terça-feira, 13 de junho de 2023

É necessário nascer de novo - A doutrina do novo nascimento - Sermão entregue à Ad Brás Santo Eduardo - Culto de ceia

 

E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
João 3:1-7

 

“Os homens podem ignorar muitas coisas a respeito da religião e ainda ser salvos. Mas os que ignoram os assuntos deste capítulo estão no caminho para o inferno.”

Orlando Boyer

 

 

O capítulo áureo da salvação, que contém o assim chamado texto áureo da bíblia, é o capítulo 3 de João.

O assunto que ele tratava, caiu em desuso, pela sua impopularidade, por tratar de questões que não são as mais simpáticas para nós.

Desde a antiguidade o que mais atraiu seguidores de Jesus foram suas palavras mais brandas e os sinais que fazia, mas mesmo após realizar os sinais e apontar o que eles representavam, os homens se espantavam ao ponto de não querer continuar com ele.

Em nosso tempo são populares as mensagens sobre os milagres de Jesus, bem como boa parte de suas declarações afirmativas, mas temos dificuldade de lidar com seus sermões mais confrontadores.

Ouvir que é dado a Jesus todo poder nos céus e na terra é agradável, mas ouvir que precisamos aborrecer a si mesmo por ele, não é algo que nos atrai naturalmente.

As mensagens mais saudáveis não são as que nos encorajam, mas as que nos confrontam, receber apoio no erro é de uma maldade sem tamanho, a diferença do cristianismo as vezes se dá com a força que ele tem de confrontar alguns comportamentos e pensamentos que são profundamente arraigados em nós.

 

 

 

 

 

 

Jesus não quer fãs, ele quer discípulos regenerados

Jesus sabia disso, Jesus poderia ser pragmático e continuar atraindo após si fãs, bastaria continuar fazendo milagres, bastaria continuar fazendo afirmações suaves, a multidão já havia descoberto a transformação da água em vinho, em Jerusalém, já havia visto alguns milagres, mas Jesus não veio para atrair uma multidão de fãs tal qual os artistas o fazem, Jesus veio para atrair após si discípulos verdadeiros e estava na hora de começar a aplicar este “filtro”.

É neste momento que Jesus introduz uma das doutrinas mais importantes da bíblia, a doutrina do novo nascimento, nós precisamos resgatar essa doutrina urgentemente.

 

Os males da falta da mensagem do novo nascimento

Nós estamos vivendo tempos de cristianismo nominal, sem conversão, sem mudança, sem transformação.

A falta dessa mensagem está gerando em nós uma geração sem prática, sem confronto, o bode vem para igreja e continua sendo bode, o joio vem e continua sendo joio, o porco vem, se lava, mas continua amando a lama.

Sem a doutrina do novo nascimento, a igreja cai moralmente, sem doutrina do novo nascimento, as pessoas não são convertidas de verdade.

Sem a doutrina do novo nascimento a igreja torna-se um sal insípido.

Uma lâmpada apagada.

Esse talvez seja nosso maior problema hoje, um cristianismo nominal, sem conversão.

 

Isso se reflete em alguns números:

·       Há hoje 42 milhões de crentes no Brasil representam 22% da população segundo o senso de 2010.

·       Desses 60% são pentecostais.

·       De 2000 a 2010 o número cresceu em 61%.

·       12.314.410 membros na assembleia de Deus.

·       Hoje a bancada evangélica é a maior na câmara.

·       São abertas 4.380 igrejas por ano.

·       Doze igrejas com CNPJ por dia.

·       Há pelo menos 26 rádios evangélicas, desconsiderando nessa conta os programas que têm espeço em rádios “não evangélicas” e as rádios online.

·       Há pelo menos 5 canais evangélicos na TV aberta.

 

A pergunta fundamental é, se o evangelho está crescendo, proporcionalmente alguns índices deveriam cair, criminalidade, prostituição, etc.

Mas nós estamos num tempo de muita propagação da palavra, mas de pouca palavra de Deus.

Estamos vendo batismos enormes, cada vez mais RI sendo ocupados nas igrejas, mas pouca conversão verdadeira.

 

 

 

O cristianismo de multidão ainda existe nos nossos dias;

A introdução da história de Nicodemos inicia-se em João 2:

E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome.
Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia;
E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem.
João 2:23-25

 

Jesus não está impressionado com o número de seguidores, pois, uma fé verdadeira não se desenvolve apenas com assentimentos intelectuais, ou com certezas fundamentadas em evidências, uma fé verdadeira nasce de experiências profundas.

