segunda-feira, 6 de março de 2017

Pedro - A pedra incomum

Pedro – A pedra incomum

Pedro certamente é um dos homens mais conhecidos da bíblia, trata-se de um discípulo cujas atitudes marcaram as páginas sagradas, tanto por seus maus momentos como também por seus excelentes feitos.

Portanto pretendemos nessas duas semanas falar um pouco mais sobre esse apóstolo que em muitos aspectos se assemelha a nós.

Pedro era filho de Jonas ou (João) dependendo da versão – João 1.42
Nascido em Betsaida
Irmão de André – João 1.40
Pedro era sócio de Zebedeu e seu principal ofício era a pesca, inclusive tendo um barco próprio e tal fato lhe tornava um cidadão com diversas posses. Lucas 5.3
Pedro era morador de Cafarnaum conforme Marcos 1.21
Pedro era iletrado – Atos 4.13

O primeiro contato de Cristo com Pedro se deu após pregações de João Batista.
No capítulo primeiro de João é falado sobre a pregação de João, quando este vê que Cristo é o cumprimento da profecia, o Messias que havia de vir, afirma a seu respeito: Eis o cordeiro de Deus.
Imediatamente dois dos discípulos de João Batista lhe deixam e passar a seguir Jesus, acredita-se que sejam João o discípulo amado e André os discípulos que se aproximaram de Cristo. O primeiro diálogo se inicia em uma pergunta, Cristo lhes pergunta o que eles buscavam, então os discípulos dizem: “Mestre, onde moras” essa pergunta era na verdade um oferecimento a conhecer a casa de Cristo e passar um tempo. Então Jesus se apresenta a eles e passa o dia conversando, creio que o fato de que os discípulos demonstraram interesse em saber quem Cristo era antes de qualquer pretensão chamou a atenção de Jesus e ele lhes concedeu a riqueza de conversar durante longas horas.
Ao sair de lá André e o outro discípulo saem cheios de entusiasmo na intenção de espalhar a outros sobre tudo o que viram e ouviram, André de imediato procura o seu irmão e lhe diz: “Achamos o Messias”. Ambos se encontram novamente com Cristo que de imediato trata de mudar o nome de Simão para Cefas ou Pedro.

1 – De Simão Barjonas para Pedro.
O nome Simão é na verdade uma variação de Simeão, sabemos que Simeão foi um dos filhos de Jacó, tinha um temperamento extremamente explosivo, era capaz de diversas façanhas em nome de seus impulsos, quando sua irmã Diná é violentada pelos moradores de Siquém ele entra na cidade com Levi e mata muitos homens, inclusive seus gados e ainda levaram as mulheres cativas na intenção de vingar sua irmã. Se a vingança se restringisse ao fato de que matassem os homens que violentaram sua irmã, eles estariam enquadrados numa certa “justiça” porém tratava-se de uma tirania sem fundamentos, simplesmente mataram conforme suas vontades e foram repreendidos de forma severa por seu pai Jacó.
Inclusive na bênção final de Jacó o ato de Simeão e Levi fora lembrado. A história de Simeão ficara marcada por conta desse ato de tirania e atenção aos instintos mais profundos.
Simão era semelhante a seu antecessor Simeão, consciente disso Cristo que era sabedor de todas as coisas lhe diz “Tu serás chamados Cefas, que quer dizer Pedro”.
A mudança do nome de Simão tratava-se de um processo contínuo que posteriormente seria chamado de regeneração, Cristo consciente do caráter instável de Simão lhe fornece a oportunidade de ser uma pedra, uma rocha, alguém de caráter firme, porém tal processo seria complicado, extenso e de inúmeros tratamentos.
Nos momentos bons de Pedro ele era chamado por esse nome, quando seu caráter estava instável, era chamado de Simão. Cristo logo no início trata de alterar as mazelas mais profundas em nosso caráter.

