era nossa preocupação:
“Não espiritualizar tudo”.
Se tornou nosso problema, questionamos tudo, não obedecemos
nada!
Precisamos resgatar a obediência simples, de doar sem
questionar, de simplesmente partir ainda que por cima das águas para encontrar
Jesus, de sair da terra, do meio da parentela para ir a uma terra que o Senhor
vai mostrar.
Confiando em sua palavra para lançar uma rede no lado
oposto do barco, tendo pescado a noite inteira.
Almejo que resgatemos a obediência simples, que diante dela
a nossa inteligência e experiência se prostre.
Nicodemos provavelmente fingiu não entender, se sua
primeira pergunta fosse feita sozinha seria compreensível, mas ele almeja
coagir Jesus com sua segunda pergunta:
“Porventura voltará ao ventre de sua mãe”?
Essa não era a única alternativa que ele tinha. Mas ele
propõe a mais óbvia como quem demonstra superioridade intelectual.
Os que são chamados ao discipulado muitas vezes tendem a
ser confrontados nas áreas que dominam, pois, não há ciência da qual Cristo não
entenda.
Até a teologia de Nicodemos, um membro do Sinédrio, fora
confrontada pela obediência simples que Jesus propõe.
Daí em diante vem a segunda afirmação de Jesus.
Jesus respondeu: Na verdade,
na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode
entrar no reino de Deus.
João 3:5
João 3:5
Jesus especifica mais sua fala, se a obediência simples é
desviada de Nicodemos ele opta por tornar ainda mais claro seu chamado e o que
se exige.
E Jesus almeja reafirmar com veemência: “Na verdade, na
verdade te digo”
Essa é uma verdade absoluta.
Nascer da água refere-se ao Batismo. O batismo é a
demonstração pública do discipulado. Seja por imersão ou por aspersão.
O batismo é a demonstração da morte do velho homem, do
nascimento de “cima”.
O batismo segundo Dietrich Bonhoeffer é a comunhão na cruz
de Cristo, somos chamados ao sepultamento da natureza terrena, somos chamados
ao sepultamento do velho homem.
Esse é o fardo que devemos levar e colocar aos pés da cruz. O batismo é a demonstração externa do discípulo de que se dispôs a amaldiçoar seus desejos mesquinhos, de que ele almeja agora transformar o que era um fardo pesado em algo suave e leve pois o discipulado lhe permite isso. A cruz que Cristo carregou é pesada, a do discípulo é leve, o batismo na água é a comunhão do discipulado. É a cruz do discípulo.
Esse é o fardo que devemos levar e colocar aos pés da cruz. O batismo é a demonstração externa do discípulo de que se dispôs a amaldiçoar seus desejos mesquinhos, de que ele almeja agora transformar o que era um fardo pesado em algo suave e leve pois o discipulado lhe permite isso. A cruz que Cristo carregou é pesada, a do discípulo é leve, o batismo na água é a comunhão do discipulado. É a cruz do discípulo.
O batismo indica que o pecado já não tem poder sobre mim,
pois, morri para o pecado.
Ou não sabeis que todos
quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
Romanos 6:3,4
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
Romanos 6:3,4
Somos batizados na morte, na comunhão da cruz. No Batismo
nos apropriamos do sacrifício de Cristo e tomamos nossa cruz para o seguir.
No batismo somos imersos em Deus, em sua morte, e na morte
do batismo deixamos sobre as águas o velho homem e seus pecados, para que assim
como Cristo foi ressuscitado, renasçamos agora sob nova condição, pois, o
pecado não tem poder sobre mortos ou ressurretos. Na ressureição de Cristo
encontra-se a vitória contra o pecado, assim andamos em novidade de vida. Nisso
consiste o nascimento da água.
Sepultados com ele no batismo,
nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre
os mortos.
E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
Colossenses 2:12,13
E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
Colossenses 2:12,13
Estávamos mortos, como dito anteriormente aos Efésios,
agora reforçado em Colossenses, Paulo explica a condição anterior do pecador
sem Cristo. Estávamos mortos nos pecados, mas em Cristo fomos sepultados e
ressuscitados para viver em novidade de vida e vivificados na com ele, mediante
a nossa parte da “cruz” que é o batismo.
O Batismo é o sinal externo, porém é por si só
insuficiente. É a demonstração de que alguém viu o reino. Porém Jesus diz, não
basta ver, é necessário entrar no reino. Essa entrada se dá mediante o nascer
do espírito.
O nascer do espírito é o agir do próprio Deus nos
inclinando diariamente ao bem, nos separando para um fim específico, a saber a
chamada divina.
Quando Jesus se referiu a água e espírito, também falava da
água como o lavar externo comum dos fariseus.
Eles se higienizavam a cada saída, a cada refeição e sua
preocupação não era mais com saúde, mas apenas mero formalismo sem sentido.
O lavar da água são as nossas atitudes externas, são as
lavagens de pés após as viagens, são as lavagens das mãos antes das refeições.
São nossas tentativas de ser santo, de parecer puro. São as obras decorrentes da fé, porque a fé
só é confirmada mediante as obras que exerço. Fé que não é vista, é morta.
