O inválido em Betesda – O cenário de uma igreja sem Cristo
Depois disto havia uma festa
entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água.
Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.
E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda.
Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado.
João 5:1-9
Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água.
Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.
E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda.
Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado.
João 5:1-9
A
ineficácia da igreja contemporânea
Qual dentre nós teria coragem de perguntar aos vizinhos de
nossa igreja a relevância que ela possui no contexto atual?
Qual dentre nós ousaria parar para pensar em quê a igreja
local tem sido útil para a comunidade onde ela está inserida?
Quem ousa fazer uma comparação entre a igreja primitiva e a
atual de modo frio e realista e se expor?
Quais são os projetos que a bancada evangélica tem
apresentado atualmente para a educação?
Em quê nosso políticos e líderes têm sido relevantes para a
diplomacia nacional e internacional?
Qual o nosso nível de semelhança com Jesus? E com os
apóstolos?
Essas perguntas, se respondidas honestamente demonstram que
sem dúvidas há uma deturpação na igreja contemporânea, e entendamos igreja
organização (prédios).
Diariamente são abertas 12 igrejas no Brasil, considerando
dias úteis, podemos estimar 2.880 igrejas abertas por dia.
69 deputados hoje compõe a bancada evangélica. Seus
projetos em sua maioria se restringe a não permitir que os gays exijam o que
chamam de “privilégios”.
Os programas de rádio e Tv tem servido como meios de
propagar a igreja, atraindo mais membros e mais ofertantes para bancar os
grandes templos construídos em nome dessas igrejas.
As suspeitas sobre envolvimento de igrejas em escândalos
como o da lava jato só crescem. Em linhas gerais, é muito triste o que tem
acontecido nos tempos atuais, grandes referências se rendem a alianças
políticas em troca de favores, grandes líderes se vendem por pratos de
lentilhas fornecidos por pessoas extremamente corruptas.
Todos problemas que citei são em nível macro, em uma visão
mais específica, vemos os reformados brigando entre si por detalhes das
doutrinas, pisando nos pentecostais e carismáticos, que por sua vez lhes rotula
de carnais e sem o “espírito”.
As brigas entre as igrejas mais pobres são ainda mais
grotescas, usa-se as redes sociais para se atacar entre si, para criticar os
ministérios uns dos outros e enquanto isso o número de desigrejados só cresce.
AW. Tozer disse há tempos atrás em seu livro “Resgatando o
cristianismo” que o problema da geração de seus dias é que eles mantinham a
doutrina dos apóstolos, mas não suas atitudes e seu caráter. Hoje infelizmente
nem a doutrina e nem o caráter tem sido seguido, faltam referências e por mais
estranho que pareça o Cristão mais relevante é um papa sul-americano. Enquanto
entre os evangélicos os bons exemplos continuam desconhecidos, sem relevância,
pois são ofuscados pelas próprias igrejas.
As igrejas não admitem mais pessoas que tenham erros, ainda
mais líderes, eles devem entrar na tendência atual, que não é mais de teologia
da prosperidade, mas sim de Coaching. Não é a atoa que empresas com sistema de
pirâmide atrai cada vez mais cristãos, empresas que prometem ganhos fáceis
dizendo aos seus consultores que eles são exímios vendedores, pessoas
fantásticas, talentosas diferenciadas. Na verdade vivemos o cúmulo do
humanismo: “Você é capaz, você vai vencer, você tem potencial”.
Isso atinge nossa música, nossos sermões, nosso modo de
servir.
Como é triste olhar e perceber que assim como Tozer disse:
A diferença entre nós e os não cristãos se dá na seguinte
ilustração:
Imagine dois homens doentes, ambos estão precisando de
ajuda, ambos estão mal, ambos estão prestes a morrer no hospital, mas um é
cristão e o outro não.
O Cristão diz que a única diferença entre ele e o não
crente é que ele tem um Deus.
Nesse momento não há tanta diferença, ambos estão doentes,
ambos precisam de ajuda.
Tratando essa doença em níveis de caráter, podemos dizer
que hoje os cristãos querem dizer que são diferentes por ter um Deus, mas seu
proceder é de um ateísmo prático. Não há diferenças entre o justo e o injusto,
ambos doentes, um dizendo ter fé, outro sem máscaras.
É triste pensar que em muitos aspectos a igreja se
assemelha ao texto que lemos, almejo nas próximas páginas analisar isso:
Israel
possuía sete festas oficiais, a saber:
Páscoa
Pães
Ásmos
Primícias
Pentecostes
Trombetas
Expiação
Tabernáculos
Não se sabe ao certo em qual festa Jesus subiu, isso na
verdade não é o fato principal do texto e qualquer tentativa de escolher não
passa de uma suposição sem bases sólidas.
Pensemos, qual era a razão de Cristo estar interessado em
subir a cidade para uma festa?
A primeira delas era porque seu primeiro milagre ocorre
justamente numa festa de casamento, demonstrando que Jesus era alguém social,
que se envolvia com as pessoas.