2 – Deus almeja nos fornecer uma vida incomum
O nome Simão era muito comum, usado por muitos pais. Porém Pedro (grego), Cefas (Aramaico), jamais fora usado como nome para ninguém, era um fato incomum, ser chamado de fragmento de Pedra era algo que até então não havia acontecido.
Cristo almeja que não vivamos uma vida “a margem” uma vida simplesmente comum, que sejamos simplesmente medíocres, mas sobretudo que sejamos pessoas diferenciadas, naturalmente nossos nomes constam nos controles do governo, constam nas listas de médicos, constam nos inúmeros cadastros que fizemos, constam nas escolas, etc. Porém Cristo oferece a chance de ter uma nova cidadania que não se alcança com méritos humanos ou nossos esforços, afinal não depende de quem corre, mas daquele que abençoa a corrida. Muito mais do que uma vida comum de pescador, Cristo tinha para Pedro a oportunidade de ser tudo aquilo que nenhum de seus antepassados foram, da mesma maneira a conversão é um convite a viver as promessas de que nossos nomes não se restringirão aos cadastros comuns, mas a escrita no livro da vida. Obviamente isso não implica apenas tempos bons, mas sobretudo o viver uma vida acima da média, com pretensões que se estendem a algo além da vida atual. Era o que Cristo queria fazer com Pedro, não apenas ser um Simão comum, conhecido como filho de Jonas, dono de barco, não! Cristo almeja nos transformar de “um”, para “O”, de um “quem” para um “alguém”. Deixar a vida pacata para viver as promessas fantásticas que andar com Cristo nos fornece, os planos de Cristo não são que sejamos exclusivamente empresários, empregados, ou qualquer coisa assim, Deus tem paternidade, mudanças de caráter, vidas diferenciadas, apostolado, pastoreio, louvores, coisas que nos diferenciarão e nos concederão uma identidade que mostrará quem de fato somos e para quê nascemos.

3 – O segundo encontro com Cristo – Deus almeja nos usar a partir de habilidades que já possuímos. Mateus 4. 18-19; Marcos 1.14
Cristo estava passando pelo mar da Galiléia quando viu Pedro e André, o primeiro encontro fora impactante, mas ainda lhes faltava confiança, outros sinais seriam dados na intenção de ganhar Pedro. Cristo ao olhar os irmãos pescando lhes convida: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”, imediatamente ambos largaram as redes e o barco e seguiram a Cristo. É interessante o fato de Jesus usar o termo pescadores para vocacionar os discípulos.
Como disse na introdução desse tópico, é a partir de habilidades que já possuímos que Cristo almeja trabalhar conosco, não devemos almejar traços da personalidade de outras pessoas para ser aceitos, não devemos cultivar os impostores na intenção de ser melhor compreendidos, é com a identidade que possuímos e o nosso eu escondido em Cristo que o Senhor trabalhará, não importa se até então sabemos nos relacionar apenas com peixes, redes, mares, Cristo almeja usar nossas limitações para alcançar a muitos.
Davi possuía habilidades com a funda em momentos oportunos, quando a oportunidade de defender o povo surgira, ele então usou as ferramentas que já possuía.
Paulo ao ser vocacionado, usou os conhecimentos que possuía aliados a outros que Cristo concedera para ser o maior apóstolo do Cristianismo.
Da mesma maneira Jesus fizera com Pedro, Tiago, João e André. “EU vos farei pescadores de homens”, com suas poucas habilidades, com suas inúmeras limitações, eu farei as qualidades que vocês já possuem serem extremamente úteis.