O nascer do espírito é a mudança radical da vida, que não
se dá de outra forma que não seja nascendo de novo. É algo tão gritante que não
se pode comparar com nenhum outro acontecimento na vida, se não com um novo
nascimento. É um reinício nas atitudes, nos pensamentos, nas motivações, é o
desaprender para aprender certo.
O nascer da água era alcançado pelo proselitismo, quando um
homem era convertido ao Judaísmo lhe consideravam uma nova pessoa, seu passado
de pecado ficou para trás. Esse pode ser um dos sentidos de nascer da água.
Porém o nascimento do Espírito depende só de Deus. Nascer de cima não é um
privilégio que outorgo a mim mesmo, trata-se de uma dádiva exclusivamente
divina.
É impossível que um homem nasça de novo por si só, apenas
na mortificação da natureza terrena e na regeneração o homem pode viver o
nascimento de cima. Mortos não renascem. Mas o mesmo poder criativo de Deus nos
garante o novo nascimento.
Porque Deus, que disse que das
trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para
iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
2 Coríntios 4:6
2 Coríntios 4:6
O nascer do espírito é a lavagem interna de caráter. Novos
pensamentos e atitudes que são impulsionados pelo espírito.
Só se torna discípulo, quem nasceu do alto. Nasceu em
Cristo.
Há uma diferença entre ver o reino de Deus e entrar no
reino de Deus, na verdade o novo nascimento fala da única possibilidade de
enxergar o reino inicialmente. Porém o novo nascimento não é um evento
realizado uma única vez e de modo totalmente definitivo, o novo nascimento é um
processo contínuo. É um norte que se dá e o que foi direcionado deve manter-se
caminhando em direção ao destino proposto.
É possível ver o reino de Deus e não entrar nele, é
possível enxergar, compreender, entender o certo, ver a terra e não a possuir.
Ainda hoje há pessoas que viram o reino de Deus, já sabem o
caminho, foram alcançadas e enxergaram seu real estado pecaminoso, frequentam
igrejas, fazem parte de grupos, participam dos sacramentos (ceia e batismo),
porém infelizmente apenas viram o reino e deixaram de caminhar. Se entregaram a
Cristo, viram o que lhe estava obscuro até o presente momento, enxergaram seus
pecados e pontos em que deviam melhorar. Mas se satisfizeram em ver sem andar,
em sentir e não ter comunhão, em ouvir sem praticar, em professar a fé sem de
fato exercê-la.
Todos cristãos viram o reino de Deus, é por essa razão que
se encontram na igreja e tem interesse em ouvir a palavra. Todos enxergaram o
reino, mas nem todos estão na caminhada para entrar. A regeneração se deu em um
nascimento do alto, mas falta a mortificação da antiga natureza. Carne e
espírito militam entre si, mas para os que apenas viram o reino sobre a culpa
ou o cinismo, a carne acaba prevalecendo.
São “cristãos”, mas sua conversão não mudou seu viver
diário, bem como sua mente. O que mudou de antes para agora, é que eles têm uma
consciência do caminho, ainda que ofuscada com o passar do tempo. Precisam
crescer em graça e conhecimento, precisam correr prosseguindo para o alvo.
Portanto, se já ressuscitastes
com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à
destra de Deus.
Colossenses 3:1
Colossenses 3:1
Precisamos pensar na conversão como um processo contínuo,
uma vez que fomos ressuscitados com Cristo, devemos buscar as coisas dessa nova
natureza que assumimos. Devemos pensar nas coisas de origem da nossa natureza
que agora é de “cima”.
“Cima” se refere a uma ordem superior, ao céu, a
pensamentos que excedem, devemos buscar não mais o interesse do velho adão que
está arraigado em nossa natureza, mas os pensamentos do alto.
Mortificai, pois, os vossos
membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, o afeição
desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;
Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;
Nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas.
Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca.
Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos,
E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
Colossenses 3:5-10
Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;
Nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas.
Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca.
Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos,
E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
Colossenses 3:5-10
Devemos mortificar os próprios membros que inclinam-se para
o mal. Pecados de natureza sexual, moral, desejos indevidos, altivez e
idolatria. Somos tentados continuamente a cair nesses erros, é nossa natureza.
Paulo nos aconselha a despojar de tudo isso, para nos revestir do novo.
Há irmãos que viram o novo, mas não querem se despojar e os
dois extremos são propostos, sem meio termo, ou se caminha ou paramos, e parar
implica em não entrar no reino de Deus.
Há irmãos parados, pessoas que deveriam progredir na sua
fé, em santificação, em novas atitudes. Mas não mudam, o mesmo proceder dos
tempos em que não conheciam a verdade tornaram a acontecer.
Irmãos que se asseguram da salvação em um culto, mas
permanecem na imoralidade.
Pessoas com graves problemas morais, mas que julgam ser
servas de Cristo.
Pessoas cheias de ira, cólera, palavras torpes, mas que
dizem ser de “Deus”, esses precisam de um novo nascimento.
