terça-feira, 17 de dezembro de 2024

A importância da comunhão - Sermão entregue à igreja 3.16

“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só” – Gênesis 2.18

Um só corpo, muitos membros – 1º Coríntios 12.12-27

 

Comunhão – Para além das teorias

 

Deus criou o mundo em seis dias, por essência, cada um dos seus atos foi gracioso, tudo foi feito com perfeição, excelência, o próprio Deus contemplava e dizia “Isso é bom”, outras coisas ainda eram definidas como “muito boas”.

Tudo quanto Deus faz tem esses adjetivos, há apenas uma vez que Deus diz que algo não é bom, Deus viu o homem só e entendeu que por essência não é bom que ele esteja só.

O homem tinha tudo a sua disposição, um lugar bonito, fértil, com toda variedade de espécies para contemplar, com toda a variedade de alimentos possíveis, com a liberdade de dar nomes, com a liberdade de não ter o mal sobre o mundo, de modo que não corria riscos aparentemente.

O problema do homem em essência não é o dinheiro, não é o alimento, não é o possuir as coisas, ainda que sejam essas as coisas que ele mais busque, o homem tinha tudo isso, mas ainda assim estava só.

Deus o viu assim e disse, não é bom!

O próprio Deus por essência é a comunhão perfeita, ele foi quem disse, “façamos”, a palavra está plural em virtude de Deus ser a junção de “Pai”, “filho” e Espírito”, Deus é a comunhão perfeita, por ser assim, ele próprio em essência não é só, ao nos fazer sua imagem e conforme sua semelhança, ele próprio sabe que não é bom o homem estar só.

A solidão é um problema da natureza humana dos mais profundos, mas ao mesmo tempo nós a negligenciamos em busca de coisas que são totalmente secundárias, nos tornamos sozinhos mesmo após Deus criar pessoas para estar conosco.

Desejoso de resolver a questão de o homem estar só, Deus criou a mulher, mas ambos caíram e o objetivo primário da serpente, foi fazer que o homem deixasse de se perceber como um ser coletivo, para perceber apenas a si mesmo como um ser individual.

O verbo do Éden só era conjugado na primeira pessoa do plural, tudo era sobre nós, “o que vamos comer?”, “aonde nós vamos?”, “o que faremos?”.

Ao pecar o homem deixa de ser um nós, se tornando um eu.

Ao se observar de forma individual, o homem e a mulher enxergaram a própria nudez, ao se perceber um ser individual, o homem passou a se proteger e fez roupas de folhas de figueira para si, ao pecar, os dois deixam de se enxergar uma só carne e após a queda, a separação é tão intensa, que Adão dá um nome a sua mulher.

“E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes” – Gênesis 3.20

 

“O Plano do adversário sempre foi nos tornar seres individualistas, o egoísmo se constitui assim não apenas algo inofensivo, mas um grande pecado”.

O problema do homem com o pecado é que além se afastar de Deus pelo pecado, o homem se desconectou do outro, tendo se desconectado do outro, o homem se viu só e buscando seus próprios interesses.

Deus é extremamente acessível, a qualquer hora, em qualquer lugar você fala com ele, mesmo após o pecado, mas o pecado nos roubou outra coisa que importa muito, é a relação com os irmãos.

 

O problema da solidão

A solidão é problemática, o homem não nasceu para estar sozinho, o homem não nasceu para ser apenas um “eu”, ao viver isolado inúmeros problemas acontecem:

 

•A solidão afeta a saúde mental;

•A solidão faz pessoas falarem sozinhas;

•A solidão é como um fantasma na vida;

•O problema do homem não é saúde, dinheiro, bens, alimentos, o problema do homem é ainda estar só.

Mas ao mesmo tempo que não é bom o homem estar só, homem busca apenas seus interesses, dificultando assim o convívio em virtude do seu egoísmo, o homem então entrou num eterno ciclo repetitivo de precisar de pessoas, mas buscar seus interesses e afastar as pessoas.