Cristo almejava continuar seu ministério público, a ocasião
de uma festa entre o povo era perfeita para demonstrar seus reais propósitos.
Era a segunda vinda de Jesus a Jerusalém, a primeira fora
recebida com extrema hostilidade, essa segunda de igual modo seria conturbada,
pois, aquele dia era sábado.
Ora, em Jerusalém há, próximo
à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco
alpendres.
João 5:2
João 5:2
Há pelo menos duas interpretações quanto ao nome “Betesda”,
a primeira delas era é que significa “Casa da misericórdia” e é a mais usual.
A segunda é “Betezata” “Casa da oliveira”.
Pensemos nesse texto como Betesda, casa da misericórdia.
Ela estava posicionada junto ao templo, na porta das
ovelhas, certamente havia para João um significado mais profundo quanto a isso,
pois, Cristo é o cordeiro que tira o pecado do mundo, logo ele iria adentrar
pela porta das ovelhas, porém não há como afirmar, pois, o risco de transformar
isso numa alegoria é grande.
Nestes jazia grande multidão
de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água.
Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
João 5:3,4
Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
João 5:3,4
Em Betesda há uma multidão, de cegos, coxos, mancos, ressicados.
O último trecho de João 5.3 nem mesmo aparece nos
originais, na verdade trata-se de uma adição posterior para explicar a razão
das pessoas aguardarem tanto tempo à beira de um tanque.
Um anjo descia de tempos em tempos para agitar as águas, o
primeiro a entrar no tanque após o movimento das águas era curado.
É triste pensar que nunca houveram evidências de que esse
anjo de fato agitava as águas, de que talvez, digo talvez; isso nunca tenha
acontecido e não passou de superstição.
De que pessoas como esse homem passaram trinta e oito anos
a beira de um tanque, esperando por algo místico, por coisas que não iam
acontecer, esperando manifestações sobrenaturais.
A igreja descentralizada em Cristo, a igreja mercantilista,
a igreja como empresa familiar e não como corpo, a igreja como organização e
não organismo, encontra-se de igual modo hoje em dia.
Pessoas cegas, paralisadas, mancas, esperam manifestações
sobrenaturais, esperam trocar ofertas por curas, esperam “movimentos” em que o
mais espiritual recebe.
Porém anos estão se passando e o número de frustrados
crescendo, anos estão passando e as prometidas curas não acontecem, anos tem
passado e as pessoas morrem sem ver os “sinais” prometidos.
Pessoas pagam penitências, se humilham para tocar em
“apóstolos” atuais, se espremem para se aproximar de seus bezerros de ouro,
pensando que eles podem fazer alguma coisa.
Há cultos hoje de troca de anjo, há cultos hoje a anjos, há
lugares em que se é afirmado que “vemos um varão de branco”, querubins voando,
etc. O frenesi causado excede qualquer palavra.
As pessoas creem tanto nos misticismos que estão à beira de
falsas casas de misericórdia a anos. Estão esperando que coisas maravilhosas
aconteçam nesses lugares, não é à toa que os feridos em nome de Deus só
crescem, seus filhos crescem com raiva de tudo que diz respeito a Deus.
Há um pragmatismo que faz com que as lideranças que faz com
que se as igrejas se adequem cada vez mais as necessidades do povo, não basta
pregar, é necessário ter revelações ao final, não basta falar que Deus é bom, é
preciso falar línguas e profetizar em nome de Deus.
Se dá certo, faça!
Se atrai o povo, esse é o método.
Há muitas Betesdas ainda hoje, onde a propaganda é “Casa do
misericórdia”.
Mas a vida se torna cada um por si.
Há muita propaganda quanto a igreja ser um lugar de amor,
porém a demonstração prática das igrejas contemporâneas é do contrário,
individualismo, cada um por si, não há misericórdia, tampouco justiça, há
desigualdade, há exploração, há darwinismo cultural e religioso.
Se estás doente é porque está pecando, é porque em algum
momento você mereceu, se você orar o suficiente, se você clamar o suficiente,
você será alcançado.
Isso não é Cristão, isso não é casa de misericórdia, mas
sim uma negação prática do nome atual.
A identificação inicial é genérica: “Um homem”, esse homem
na verdade nos representa, religiosos ou não, somos fracos tratando-se de
autoajuda.
Nossas tentativas de se ajudar são terríveis, buscamos
refúgios de muitas formas e podemos cair no ativismo, ou ainda em outros casos
cair na inércia.
Trinta e oito anos parado num mesmo lugar, trinta e oito
anos a espera de coisas que não vão se concretizar.
Eu acredito piamente que devemos parar de falar de
milagres, se acontecerem, maravilha! Mas a grande maioria nunca os verá, a
grande maioria via sim perder os pais para doenças degenerativas, até porque a
vida é assim.
A grande maioria terá muitas orações não respondidas. Porém
achamos que a lógica é de que a oração é uma alavanca que “move” a mão de Deus.
Deus não é inerte, Deus não é indiferente as nossas dores,
Deus não é um sádico assistindo dos autos céus as barbáries da terra de modo
indiferente.