Muitos anualmente se entregam a Cristo, aceitam a fé e até
iniciam bem, mas os velhos desejos estão a porta lhes convidando a voltar para
a antiga maneira de viver. Infelizmente boa parte das pessoas dá ouvidos a isso
e não avança na regeneração. Estão prestes a tornar a morrer
ÚLTIMOS DIAS: AVIVAMENTO OU APOSTASIA?
ÚLTIMOS DIAS: AVIVAMENTO OU
APOSTASIA?
Essa igreja viverá um
avivamento, ou um funeral.
Leonard Ravenhill
SERMÃO ENTREGUE A AD LÍRIO DOS VALES - JD MIRIAM
‘Nos últimos dias, diz Deus,
derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas
filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos.
Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.
Atos 2:17,18
Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.
Atos 2:17,18
Sabe, porém, isto: que nos
últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
2 Timóteo 3:1-5
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
2 Timóteo 3:1-5
Mas o Espírito expressamente
diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores, e a doutrinas de demônios;
Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;
1 Timóteo 4:1,2
Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;
1 Timóteo 4:1,2
POR QUE TARDA O PLENO AVIVAMENTO?
Hernandes Dias Lopes disse em um de seus sermões que só
podemos almejar o que de fato conhecemos.
Infelizmente a igreja brasileira pouco sabe sobre suas
origens, em especial nossos irmãos pentecostais, grupo no qual estou inserido.
Eu concordo com a fala de Hernandes Dias Lopes sobre a
nossa história, precisamos urgentemente olhar para trás e ver o esforço de
nosso pioneiros nas assembleias de Deus no Brasil.
Chegamos a 106 anos, a comemoração do centenário durante
2011 foi algo que marcou a história do Brasil, grandes cultos, lembranças
contínuas, esperanças renovadas e as promessas de manter o legado de nossos
fundadores.
Hoje no Brasil há mais de 42 milhões de evangélicos, sendo
que 60% são pentecostais. Desses 60%, 22 milhões são da assembleia de Deus em
seus diversos campos e convenções. Somos hoje a maior igreja do Brasil, é
difícil ir a uma cidade que não tenha ao menos uma igreja desse ministério,
temos também mais de 100.000 templos espalhados por todo território nacional.
Teologicamente nos orgulhamos de viver uma plenitude além
do que os nosso irmãos tradicionais vivem, cremos no continuísmo, ou seja, que
os milagres que ocorreram em Atos dos apóstolos, os milagres da bíblia, são
vigentes, os dons espirituais são para os nossos tempos, cremos no batismo com
o espírito Santo, cremos no derramar do Espírito, cremos nos grandes
avivamentos, cremos no Espírito Santo como agente capacitador da igreja.
Porém os anos se passaram e com eles chegamos a uma dura
realidade, infelizmente não cremos com as mesmas forças que críamos em outros
tempos. As manifestações do Espírito Santo tem sido cada vez mais raras em
nossos cultos, a plenitude do Espírito está se tornando fato raro nas igrejas,
os avivamentos no padrão de Atos dos apóstolos estão acontecendo em terras
remotas e também são pouco vistos, a igreja já não cai mais na graça do povo,
já não é um exemplo de caráter e postura a ser seguido, já não tem sido uma instituição
recuperadora como outrora, teologicamente deixou a simplicidade para dar
pérolas nos campos, e pérolas não germinam, despreza a própria história e a
simplicidade da fé cristã. Nossa pergunta para a noite de hoje é:
Se estamos nos últimos dias e essa promessa é vigente, por que então tarda o pleno avivamento?
Se estamos nos últimos dias e essa promessa é vigente, por que então tarda o pleno avivamento?
A segunda questão que não é menos intrigante é:
Estamos vivendo avivamento ou apostasia?
Ambas palavras, de Timóteo, Jesus e de Joel estão sob
vigência para nossos dias, ao contrário do que os cessacionistas dizem, a
promessa como Pedro diz é para todos quanto Deus chamar:
Porque a promessa vos diz
respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos
Deus nosso Senhor chamar.
Atos 2:39
Atos 2:39
Ora se a promessa é para nós, porque temos visto o
contrário acontecer?
Muitos irmãos infelizmente estão apostatando da fé, estão
andando em direção oposta ao que Deus lhes chamou para viver, iniciaram bem,
mas estão terminando mal.
Lembro-me de um renomado pregador: João de Deus, que ao
receber uma oferta para morar na Arábia com a filha que conheceu um Sheik
largou tudo, inclusive suas agendas no Brasil para ser adepto do islamismo.
Vimos recentemente outros casos como o da pastora Lana
Holder que chegou a dizer que estava liberta do lesbianismo e inclusive pregou
e contou testemunhos sobre isso, porém posteriormente voltou ao seu velho
caminho.
Ainda há inúmeros casos de perto de nós, de pessoas que
largaram a fé cristã ao entrar em faculdades, largaram a fé cristã ao serem
confrontados por ateus e amigos em seus trabalhos, ou que por uma decepção ou
pecado cometido.
Vimos muito mais hoje pessoas apostatando da fé do que
vivendo o verdadeiro avivamento.