4 – O terceiro e definitivo encontro – Cristo reverterá as frustrações.
Alguns acontecimentos foram relevantes no que diz respeito ao ministério de Cristo até esse momento, ele fora convidado a uma festa de casamento e lá realizou seu primeiro milagre, Cristo já confrontara Nicodemos, fora batizado por João e as multidões passaram a lhe seguir dia após dia ao ponto de que a beira do lago de Genesaré Cristo fora cercado pela multidão e então ao ver dois barcos há uma brilhante ideia, pregar em cima de um deles.
O lago de Genesaré, ou mar da Galiléia, ou ainda de Tiberíades tratava-se do mesmo lugar, porém o nome era dado de acordo com o local onde a pessoa se encontrava, ou seja dependia de qual margem estava posicionado. Na verdade o mar da Galiléia não era de água salgada, ele era fruto do rio Jordão, porém devido a sua extensão fora chamado de mar e também pelo fato de algumas vezes ter tempestades tal como a dos mares. Tinha 21 KM de comprimento e 11 de Largura.
Ao olhar a quantidade de ouvintes, a necessidade do povo, Cristo observa o barco de Pedro e lhe usa como púlpito, na intenção de que o povo lhe ouvisse, então assentado no barco Jesus ensina a multidão. Ao término do ensino, Cristo convida Pedro para levar o barco mais ao fundo, ao mar alto e lhe ordena que lance as redes.
Nesse momento Pedro contesta, pois, a pesca era sua especialidade, inicialmente sua incredulidade se manifesta, quando diz: “Havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos”, o que Cristo queria demonstrar era o fato de que não importa quais vocações o homem tenha, ele conhece todas as coisas mais do que os peritos poderão saber, Cristo está disposto a nos impressionar nas áreas que julgamos saber mais, a mostrar nossa insignificância ante a sua grandeza.
Se por um tempo o coração de Pedro fora incrédulo, há um momento posterior de fé em que ele afirma, sob tua palavra lançaremos as redes. O lançamento é uma tentativa, é a atitude de alguém que sabe que não há mais nada a perder, uma noite inteira de frustrações havia se passado, o sustento para família havia perecido, porém ainda há uma palavra pela qual podemos trabalhar e sob essa palavra Pedro lança as redes.
O que Cristo queria demonstrar entre outras coisas é que no lugar de nossa frustração ele pode conceder dupla honra ainda hoje, no lugar de nossa vergonha ele pode exaltar ainda hoje, não necessariamente deveremos vencer com o esquecimento, não há prescrição quando se trata de feridas da alma e frustrações naquilo que mais conhecemos, somente Cristo pode reverter o lugar de tristeza e transformá-lo num lugar de alegria.
No lugar da tristeza de Pedro Deus lhe trouxe surpresas e a oportunidade de vencer seus traumas, a diferença está no fato de ter Cristo no barco e lançar as redes da vida sob sua palavra, há garantia de que sob a palavra de Cristo haverá êxito. Quando Pedro vai puxar as redes, o versículo 6 dias que a quantidade de peixes era tanta que o barco quase afundou, ao ponto de que Pedro pede ajuda a outro barco e enche dois. Todos são tomados de espanto, num ato de profunda sinceridade Pedro se prostra ao pés de Cristo e lhe declara seu pecado e pede que se afaste, tal como Isaías fizera, porém Cristo diz a todos “não temas” de agora em diante serás pescadores de homens.

Até então Cristo fizera um convite, porém no terceiro encontro trata-se de uma convocação: “Eu vos farei pescadores de homens”

