A sociedade à qual o cristão é chamado no batismo não é uma
coletividade, mas um corpo. É o corpo do qual a família é a imagem no
nível natural. Alguém que se integrasse nesse corpo com a idéia falsa de
que seria membro da igreja no sentido moderno, esvaziado — um
aglomerado de pessoas, como se fossem moedas ou fichas — seria corrigido
já na entrada, ao descobrir que o Cabeça desse corpo é tão diferente dos
membros inferiores, que estes nada têm em comum com aquele, salvo por
analogia. Somos chamados, logo de princípio, a associar-nos como
criaturas ao Criador; como mortais ao Imortal; como pecadores
redimidos ao Redentor sem pecado. Sua presença, a interação entre ele e
nós, sempre deve constituir o maior fator dominante da nossa vida
dentro do corpo; excluindo qualquer concepção de comunhão cristã que
não signifique, em primeiro lugar, comunhão com ele.
Cs Lewis - O peso de glória
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