Vemos hoje as pessoas blasfemando de nossa fé, não por
estarem sob influência de demônios, mas por conta dos nosso inimigos internos,
hoje o problema no Brasil não é de perseguição, estamos até bem, comparados a
outros países.
Mas quando uma igreja deixa de ser sal, deixa de ser luz ela está morta, tem nome de que vive mas está morta, há na igreja contemporânea o espírito de Sardes.
Mas quando uma igreja deixa de ser sal, deixa de ser luz ela está morta, tem nome de que vive mas está morta, há na igreja contemporânea o espírito de Sardes.
Estamos sob um extremo, ou mudamos ou morreremos.
Ou vivemos o avivamento ou a apostasia completa. Ou vivemos
a plenitude do espirito, ou sofreremos sua ausência total e a igreja não faz
nada sem o espírito Santo.
Estamos em tempos que na mesma proporção em que se diz que
deseja o espírito Santo, se peca. Na mesma proporção de clamores por
avivamentos se deseja libertinagem entre nosso povo, para adultérios, novos
casamentos e por aí vai.
Na mesma proporção em que há vigência da promessa de derramamento do espírito, há proporção de pecados e tempos trabalhosos como Timóteo disse.
Na mesma proporção em que há vigência da promessa de derramamento do espírito, há proporção de pecados e tempos trabalhosos como Timóteo disse.
Estamos hoje em um contexto onde clamamos avivamento, mas porque ele não acontece?
Pretendo responder em poucas palavras essa perturbadora
pergunta.
1° Por que não oramos
Nós acostumamos o povo a uma relação com Deus em que as
orações são petições, quando falamos “vamos orar a Deus” já subentende-se que
vamos “pedir” para Deus qualquer coisa.
Estamos em tempos em que os crentes a fim de não participar
do momento da oração arrumam as mais diversas desculpas, seja o tempo, seja as
ocupações, as crianças para cuidar, a porta para cuidar, a arrumação da igreja,
enfim, toda as atividades parecem mais importantes para nós.
O resultado é que vemos muita lógica, muito conhecimento,
muito entretenimento, mas não agozinamos mais em oração.
Esse assunto é rotulado para todos nós como velho,
ultrapassado e muitas vezes ao ser confrontado a cerca disso arrumei as minhas
desculpas mais diversas: Falta de tempo, orgulho dos que oram (o que é de fato
um problema), a oração como refúgio para não cumprir o “ide”, a oração para mim
durante muito tempo foi substituída pelo tempo de leitura, o tempo que me
dediquei a ler diversos livros poderia ser melhor administrado se eu tivesse
dividido esses períodos com orações.
A questão fundamental é que a oração fere nosso orgulho,
ninguém precisa ser inteligente para orar, ninguém precisa ser muito gabaritado
para orar, dentro do quarto de joelhos no chão, não há diplomas, não há
faculdades, não há livros, Deus não se impressiona com minhas citações, Deus
não se impressiona com meu bom português, Deus não se impressiona com o quanto
tenho sido esforçado em ler e conhecer, obviamente ele leva em conta tudo isso,
mas o que de fato precisamos é voltar a oração.
Estamos em tempos tão complicados com relação a oração que
ela se tornou evitada pelos crentes mesmo nos momentos públicos, frequentemente
as nossas orações são mecânicas, com palavras já premeditadas, versículos
salteados a fim de tornar a oração mais extensa, ou cumprir o tempo determinado
pela igreja local, os crentes frequentemente chegam após a oração. Se a reunião
inicia-se às 19:30 com oração, procuramos chegar às 20:00 a fim de evitar
passar alguns momentos de joelhos.
A Batalha de nossos sermões, de nossa vida espiritual não
se vence no púlpito, não se vence de microfones na mão, não se vence com boa
oratória, na verdade nosso desempenho por melhor que seja pode tocar apenas a
mente e convencer pessoas sobre nossos
argumentos, mas a batalha da igreja ainda se vence no quarto secreto, quando
ninguém nos vê, quando não preciso forjar nada, quando uso meus momentos
secretos para a glória de Deus.
Valorizamos demais as atividades externas, mas pouco damos
valor para as secretas. Gostamos de pregar e de cantar, mas qualquer pessoa que
conheça as regras de homilética, tenha boa oratória, seja convincente e conheça
o texto que está comentando pode pregar e até ser relativamente bom. Mas
somente a oração é o método cirúrgico de Deus para adentrar os corações.
Eu não preciso ser espiritual para pregar ou cantar, basta
ter talento, apenas crentes espirituais oram.
Essas realidades são muito difíceis de ouvir, visto que não
queremos prostrar nossos conhecimentos diante de um quarto de oração, não
queremos ter nossa lógica humilhada, pregamos corretamente, falamos
corretamente, mas não oramos mais, daí inicia-se a crise que vemos hoje.
É péssimo ouvir um sermão de quem não ora, louvor de quem
não ora, ensino de quem não ora.
Nós precisamos submeter toda a nossa vida em oração a Deus,
e quando digo isso não me refiro a oração como petição, como reza, como
demonstração externa de espiritualidade.