Não tenho dúvidas quanto ao fato de que Deus se entristece
ao ver a deturpação contemporânea, que Deus se entristece por pessoas estarem
apegadas a promessas falsas.
Esse homem por certo fora abandonado por família, amigos e
até as relações em volta do tanque eram falsas.
E Jesus, vendo este deitado, e
sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
João 5:6
João 5:6
O fato mais fantástico a cerca dessa passagem é que estão
esperando movimentos, estão esperando coisas fantásticas, brigam por isso,
querem os apóstolos e os cafetões da fé.
Mas Jesus está ali, Jesus fala conosco, Jesus está de
contínuo presente, Jesus está ainda hoje conosco cumprindo sua promessa de
acompanhamento contínuo até a consumação dos séculos.
Jesus tem total compaixão, pois, quem iria deixar de ir a
uma festa para chegar a um lugar cheio de cegos, coxos, paralíticos?
Nem mesmo a família desse homem faria isso, nem amigos. Mas
Cristo vai onde ninguém vai.
O natural seria desfrutar da festa, se atentar ao templo
que estava ao norte e era grandioso, o natural é buscar cada um que é seu.
Mas Cristo se compadece de inválidos, de drogados, de
pessoas com reputação duvidosa, de mulheres apanhadas no ato adulterando, Jesus
se compadece até dos algozes ao dizer “Pai perdoa-lhes porque eles não sabem o
que fazem”.
A graça de Cristo nessa passagem é fantástica, perceba em
alguns passos:
1° Ir propositalmente a um lugar de doentes.
2° Falar com um homem inválido a trinta e oito anos.
3° Se compadecer ao ver alguém sofrer por muitos anos.
4° Propor definições em lugar de provisões rápidas.
Houve um dia que um homem chamado Saduh Sundar Singh fora
confrontado por um professor em sua faculdade.
Esse professor lhe perguntou qual sua religião e Saduh
respondeu: “Cristo.”
Após muita insistência do professor Saduh lhe disse:
“Eu não tenho uma religião, eu tenho uma pessoa:
“A pessoa fantástica, a pessoa maravilhosa, a pessoa
excelente, a pessoa incomparável de Cristo”.
Ricardo Gondim disse: Se alguém um dia descobrir que Cristo
é uma farsa eu diria pior pra você, pois, se isso é uma farsa eu diria, bendita
farsa.
Ela me deu significado, ela me deu esperança quando faltou,
ela me deu um norte nos dias em que estava perdido.
Cristo é incomparável!
Agostinho disse: Eu já li muitas coisas boas em
Aristóteles, Sócrates e Platão.
Mas nenhum deles disse, venham a mim todos os que estais
cansados e eu vos aliviarei.
É essa compaixão maravilhosa que caracteriza o texto, é a
compaixão de um Cristo que faz como em Laodicéia.
“Estou a porta e bato” .
Um Cristo que se abaixa para conquistar, um Cristo que vai
onde ninguém quer ir, que faz o que ninguém quer fazer, que toca em leprosos
com amor, compaixão e ternura.
É esse que está diante do homem e lhe propõe definições:
“Queres ficar são”?
O enfermo respondeu-lhe:
Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque;
mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
João 5:7
João 5:7
Os traumas de alguém esquecido lhe levam a ser totalmente
pessimista.
Cristo está lá, a solução está lá, mas ele diz que não tem quem o ponha na água.
Cristo está lá, a solução está lá, mas ele diz que não tem quem o ponha na água.
Esse é o problema da religiosidade contemporânea.
Nós estamos considerando Cristo insuficiente, estamos
esperando algo mais, estamos esperando mais algo sobrenatural além da cruz.
E não há nada mais eficaz do que saber que se é amado, quem
alguém se importa, que alguém me amou.
Cristo tem respostas definitivas, Cristo não trata com
jeitinhos, ele tem o que precisamos.
Pedi calor, Deus me deu
verão
Pedi voz, Deus me deu canção
Pedi resposta, Deus me deu solução
Pedi que olhasse, Deus me deu a mão
Pedi amigos, Deus me deu irmãos
Porque ele tem mais do que eu consigo pedir
E sempre sabe o que é melhor para mim
Não dá o que eu quero, nem o que mereço
Mas o que preciso para ser feliz
Me ensina a te agradecer
Pedi pão, Deus me deu sabor
Pedi bens, Deus me deu valor
Pedi sorriso, Deus me deu humor
Pedi vida, Deus me deu vigor
Pedi carinho, Deus me deu amor
Pedi voz, Deus me deu canção
Pedi resposta, Deus me deu solução
Pedi que olhasse, Deus me deu a mão
Pedi amigos, Deus me deu irmãos
Porque ele tem mais do que eu consigo pedir
E sempre sabe o que é melhor para mim
Não dá o que eu quero, nem o que mereço
Mas o que preciso para ser feliz
Me ensina a te agradecer
Pedi pão, Deus me deu sabor
Pedi bens, Deus me deu valor
Pedi sorriso, Deus me deu humor
Pedi vida, Deus me deu vigor
Pedi carinho, Deus me deu amor