Toda convivência com alguém é um desafio, porque as pessoas se tornaram um coletivo de “eus”, que buscam seus interesses e se esses interesses não são atendidos, elas mudam de companhia, elas descartam outras pessoas, elas rompem relações.

Toda atividade coletiva é estressante, se não tomarmos cuidado evitamos a todo custo atividades em grupo e sem perceber cultivamos nosso próprio egoísmo.

O egoísmo tornou-se um problema muito mais intenso com o passar do tempo.

 

·         Exemplo de Crianças tocadas – Jesus Copy

·         A solidão é a maior causa de morte nos EUA – Expectativa de vida diminuindo.

·         A população está ficando velha, rica e solitária.

 

Apesar de todos os apelos para conseguirmos trabalhar em grupo, inegavelmente trabalhar só te leva ao destino mais rápido, te livra de alguns transtornos que as pessoas podem te causar, trabalhar sozinho te obriga a lidar apenas consigo mesmo e nossa visão acerca de si é romantizada.

Isso afeta até mesmo a igreja, não é nem um pouco raro, cristãos que estão desprezando totalmente as companhias para viverem sós, negando assim a fala do criador que é, “não é bom que você esteja sozinho”.

Estamos cultivando isso de tal forma que pensamentos são constantemente repetidos por nós:

·         “Acho que levei a sério demais esse negócio de ter paz, me afastei de todo mundo”.

·         “Me dizem, você precisa sair e conhecer gente nova, ao que digo, ah é muita burocracia e eu não quero”.

·         “Eu cheguei naquela fase que troco qualquer rolê para ficar em casa com meu pet”.

·         “Minha meta principal é ser aquele parente que se mudou e ninguém mais teve notícias, estou lutando para isso”.

·         “Eu amo bloquear pessoas, você não vai me estressar no meu celular que comprei com meu dinheiro”.

·         “Quem gosta de visita é adolescente, adulto gosta de se trancar em casa e fingir que viajou”.

·         “Hoje resolvo tudo na vida me afastando, não mais idade para cobrar o básico de ninguém”.

·         “Não gosto quando a pessoa marca para sair e no dia quer sair mesmo, cara, fica de boa”.

·        

Estamos fazendo tudo em torno de si, evitamos a dor, evitamos os desgastes que uma vida em comunhão pode trazer, evitamos a todo custo ser afetado pelo outro.

Cultivamos cada vez mais uma preguiça social e isso afetou a igreja de várias maneiras.

Constantemente conheço pessoas que saem imediatamente do culto sob a alegação “Vou logo embora para não perder minha bênção”

Só que essa pessoa ignora o fato de que está perdendo a bênção ao “ir” logo.

Sem perceber a grande maioria das igrejas que deveriam ser lugares de comunhão se tornaram um conjunto de individualidades, nós sentamos lado a lado, confessamos o mesmo Deus, mas somos um conjunto de indivíduos, buscando o próprio interesse e ai de quem interromper nossa solidão.

Contra toda essa lógica do Egoísmo, o evangelho de Cristo é o convite para a mesa.

 

Nem Jesus quis viver sozinho

“Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” – João 12.24

Esse versículo se refere ao próprio Jesus, a sua questão é que nem ele quis ser um filho “único” de Deus.

Ele sacrificou tudo, como grão de trigo morreu e gerou fruto! Ele tornou-se então o primogênito entre “muitos irmãos” – Romanos 8.29b

Deus as vezes permite coisas acontecerem conosco para que nos lembremos que a gente precisa de irmãos.

 

Exemplo de Jó, ele tinha tudo, mas precisava orar pelos amigos, não se isolar, por isso seu cativeiro vira quando se lembra deles.

 

Contra tudo e contra todos, Deus está nos chamando para o sacrifício do “Eu”, para viver novamente um “nós”.

 

Existem comportamentos que não combinam com o evangelho, o egoísmo talvez seja o principal deles, egoísmo e evangelho são mutuamente excludentes.

No evangelho o que eu quero, o que eu penso, o que eu desejo, é constantemente chamado ao sacrifício para que se viva o nós, isso é constantemente reforçado na mensagem de Jesus.