Infelizmente esse último grupo que citei tem tomado conta
da igreja, de alguma maneira recorremos a leituras sobre os reformadores e
heróis da fé e passamos a tentar imitá-los, bem como sua fala sobre oração,
suas experiências, logo os crentes que oram um pouco mais, ou que tiram esse
tempo para orar, tornam-se crentes orgulhosos, crentes que tem estrela na testa
e seu discurso a respeito de oração é dado de um palanque mais alto.
No fundo todo nós sabemos da necessidade de orar, mas não
praticamos.
E Deus permanece como nos dias de Ezequiel:
E busquei dentre eles um homem
que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra,
para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei.
Ezequiel 22:30
Ezequiel 22:30
Deus ainda hoje procura esses homens que estejam na brecha,
que estejam de joelhos intercedendo pelo seu povo, porque tarda o pleno
avivamento?
Por que fazemos tudo, menos orar.
Por que aplaudimos e enchemos reuniões de movimentos, mas não
queremos saber de orar 30 minutos antes do culto, porque não temos vida em
secreto.
Por que tarda o pleno avivamento? Por que estamos cada vez
mais preocupados com as performances diante dos homens, porque nos relacionamos
com todos, mas não falamos mais com Deus.
Porque Deus né nosso último plano, costumamos ainda dizer:
Esgotei todos meus recursos, agora só Deus pode fazer algo por mim. Falamos
isso com lamento, a oração tornou-se nossa última alternativa. A igreja
prioriza tudo, menos a oração. Faz construções, dá avisos, dá ensino, mas não
ora.
Alegamos falta de tempo, mas acaso temos menos tempo do que
Daniel?
Então disseram ao rei:
"Daniel, um dos exilados de Judá, não te dá ouvidos, ó rei, nem ao decreto
que assinaste. Ele continua orando três vezes por dia".
Daniel 6:13
Daniel 6:13
Daniel continuava orando três vezes ao dia, mesmo depois de
ser um dos governadores da Babilônia, Daniel continuava orando três vezes ao
dia, pois, sua ocupação política não lhe privou de ter contato com Deus.
Certamente as atividades de um governador eram mais
extensas que as minhas.
No fundo nos sobra tempo, mas nos falta garra, nos falta
querer um pouco mais.
Jogamos sobre o pregador a responsabilidade de fazer as
coisas, jogamos sobre os pastores a responsabilidade trazer avivamentos como os
antigos, mas não oramos como os antigos oravam.
Precisamos ainda hoje rever as nossas prioridades, nosso
Wathsapp, nosso facebook, nossos e-mails, nossos trabalhos, nossos amigos, tem
sido mais privilegiados com a nossa atenção do que o próprio Deus.
Usamos nossas orações como petições para poder conseguir
coisas de Deus, logo na sequência o colocamos em segundo plano.
Não norteamos mais as nossas decisões para poder fazer
qualquer coisa, a igreja em tempos bíblicos orava em todas as decisões e o
espírito Santo as falava o que fazer:
E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
Atos 13:1-3
Estamos requerendo uma autonomia que Deus não nos deu,
separamos obreiros, instituímos lideranças, sem orar.
Nem Jesus fez isso, pelo contrário:
E aconteceu que naqueles dias
subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.
E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:
Lucas 6:12,13
E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:
Lucas 6:12,13
Jesus passou a noite toda em oração para escolher os seus
doze, mas nós não aguentamos vinte minutos de joelhos. Como vamos afirmar que
queremos avivamento sem oração?
Estamos muito preocupado com finanças e veja o que o Rev.
Leonard Ravenhill disse;
Não se pode negar que a maior preocupação da igreja hoje são as finanças. E, no entanto, esse problema que tanto inquieta as igrejas modernas era o que menos perturbava a do Novo Testamento. Hoje damos mais ênfase à contribuição; eles a davam à oração.
Por
que tarda o pleno avivamento?
No fundo nos falta fé na provisão de Deus, por isso falamos
tanto de ofertas oramos tão poucos, fazemos campanhas de enriquecimento,
imploramos ao povo que contribua, mas com isso estamos negando nossa origem na
igreja do novo testamento. Lucas relata que entre o povo não havia necessidade,
todos compartilhavam entre si os seus bens, os crentes de Antioquia conseguiram
de sua pobreza ajudar os crentes da Judéia que viviam em miséria, pois, uma
igreja que ora não tem necessidades financeiras. Voltemos a oração!
Logo vale a pena orar, pois, a oração é o sacrifício
necessário para ter comunhão com Deus e viver de fato um verdadeiro avivamento.
Muito se tem dito a respeito de reforma geral nas igrejas,
me refiro obviamente ao sistema, mas nós não queremos reformar nosso proceder.
Os jovens gritam: Reforma já! Mas não tem a disposição de mudar seus próprios
comportamentos.
Querem usar armas carnais como protestos, lógica, estudo,
questionamentos dos mais diversos tipos; Mas as armas de nossa milícia são
outras:
Porque as armas da nossa
milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das
fortalezas;
2 Coríntios 10:4
2 Coríntios 10:4
Para viver a reforma da maneira que almejamos, precisamos
voltar a usar nossas armas espirituais, em especial a oração.