5 – O tesouro escondido – Deixando o barco. Mateus 13.44

É admirável o fato de que após os atos de Cristo os discípulos entenderam que tratava-se de uma vocação que lhes daria garantias de que suas necessidades seriam supridas, conscientes disso eles deixam as redes, os barcos e passar a seguir Jesus de imediato.
A paixão tomou conta do coração dos discípulos de forma que cumpriram as parábolas ditas por Jesus em Mateus 13, tanto do tesouro escondido, como também da pérola.
O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, Achando-o um homem, escondeu-o de novo, então em sua alegria foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo. Outrossim, o reino dos céus é semelhante a um comerciante que busca boas pérolas e tendo encontrado uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou.
Mateus 13.44-46
Pedro, João, André, Tiago, já haviam encontrado a pérola, já haviam encontrado o tesouro, mas seria necessário abrir mão de todo o resto para poder usufruir de tão grandes bênçãos.
É fato comum descobrir onde há o tesouro, mas são poucos os que se dispõe a abrir mão de todo o resto afim de comprar o campo e usufruir as mais copiosas bênçãos que tal transação lhe trará. De fato é comum as pessoas encontrarem o caminho, o complicado e adaptar-se para caminhar por ele, visto que estreito e apertado ele é.
Eliseu ao ser convocado por Elias para iniciar o ministério matou os bois – 1 reis 19. 19-21
Paulo ao encontrar o tesouro abriu mão do nome que até então possuía e de todo o status conquistado como fariseu para ser um dos adeptos da seita dos nazarenos e sobre isso ele escrevera em Filipenses 3.5-8
O.S Boyer foi missionário durante muitos anos no Brasil, quando sua sociedade missionária lhe convidou a voltar por conta de sua idade e condições de saúde ele se viu frustrado, triste e distante do tesouro que possuía até então. Certa feita sua esposa faleceu e quando avisado sobre o falecimento dela O.S. Boyer teve a oportunidade de sair uma vez mais de seu retiro missionário, o hospital esperava que Boyer fosse reconhecer o corpo e providenciar o enterro. Porém Boyer usou o dinheiro da sociedade missionária para voltar ao Brasil e a organização só fora informada quando Boyer já tinha chegado ao Brasil, obviamente a paixão de Boyer sobrepujava sua necessidade de descanso. Por isso ele fora ao Brasil para reencontrar o seu real tesouro.
Os morávios foram a sociedade missionária que fez o maior período de oração ininterrupta da história, a origem deles fora feita por alguns poucos missionários que vendo as dificuldades de entrar numa nação não acharam outra alternativa, a não ser se vender como escravos para alcançar a terra que eles almejavam, quando então conseguiram, eles sabiam que não voltariam mais a sua terra natal, não teriam mais opção a não ser morrer como escravos missionários, quando o barco estava saindo de sua terra natal e todos choraram esperando que eles fossem se arrepender é dita a seguinte frase: “O cordeiro é digno pelo seu sacrifício” tal frase marcou a vida missionária de muitos posteriormente e tornou-se o tema da sociedade missionária dos morávios.
Os arrais cantam as músicas “esperança” e “fogo” que tratam da vida como uma embarcação e cujo destino é o alcance do reino de Deus, a embarcação é nossa vida e tudo trata-se de uma grande viajem, visando o tesouro eles se dispõe a enfrentar inúmeros ventos e tempestades e inclusive abrir as velas da embarcação na esperança de que os tesouros do reino lhe seriam suficientes e ao amanhecer eles avistariam o porto, a saber o céu. A música fogo é ainda mais enfática, quando fala de “por fogo no que resta da embarcação, para não ser tentado a abandonar a missão”. A bíblia fala dessa paixão em Hebreus 11. 13-16.
“Todos esses morreram na fé. Não alcançaram as promessas. Viram-nas de longe, e as saudaram. E confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
Ora, os que dizem tais coisas, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem da daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de voltar.
Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles de ser chamado o seu Deus. Pois já lhes preparou uma cidade.”

A vida Cristã é na verdade uma peregrinação por terras estranhas em que pomos em jogo tudo o que possuímos até então, para alcançar uma terra desconhecida mas que tem tesouros inegáveis, vimos hoje a promessa de longe, como que por um espelho, mas então veremos face a face e conheceremos como dele somos conhecidos.
A paixão tomou conta de Abraão fazendo-lhe sair do meio de sua parentela de onde estava sem garantias a não ser a palavra, porém a palavra de Deus estava posta como garantia e essa é a âncora da alma. Hebreus 11.19
A âncora da alma estava posta sobre o coração de Pedro, por isso as redes, os barcos tudo era inútil diante do tesouro que estava diante de seus olhos.