“E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará”. Marcos 8.34-35

 

Falando aos seus seguidores, ele disse:

 

“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.

E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo”

Lucas 14.26-27

“Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem”

1º Coríntios 10.24

“Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.”

Filipenses 2.4

“Ele morreu por todos, para que quem vive, não viva mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”

2º Cor. 5.14

É totalmente incompatível com o evangelho o modo de viver autocentrado.

 

O Cristão assim é chamado a ser crucificado com Cristo, para junto dele ressuscitar em novidade de vida, mas é inegociável o sacrifício do eu.

 

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. Gálatas 2.20

 

O problema em Corinto


Paulo sabia que a igreja quando não conhece a verdadeira comunhão torna-se mais um conjunto de individualidades.

 

A igreja de Corinto estava enfrentando isso com muita intensidade

·         Primeiro com as divisões - 1º Cor. 1.10-13

·         Partidarismos – 1º Cor. 3.1-4

·         O seu ajuntamento individualista se tornou algo para “pior” – 1º Cor. 11.17-18 (Quando somos egoístas nosso ajuntamento é esse).

Paulo visando unir a igreja novamente recebe o relato da família de Clóe e retorna com a carta que nós lemos e neste momento ele deseja tratar da unidade da igreja.


A falta de unidade da igreja gerou divisão, pecados graves, banalização dos sacramentos e a falta de testemunho.

Pretendo a partir do sermão de Paulo sobre unidade da igreja trazer algumas lições para nós:

1º - A igreja não é mais uma coletividade da qual fazemos parte, a igreja é um corpo – V.12

A palavra membro se desgastou em virtude de usarmos o termo “membro” para muitas coisas, somos membros de um time, de uma empresa, de um grupo.

O termo membro passou a conotar o indivíduo que faz parte de uma determinada coletividade, como toda atividade coletiva é desafiadora, diversos conceitos foram difundidos, para mediar as relações coletivas nós criamos registros:

·         Grande parte das vezes você é pouco mais do que um número (Rg, CPF, CNH, número da fila, matrícula da empresa, a chamada na escola visando evitar tempo perdido era feita por número, o preso tem uma matrícula, é o coletivismo levado ao extremo).

 

Se sou membro como apenas um número em uma fila, minha saída não afeta nada, não muda nada, é um número a menos na fila, é um CPF cancelado, é uma matrícula baixada na empresa.

Paulo não falou que somos membros neste sentido, o termo mais próximo seria algo como “órgãos”.

Se subtrair um órgão você não reduz apenas a quantidade de órgãos, você altera a estrutura do corpo, de modo que é possível ainda ser corpo sem uma mão, mas é um corpo alterado.

Você pode sair do seu individualismo sendo um RI de uma torcida, sendo uma matrícula em uma empresa, um número na fila, você perde seu nome para ser um número.

Na igreja as vezes perco meu nome, mas não para ser uma matrícula, um número na fila, eu perco meu nome para ser um “irmão”.

 

Você então ao ser batizado não é apenas um membro de um clube, um RI, uma carteirinha, você agora é parte de um corpo e sua presença é fundamental para a ele.

Nós somos um corpo e dessa forma dependemos um do outro para existir.

Somos um corpo e não uma instituição comum, apesar de alguns lugares possuírem RI, apesar de em virtude de decisões meramente administrativas excluírem pessoas do registro de “membros terreno”, jamais podemos ser excluídos do que é o corpo.

 

2º - Toda atividade coletiva é desgastante, Só Jesus pode nos fazer dar certo – V.13

 

·         Descrever dificuldades de trabalhar em grupo – V.13

 

Jesus é a confluência dos diferentes, ele une em si pessoas das mais distintas:

Tabela

Descrição gerada automaticamente

 

Como pode a igreja dar certo? Como pode um lugar que une pessoas tão distintas conseguir viver em harmonia?
A resposta é que a nós foi dado de um só Espírito, somos batizados num só corpo.