Hoje clamamos avivamento, mas não estamos mais como o povo
no cenáculo, hoje clamamos a presença de Deus, mas isso passou a ser um simples
jargão, poucos sentem falta de Deus.
Enumero aqui alguns motivos para a nossa negligência na
oração:
1° - Ela não exige intelectualidade
2° - Ela não é reconhecida pelos homens
3° - Ela não é incentivada pela igreja tampouco ensinada
4° - No fundo confiamos pouco em Deus
5° - Amamos menos a Deus do que nossos amigos e família
6° - Por que gostamos de resultados instantâneos
2° Perdemos o amor pela palavra de Deus.
Muito se tem falado a respeito da palavra, muito se tem pregado sobre Deus.
Na verdade, estamos em tempos de expansão da pregação nos
meios de comunicação.
·
Há pelo menos 26 rádios evangélicas em
atividade no Brasil, sendo que algumas programações tomam espaço em rádios não
evangélicas.
·
Há canais na tv aberta com programação 24 Hrs.
·
Há inúmeras bíblias de estudo, Thompson,
pentecostal, do pregador, do pastor, do líder, da mulher, da adolescente, do
homem, do pregador pentecostal, do ministro, etc, etc, etc.
Porém o que vemos em nossas igrejas é cada vez mais a
negligência na palavra, os nossos congressos têm 15 minutos de mensagem, 30 de
ministração de ofertas, 3 horas de louvor, 5 minutos de oração.
O povo já não conhece a bíblia, quando pregamos em alguns
livros do antigo testamento ou cartas as pessoas são obrigadas a procurar em índices,
pois, não encontram os livros.
Não sabem quantos livros tem a bíblia, não sabem sequer um
versículo.
Os nossos jovens já leram E.L. James, já leram Jojo Moisés,
Já leram toda a coleção de Harry Potter, mas não leram as cartas de Paulo, não
leram os evangelhos, a porcentagem de pessoas que já leram toda a bíblia é
absurda.
As pregações devem ser cada vez mais rasas, pois, o povo
por não ler não entende, logo os pregadores não são mais esforçados em ler,
pois é frustrante falar a um povo que não tem interesse.
Os pregadores também falham ao não incentivar seus ouvintes
a ler, torna-se mais fácil para todos, pregar simples demais, com piadas,
entretenimento, heresias, a fim de agradar seus ouvintes, o povo por sua vez
aplaude, pois, como crianças que nunca se desenvolveram dependem do lúdico para
compreender. Há preguiça de pensar, há preguiça para ler, principalmente quando
se trata da palavra.
Os cultos de ensino são pouco frequentados, nossas
mensagens são preparadas em cima do púlpito, ou simplesmente abrimos a bíblia e
falamos o que vem a mente, o povo está negligenciando a palavra.
Nossas vigílias são cheias no momento do louvor, durante a
oração para a palavra metade se vai deixando o pregador só.
Estamos em tempos tão complicados com relação a palavra que
o povo pede confirmações para coisas que estão escritas na bíblia, as
experiências tem se colocado acima da palavra.
A tentação que Jesus sofreu no deserto só foi vencida por
conhecer a palavra, mas nós diferentemente de nosso mestre estamos
transformando as pedras em pães, estamos pulando dos pináculos do templo e nos
prostrando para receber coisas. Falta-nos o está escrito.
Estamos vivendo nos tempos que Amós profetizou:
Eis que vêm dias, diz o Senhor
DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água,
mas de ouvir as palavras do SENHOR.
Amós 8:11
Amós 8:11
Por faltar ler a palavra, falta o temor diante dela como
nos dias de Esdras:
Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.
E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo: Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.
Neemias 8:10,11
Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.
E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo: Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.
Neemias 8:10,11
Clamamos por um avivamento mas qual a nossa postura diante
da palavra?
Acaso estamos sendo confrontados e nos permitindo ser
confrontados por ela?
Receio que não. Na hora da palavra hoje conversamos,
ansiamos que ela acabe logo, ou ainda somos tentados a desprezar toda a
pregação por conta de erros mínimos de português.
Queremos avivamento como antes, mas não amamos a palavra
como antes.
3° Por não conhecer a palavra, não conhecemos a Deus.
A falta do conhecimento de quem Deus é tem feito boa parte
dos crentes lhe tratarem como qualquer coisa, menos Deus.
Quem é Deus para nós?
Deus tem sido um garçom.
Deus tem sido para alguns a última alternativa.
Deus tem sido para alguns um autenticador das besteiras que
se faz.
Deus tem sido para algum um refúgio emocional qualquer.
Deus tem sido para alguns simplesmente um meio de ser
aceito
E é daí que vem as orações mais absurdas que temos visto
hoje em dia.
Falam com Deus como quem fala a qualquer pessoa, dizem a
Deus, faça isso e ele é obrigado a fazer.