6 – Cristo atento aos detalhes da vida.
Cristo estabelecera seu ministério em Cafarnaum como já fora dito, porém houve um dia em que perguntaram a Pedro se o seu mestre pagava os tributos,  a saber duas dracmas.
Pedro imediatamente diz que sim, Cristo paga o tributo. Ao entrar em casa, Jesus já sabia o que havia se passado, propõe uma parábola sobre o rei e seus filhos, consciente disso Cristo passa a ordenar a Pedro que lance o anzol no mar, o primeiro peixe que veio tinha em sua boca o valor que eles necessitavam.
A lição de agora parece vazia de grandes significados, porém há diversas aplicações práticas para tal ato.
Primeiro, Cristo está atento a nossa reputação como cidadãos e almeja suprir as necessidades imediatas dos que se envolvem em sua obra, em termos práticos Deus cuida dos detalhes de nossa vida quando se dispomos a fazer nosso melhor. Pedro estava com Cristo e esse lhe ordena pescar, pois em sua obediência suas necessidades seriam supridas. Deus se atenta a nossa vida material, social, política e estar com Cristo não nos isenta das obrigações como cidadão. Obviamente naquele momento Pedro e Jesus não precisariam pagar os impostos pois, eram daquela terra, tratava-se de algo abusivo, porém por ter visto que Pedro antecipara a promessa de pagamento, Cristo providenciou os meios para manter a honra de seu servo, da mesma maneira ainda hoje Jesus se preocupa com os detalhes de nossa vida, ele é capaz de olhar para uma multidão faminta e ajudar todos a alimentar-se a partir de cinco pães e dois peixes. Deus se preocupa até com a roupa que vestimos e no tempo oportuno nos traz as provisões necessárias.
Mateus 17. 24-27

7 – A oração eficaz de Pedro.
Jesus ordenara aos discípulos que fossem ao outro lado do mar, enquanto ele se despedia da multidão, posteriormente Jesus fora ao monte para orar sozinho, os discípulos estavam no barco, quando por volta da quarta vigília da noite eles foram surpreendidos por uma terrível tempestade, que açoitava o barco. Quando veem Cristo ao longe não o reconhecem de imediato, principalmente pelo fato de vir andando sobre as águas, então os discípulos chegam a falsa conclusão de que tratava-se de um fantasma. Porém Cristo lhes assegura ao se dar a conhecer dizendo: Sou eu, não temas. Pedro carente de provas faz um pedido insano: “Me ordene para que eu vá ter contigo sobre as águas”.
Cristo lhe diz para que venha, Pedro anda sobre as águas, está vivendo uma experiência sensacional, com os olhos postos em Cristo ele pode andar sem temer, porém ao olhar para a tempestade, para as circunstâncias, o mar, o barco ao longe ele passa a afundar e então exclama: Salva-me Senhor.
Essa  oração de Pedro foi breve, porém eficaz. Foi direta e precisa e sobretudo atendida.
Não haveria tempo para formular grandes teorias, para ser maquiavélico, para dizer coisas vazias, ele simplesmente precisava de socorro e assim o fez.
Essa oração é perfeitamente adaptável as mais diversas situações da vida, tal como a do publicano que diz “Sê propício a mim pecador”.
É uma oração completa teologicamente, é uma oração adaptável, é breve, sem resenhas, sem forjamentos, sem máscaras, um pedido sincero de um coração que está prestes a naufragar.
O Que Deus espera de nós não são orações com entonações diversas, com palavras rebuscadas, nada disso lhe comove, somente um pedido de um coração sincero lhe comove, não é o orar muito que importa, mas sim o orar com o coração, não são longas as orações registradas na bíblia, mas são eficazes a maior delas talvez tenha sido a de Salomão na inauguração do templo, mas não deve ter durado mais do que 13 minutos. Então devemos entender que não é o orar muito, mas o orar certo, não é o muito pedir mas o pedir com o coração que atrairá o favor divino.
Estamos buscando muitos métodos, Deus busca pessoas que tenham a humildade de nos diversos momentos da vida poderem dizer: “Salva-me”. A boa mão do Senhor estará sempre estendida para corações sinceros que não precisem forjar, corações moldados no secreto e que estejam dispostos a entender que não precisamos explicar teologia para o próprio Deus. Ele tudo sabe, ele tudo vê, cabe a nós ser sinceros e orar em todo tempo, nos momentos mais diversos da vida. E a boa mão do Senhor se estenderá em meio ao nosso naufrágio.

1Mateus 14. 22-33

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