O que faz a igreja dar certo apesar de todas as suas dificuldades? A resposta é Cristo!
Ele nos une, de modo que somos irmãos apesar de termos mães diferentes, apesar de termos estamos diferentes, apesar de termos diferenças tão grandes, a nossa comunhão com ele é mais forte que todas as diferenças e dificuldades.

Nós as vezes nos aproximamos da vida em comunidade cheios de ideais e esquecemos que somos imperfeitos.

 

 

A irmandade Cristã não é um ideal, as pessoas as vezes trazem consigo ideias de um tipo de vida cristã aceitável, mas logo nos decepcionamos.

Deus é o Deus da verdade e ele trata de revelar que não somos perfeitos, apesar de sermos corpo, ainda pecamos, ainda erramos, logo minha comunhão não é fundamentada no ideal que tenho de igreja, sou chamado a amar o meu irmão apesar de todos os erros, de todos os defeitos, inclusive os meus, o que nos une é muito maior.

O corpo de Jesus foi partido na noite em que ele foi traído 1º Cor. 11.24

Toda visão idealizada afasta a verdadeira comunhão.

 

Quem ama mais sua ideia do que a comunhão, destrói a comunhão – Bonhoeffer

 

“Deus odeia esses sonhos ou essas visões idealizadas, porque levam ao orgulho e à presunção. Quem idealiza ou sonha com um modelo de comunhão acaba por exigir de Deus, dos outros e de si mesmo a concretização desse ideal. Esse indivíduo aparece em meio à comunhão dos cristãos como alguém que faz exigências. Promulga uma lei própria e de acordo com ela julga os irmãos e o próprio Deus. Mostra-se rígido e aparece em meio aos irmãos como uma acusação viva para todos. Age como se primeiro tivesse de estabelecer a comunhão cristã, como se a visão que idealizou devesse unir as pessoas. Tudo aquilo que não ocorre segundo sua vontade ele considera um fracasso. No momento em que sua visão idealizada é destruída, entende que a comunhão se desfaz. Assim, ele se torna inicialmente acusador de seus irmaõs, depois acusador de si mesmo. Deus já lançou o único fundamento de nossa comunhão. Há muito, antes de entramos na vida em comunhão com outros cristãos, Deus nos uniu com esses cristãos em um só corpo em Jesus”.

 

·         Quem ama vidros cuidando serem diamantes, diamantes ama e não vidros.

·         Somos chamados a amar a igreja como ela é.

 

“A irmandade cristã não é um ideal que nós temos de tornar realidade. Pelo contrário, é uma realidade criada por Deus em Cristo, da qual temos o privilégio de participar. Quanto mais clara for a nossa compreensão de que apenas Jesus Cristo é a base, a força e a promessa de nossa comunhão, tanto mais calmamente aprenderemos a refletir sobre a nossa comunhão, a orar e esperar por ela.

Por estar fundamentada unicamente em Jesus Cristo, a comunhão cristã é uma realidade pneumática e não psíquica. Nisso a comunhão cristã se distingue radicalmente de qualquer outra comunhão.

Comunhão espiritual é a comunhão daqueles que foram chamados por Cristo; comunhão psíquica ou natural é a comunhão de almas piedosas. Na comunhão espiritual reina agápe, o puro amor do serviço fraterno; na comunhão natural vigora eros, o obscuro amor do desejo que é ao mesmo tempo ímpio e piedoso”.

 

Irmãos não se escolhem, se tem.

 

3º - Nossa variedade é uma dádiva, mesmo entre irmãos mais fracos.

Devemos tomar o cuidado de não buscar ter comunhão apenas com pessoas aparentemente fortes, isso se parece mais com a lógica do Network.

A comunhão cristã é diferente das conexões profissionais que visam me levar a lugares, pessoas não são links, pessoas não são apenas trampolins, pessoas são variadas e necessárias.

O corpo é tão variável como é um nariz diferente do braço, um olho diferente do pé, mas essa diferença nos completa.

O mundo por natureza nos padroniza para proporcionar o convívio coletivo, por isso a constituição brasileira tem como artigo de direitos fundamentais a igualdade, igualmente na declaração universal dos direitos humanos.