Mandamos em Deus em nossas orações, ordenamos que ele vá a
lugares, ordenamos que ele cure, que ele aja, que ele faça o que queremos, e
tal como o conceito católico de castigos aos santos, tentamos fazer chantagens
com Deus do tipo: “ Se não me responderes hoje eu largo tudo”
Julgamos que somos indispensáveis, totalmente importantes,
ao ponto de que se eu parar não há mais pregação, se eu parar não há mais
louvor e no fundo nos falta saber quem Deus é!
1° Deus é não só grande, Deus é o maior.
2° Deus é bom, é amor, mas é santo, irado, tem ciúmes.
3° Deus odeia o pecado
4° Deus não pode resistir o mal
Deveríamos ao orar ser tomados de temor, de forma que
jamais daríamos ordens a Deus como damos.
Uma real compreensão de Deus nos levaria a pensar duas
vezes antes de tratar Deus como o tratamos.
De sorte que, longe de nos elogiar, a
cruz mina nossa justiça própria. Só podemos nos aproximar dela com a cabeça curvada e em espírito de
contrição. E aí permanecemos até que o Senhor Jesus nos conceda ao coração sua palavra de perdão e aceitação,
e nós, presos por seu amor, e transbordantes de ação de graças, saíamos para o mundo a fim de viver as nossas
vidas no serviço dele.
A Cruz de Cristo - John Stott
cruz mina nossa justiça própria. Só podemos nos aproximar dela com a cabeça curvada e em espírito de
contrição. E aí permanecemos até que o Senhor Jesus nos conceda ao coração sua palavra de perdão e aceitação,
e nós, presos por seu amor, e transbordantes de ação de graças, saíamos para o mundo a fim de viver as nossas
vidas no serviço dele.
A Cruz de Cristo - John Stott
Com frequência perguntamos a Deus o por que ele que não
pune o mal, ou permite o sofrimento, mas a pergunta se fosse feita com
honestidade nos condenaria, pois, como pode um Deus santo como esse tolerar
minhas mentiras, nossos jeitinhos, nosso egoísmo?
Como? Temos vivido
por falta do conhecimento de Deus uma adoração rasa.
Letras rasas. Onde está a poesia dos salmos? Onde estão os
louvores inspirados pela grandeza de Deus?
Onde estão as letras que enalteciam a Deus exclusivamente e
não o colocava em nosso serviço? Onde estão os adoradores? Só uma compreensão
correta sobre Deus nos levará a um avivamento.
Então conheçamos, e
prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a
nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.
Oséias 6:3
Oséias 6:3
4° - Por que negligenciamos nossa história
O movimento pentecostal teve início em 1906, com o
avivamento da rua Azuza.
O pregador americano William Joseph Seymour acreditava na
vigência da profecia de Joel 2.28-29. Pregava que o falar em línguas era uma
evidência do batismo com o Espírito Santo, apresentou alguns sermões sobre o
assunto, porém ele ainda não era batizado. Por não desfrutar da mensagem que
dizia, lhe privaram de pregar nos templos. William foi hospedado na casa de
alguns irmãos e durante muitos dias orou a Deus buscando a plenitude do
Espírito, até que finalmente recebeu essa graça e pela primeira vez falou em
línguas, nas reuniões seguintes algumas pessoas passaram a falar novas línguas também e logo as notícias sobre o
novo movimento correram de forma que a casa já não podia suportar tantas
pessoas.
Na rua Azuza número 312, em 1906 o movimento ganhava forças
e pessoas de todo o mundo iam até lá, cegos viam, paralíticos andavam e membros
de outras igrejas pouco a pouco iam se desligando a fim de pertencer a esse
novo avivamento. Pessoas de todo o mundo mandavam seus testemunhos ou iam
visitar a pequena igreja de Seymour, entre eles estavam Daniel Berg e Gunnar
Vingren.
Esses saíram da Suécia e desembarcaram no Brasil em 1910 e
se filiaram a igreja Batista, sua igreja de origem no país natal. Adeptos do
movimento pentecostal, eles passaram a ensinar essa doutrina no Brasil e logo
foram severamente rejeitados. Porém alguns acreditaram em suas palavras e
buscaram receber o batismo no Espírito Santo, entre elas estava a senhora
Celina de Albuquerque primeira pessoa batizada no Espírito Santo no Brasil.
Com os adeptos da visão da rua Azuza, os missionários
instituíram a igreja Missão de fé apostólica que posteriormente foi chamada de
Assembléia de Deus.
Nossos pioneiros foram homens de oração, homens de
simplicidade, que com poucas coisas mudaram o mundo desde aquela época!
Martin Lutherking revolucionou o mundo com sua fé e vida
dedicada a Deus e ao próximo.
William
Seymour orava sete horas a Deus para receber revestimento de poder, Lutero três
horas diária, Withefield oito horas
Precisamos
voltar a nossa história e lembrar que o avivamento na igreja gerou revoluções
nunca vistas antes.
Dietrich
Bonhoeffer foi um dos maiores opositores ao Nazismo e abriu os olhos de parte
da humanidade com o que ele viu, escreveu e fez. Engajado na luta contra
Hitlher foi o símbolo de um Cristão que ama sua pátria, que ama a Deus sobre
tudo.
