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sexta-feira, 17 de março de 2017

Racismo

Há quem diga que o racismo não é mais realidade no Brasil, que tudo não passa de um “complexo de vítima” por parte de negros, pardos, etc. Há muita discussão em torno disso, pessoas com pouca informação, em sua maioria brancos afirmam: “brancos e negros são iguais”. No que diz respeito a espécie e capacidade sim, mas na sociedade as diferenças são gritantes. Diariamente frases racistas são dita sem o menor pudor, de tanto serem repetidas tornam-se normais, veja alguns termos: “Serviço de preto”, “Amanhã é dia de branco”, “ A coisa ta preta”, “mercado negro”, “denegrir”, “magia negra”. Porque lábios grossos de brancas são chamados de “carnudos”, o de negro “beiçudo”? O que torna um cabelo bom ou ruim? Porque estrangeiros europeus são bem-vindos e os Haitianos são “roubadores de empregos”? Porque a própria Estácio, há poucos meses atrás espalhando propagandas no metrô associou imagens do projeto TABLET a loiras e bolsas e FIES a negros, estrategicamente nas estações de periferia? O contrário não é possível?
“Quem te ensinou a odiar a textura do seu cabelo?
Quem te ensinou a odiar a cor da sua pele a tal ponto que você se alveja para ficar como branco.?
Quem te ensinou a odiar a forma do seu nariz e lábios?
Quem te ensinou a odiar você mesmo da cabeça aos pés?
Quem te ensinou a odiar os seus iguais? Quem te ensinou a odiar a sua raça tanto que vocês não querem estar perto uns dos outros?
É Bom você começar a se perguntar:
Quem te ensinou a odiar o que Deus te deu.?”
(MALCOLM X)

 Todos os fatores que citei até então são atos contínuos na sociedade atual. É muito fácil para mim, branca, dizer que não há racismo, mas a verdade é que se me dispor a abrir os olhos e enxergar a sociedade e os preconceitos corriqueiros como um negro os vê, logo perceberei que o Brasil está longe de superar isso. Propagandas, programas de TV, revistas, livros.

As crianças já crescem percebendo as diferenças, ao analisar o texto e compará-lo com livros do ensino fundamental, percebemos que de certa forma a criança já cresce entendendo que não faz parte do que seria chamado de “pessoa comum” as imagens positivas são sempre vinculadas a personagens brancas, aos negros restam as personagens com papel teoricamente “inferior”. O preconceito infelizmente não é combatido em sua origem, ao mostrar somente personagens brancos, os que fazem parte de outra classe podem se sentir alheios a sociedade.  O Brasil é um país com muita diversidade, essa questão deveria ser tratada ainda na infância, para que num futuro breve esse quadro seja revertido. Uma maior inserção de imagens de todas etnias faria aos poucos todos entenderem essa diversidade. Que ninguém é inferior por sua cor.  O estado infelizmente não trata com a seriedade devida esse assunto, o resultado é que mais crianças crescem se sentindo inferiores ou excluídas. Algumas coisas vêm sendo feitas, cotas, programas sociais, etc. Porém o caminho ainda é muito longo, há muito a fazer. Se não houver mudança na abordagem de nosso livros, mais crianças crescerão com os complexos citados por MALCOLM, odiando seus cabelos, sua aparência, sua cor, sentindo-se destinadas a trabalhos que os brancos não querem. O RACISMO EXISTE E PRECISAMOS COMBATÊ-LO.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

DESIGUALDADE SOCIAL

Desigualdade social – Problema mor do Brasil


“A política do nosso governo pretende que os ricos fiquem mais ricos para que, graças a eles os pobres sejam menos pobres” ( General Costa e Silva, Presidente do Brasil - (1967 – 1969)


“Vamos fazer o bolo crescer para depois repartir”
(Antonio Delfin Netto, Ministro da área econômica em duas gestões durante o regime militar).


As desigualdades sociais quase sempre são relacionadas com a má distribuição de renda, que consiste de uma maneira muito simples em “muitos com pouco, poucos com muito”. Esse é um problema presente em várias nações do mundo, de uma maneira mais intensa nas menos desenvolvidas. Essa má distribuição também é chamada de desigualdade social, esse termo abrange várias áreas, não fala exclusivamente da pobreza, até porque a pobreza está presente em todos os países independente de sua economia.

A desigualdade social não está relacionada apenas as diferenças econômicas, mas também de oportunidade, escolaridade, ETC. O pensamento exposto na frase do General Costa e Silva, Ex-presidente do Brasil, retrata muito bem o quanto nosso país é desigual, com a afirmação dele  percebe-se que basicamente a antiga intenção  era de que os ricos se tornassem cada vez mais ricos, podendo assim gerar empregos para que os pobres não ficassem em uma condição pior do que já estavam, não promovendo a distribuição da renda, mas apenas oferecendo empregos, em partes esse pensamento foi benéfico, pois, o índice de desemprego caiu. Porém o problema persiste enquanto alguns vivem de maneira abastada tendo opções de escolha de alimentos, boas escolas, acesso a saúde de qualidade, Etc. Alguns vivem em ruas e literalmente “vendem o almoço para que possam jantar”, não somente isso, a desigualdade no Brasil é tão gritante, que chega a tornar-se um cartão de visita para o mundo, segundo a ONU éramos a 8° nação mais desigual do mundo em 2005, esses índices diminuíram, mas a situação ainda é no mínimo desconfortável, uma letra de RAP cita essa parte da realidade atual do nosso país:

“...Quem são esses seres que me olham bem no olho, disfarçam que não me viram pra não enxugarem meu choro, eu sou a paisagem pior que um tapa no rosto, acredite ser humano é este corpo, tenho vergonha da minha miséria, que tortura que é a fome, ela se alimenta de pele amarela, de pele escura, mas pele de pobre, como um golpe forte, três pontas de chicote, que invade a carne com um corte, uns tem muita grana e são chamados de ricos, outros dormem na lama e são confundidos com o lixo...” (Edvaldo Silva, Ao Cubo)
Enquanto alguns bebês nascem em grandes maternidades dotadas da mais alta tecnologia, outros nascem em hospitais públicos, que em alguns momentos não são dotados sequer de higiene, há lugares onde pelos motivos mais fúteis alimentos são desperdiçados, enquanto há outros que comem das sobras de alimentos de feiras, produtos que as são impróprios para o consumo.
O pensamento da igualde na distribuição de renda teve maior ênfase no governo do antigo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criou programas como o PROUNI, Fome Zero, primeiro emprego, ETC. Mas ainda estamos distantes de uma regularidade na distribuição de renda no Brasil, o pensamento de “ fazer o bolo crescer para depois repartir” ainda provoca a sensação de que a maior parte fica para os mais favorecidos, enquanto os pobres dividem um pedaço minúsculo do bolo, poucos “enchem a barriga, muitos passam fome”.

“Estamos em um país onde todos são iguais, mas vivemos submergidos em total desigualdade social” Said Augusto

A tendência é que essa desigualdade diminua, porém o pensamento dos líderes do governo deve estar voltado para que essa mudança ocorra efetivamente e de maneira rápida, pois, a imagem do Brasil está extremamente prejudicada pela sua imensa desigualdade.


Lucas Araujo Rodrigues