Na igreja o conceito varia um pouco, nós temos uma igualdade apenas: O Amor de Cristo sobre nós, mas somos tão variados como é um corpo, com órgãos diferentes, com funções diferentes.

·         O corpo não é só um membro mas muitos – V.14

·         Todos os membros são por natureza importantes com suas diferenças – V.15-17

·         Não há corpo na igualdade absoluta – V.18-20

·         Todos por natureza são necessários – V.21-22

 

“Excluir da comunidade cristã aquele que é fraco e insignificante, aquele que parece ser inútil, pode muito bem significar a exclusão de Cristo, que bate à nossa porta por meio do irmão pobre”.

Bonhoeffer

 

Cuidado para não ser seletivo demais com as pessoas que você pensa serem desnecessárias, todos somos membros do corpo.

Não existe gente desnecessária no corpo.

·         Função do dedo mindinho do pé.

 

Nós crescemos na comunhão e nas nossas diferenças:

“Estamos todos constantemente ensinando e aprendendo, perdoando e sendo perdoados, representando Cristo para as pessoas, quando intercedemos por elas, e representando as pessoas para Cristo, quando outros intercedem por nós. O sacrifício da privacidade pessoal, que é diariamente exigido de nós, é recompensado diariamente, cem vezes mais, no verdadeiro crescimento da personalidade que a vida do corpo encoraja. Aqueles que são membros uns dos outros se tornam tão diferentes quanto a mão e o ouvido. Essa é a razão por que as pessoas do mundo são tão monotonamente parecidas entre si, quando comparadas com a quase fantástica variedade dos cristãos. Obediência é o caminho para a liberdade, humildade é o caminho para o prazer, unidade é o caminho para a personalidade”.

 

4º - A comunhão é um chamado para sorrir e chorar juntos – V.26

“De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular” 1º Cor. 12.26-27

“Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram” – Romanos 12.15

 

Por que é atrativo ir para um lugar que vou sentir a dor do outro?

Por que é atrativo ir para um lugar em que se outro padece eu padeço junto?

 

Porque se eu sofro junto, também sou curado junto, se sinto dor junto, sinto alívio junto.

 

Só se dá conta do valor de um irmão quando você não vê nenhum – Paulo no fim da vida, irmãos perseguidos, minha experiência na Europa.

 

Existem benefícios incomparáveis na comunhão, logo, não é bom que o homem esteja só, a vida no corpo é uma forma de Deus de nos tirar da solidão, veja alguns benefícios:

 

·         Deus abençoa as relações – Mateus 18.18

·         Conseguimos coisas fantásticas juntos – Eu e Deus resisto mil, com um irmão resisto a 10.000 – Deuteronônio 32.30

“Um cavalo sozinho arrasta até mil quilos, mas dois cavalos podem arrastar até 10.000 KG.”

 

Por isso é melhor serem dois do que um – Ec. 4.9

Você ganha mais coletivamente, o outro te levanta, você tem quem lhe “aqueça”, você resiste mais coletivamente.

 

·         A Vida no corpo “levanta” os caídos

“Mas, rodeando-o os discípulos, levantou-se, e entrou na cidade, e no dia seguinte saiu com Barnabé para Derbe” -  Atos 14.20

 

·         Na comunhão somos perdoados – 1º João 1.6

·         Na comunhão somos afiados – Pv 27.17

·         A comunhão transforma amigos em irmãos – PV. 17.17

 

Jesus veio para nos curar de tudo o que segrega:

“Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho” – Mateus 11.5

 

Jesus veio para curar tudo que nos afasta dos irmãos. Hoje o que nos faltam são amigos, temos dinheiro, casas, empregos, mas faltam amigos, Jesus quer curar isso com a igreja.

O partir do pão de Jesus é o contrário do comer de Eva. Ali ela se tornou um “eu”, dando o resto para o marido, Jesus parte e depois come.

O que mais impressiona em Jesus não é o ensino, não é o andar, é o partir do pão, é o pensar no outro.

 


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