Que
voltemos aos nossos pilares, como os pais da igreja e clamemos como Jeremias:
Assim diz o Senhor:
Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom
caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles
dizem: Não andaremos nele. Jeremias 6:16
Converte-nos a ti, Senhor, e
seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes. Lamentações 5:21
O que devemos fazer para retornar ao avivamento bíblico?
Em primeiro lugar devemos notar que o avivamento não acontecerá sob a moda Brasileira, com jeitinhos.
De forma alguma teremos avivamento com reuniões marcadas,
com músicas de forró e corinhos de fogo, com danças, entretenimento, com novos
métodos.
Ainda assim, agora mesmo diz o
Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com
choro, e com pranto.
E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.
Joel 2:12,13
E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.
Joel 2:12,13
Precisamos rasgar os corações e clamar pela igreja
Brasileira, tal como Moisés fez, durante quarenta dias esteve com o Senhor no
Sinal, tal como ele que em outra ocasião poupou a morte de milhares por conta
de sua intercessão:
Perdoa, pois, a iniqüidade
deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia; e como também perdoaste a
este povo desde a terra do Egito até aqui.
E disse o Senhor: Conforme à tua palavra lhe perdoei.
Números 14:19,20
E disse o Senhor: Conforme à tua palavra lhe perdoei.
Números 14:19,20
Precisamos chorar mais por nossos pecados:
E Neemias, que era o
governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao
povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus, então
não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras
da lei.
Neemias 8:9
Neemias 8:9
Nós precisamos ser tomados dessa convicção de pecado. Nós
temos errado muito e ainda ousamos exigir muito de Deus, ousamos pedir curas
como antes, mas onde está o temor de antes?
Nós precisamos voltar a palavra como nos dias de Josias:
O rei subiu à casa do Senhor,
e com ele todos os homens de Judá, e todos os moradores de Jerusalém, os
sacerdotes, os profetas e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu aos
ouvidos deles todas as palavras do livro da aliança, que se achou na casa do
Senhor.
2 Reis 23:2
2 Reis 23:2
Nós precisamos ser movidos por um senso de urgência
O evangelista deve aguentar correr mais do que cavalos -
JR. 12.15
Deus mandou Felipe alcançar o Etíope que estava indo a
perdição
Felipe significa - O
que ama cavalos.
Nós devemos correr adiante da carruagem que está levando as
almas pro inferno, chegar lé e explicar as escrituras.
- O pleno avivamento é dado mediante oração com unidade de
propósitos
"Como esperar o Pentecoste se nem ainda fomos
despertados para orar? Primeiro, vem a igreja toda, unânime, perseverando em
oração, só depois vem o Pentecoste".
Insistência na oração – 1.14
Unanimidade – Todos oravam 2.1
Mesmo propósito 2.1
O pleno avivamento nos levará a multiplicação das almas:
A igreja iniciou-se com 12 – Lucas 9.1
Depois 70 – Lucas 10.1
Em Atos 1.15 tinha - 120
Em Atos 2.14 – Três mil pessoas
Em Atos 4.4 – Cinco mil
O número continua crescendo ao ponto de perder a conta
(Atos 5.14)
-Mais crescimento inclusive conversão de sacerdotes (Atos
6.1 e 7)
-Cristãos se espalham devido à perseguição (Atos 8.1 e 4)
-Muitas Igrejas fundadas (Atos 9.31)
-Aldeias inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35)
-Gentios se convertem a Cristo (Atos 13.48,49)
-Igrejas erguidas na Ásia menor e Turquia (Atos 14.1-28)
-Igrejas fundadas na Europa (Atos 16.5 e 11,12; 17.4)
-Milhares de judeus tornam-se cristãos (Atos 21.20).
Em último lugar, o avivamento tarda porque roubamos a glória
que pertence a Deus. Reflitamos um pouco sobre essas palavras de Jesus: “Eu não
aceito glória que vem dos homens”. “Como podeis crer, vós os que aceitais
glória uns dos outros, e contudo não procurais a glória que vem do Deus único?”
(Jo 5.41,44.) Chega de toda essa autopromoção nos púlpitos. Chega de tanto
exaltar “meu programa de rádio”, “minha igreja”, “meus livros”. Ah, que
repulsiva demonstração carnal vemos nos púlpitos: “Hoje, temos o grande
privilégio...” E os pregadores aceitam isso; não, eles já o esperam. (E se
esquecem de que só estão ali pela graça de Deus.) E a vaidade é que, quando
ouvimos tais homens pregar, notamos que nunca ficaríamos sabendo que eram tão
importantes, se não tivessem sido apresentados como tal. Coitado de Deus! Ele
não está recebendo muita glória! Então, por que ele ainda não cumpriu sua
terrível mas bendita ameaça de que iria vomitar-nos de sua boca? Nós
fracassamos; estamos impuros. Apreciamos os louvores dos homens. Buscamos
nossos próprios interesses. Ó Deus, liberta-nos dessa existência egoística,
egocêntrica! Dá-nos a bênção do quebrantamento! O juízo deve começar por nós,
pelos pregadores!
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