As pessoas veem os sinais e creem, mas se outro segmento religioso, ou outro profeta fizesse sinais mais profundos, as pessoas facilmente trocariam Jesus por ele. Neste sentido, Jesus não precisa de alertas, não precisa que ninguém o notifique, ele conhece o coração do homem, sabe que este coração é enganoso, sabe que se não houver uma mudança profunda na natureza humana, o homem não se salva sozinho.

É pensando nisso que João escolhe um exemplo entre as multidões, para retratar o processo necessário em todo aquele que quer efetivamente ser discípulo de Jesus.

O exemplo escolhido por ele é um seguidor chamado Nicodemos, vamos considerar algumas características muito especiais deste homem:

 

Um exemplo entre a multidão - Nicodemos

 

Há quatro características em especial sobre Nicodemos que são dignas de nota:

1º - Nicodemos era um fariseu:

Os fariseus eram a “elite” religiosa dos tempos de Jesus, eram extremamente zelosos quanto a lei, acredita-se que a origem dos fariseus se deu durante o período de exílio babilônico, em quem alguns buscaram manter a lei, copiar e reforçar os ensinos ao povo. Com o posterior retorno do povo a Jerusalém e a valorização da religião naqueles tempos eles acabaram pouco a pouco se tornando soberbas, julgavam ser os principais da religião de sua época, instituindo ainda outros 613 mandamentos para de alguma forma preencher as lacunas da lei.

Nicodemos era um deles, nunca haviam mais de 6.000 fariseus em Israel. Eles eram dedicados exclusivamente ao cumprimento de toda a lei, estavam sempre dispostos a fazer o que for preciso a fim de agradar a Deus por suas obras.

Os fariseus acreditavam que a lei era a coisa mais importante que poderiam possuir, de modo que todos esforços deveriam ser empregados em preservar e cumprir toda ela. Os fariseus juravam total fidelidade diante de três testemunhas segundo Willian Barclay. Segundo eles a lei possuía tudo que precisavam para serem felizes. Mesmo que não de forma explícita, estaria implícito, na intenção de descobrir o que estava implícito é que os escribas criaram esses mandamentos a mais. O significado de fariseu é “separado”.

 

 

 

2º - Nicodemos era um dos chefes dos fariseus

Nicodemos não só era um fariseu, mas era um dos chefes dos fariseus. Um membro do sinédrio. O sinédrio tinha um número fixo de 70 pessoas, eles constituíam uma espécie de júri sobre Israel, a suprema corte. Seu poder até que o império romano dominasse era sob questões civis, penais e religiosas. Sob domínio de Roma seu poder se restringiu a questões religiosas. Todos os judeus se submetiam a eles.

Quando um profeta surgia, eles julgavam suas palavras, atitudes e possíveis milagres.

Com a promessa iminente de que o Messias estaria com eles, o sinédrio avaliava as profecias e comparavam com o proceder de Jesus. Quando Jesus fez milagres que em outros tempos não se realizaram, eles logo fizeram questão de estar mais próximos e acompanhar cada passo dele.  Jesus curou um leproso, expulsou um demônio mudo e cego e posteriormente curou um cego de nascença. Na casa de Jesus conforme Marcos 2.1 o Sinédrio foi presenciar sua fala e possíveis milagres, a fim de atestar sua autenticidade.
O sinédrio foi um dos principais culpados pela morte de Jesus, quando lhe apresentam ao sumo sacerdote do ano “Caifás”, ele é julgado e condenado sem provas, apenas com falsos testemunhos. Quando alguns dos chefes dos fariseus ordenam a prisão de Jesus, os homens que receberam essa ordem não conseguiram fazê-la e acabam defendendo que Jesus era de fato diferenciado. Os chefes dos fariseus ficaram irritados, até que há uma intervenção de Nicodemos para que ao menos ouçam o que ele tem a dizer. Em resumo, tudo o que diz respeito a religião e questões espirituais era julgado pelo sinédrio judaico, entre eles estava Nicodemos.

 

3º - O seu nome
Nicodemos significa “vitorioso sobre o povo”

Nicodemos era um representante do melhor que o povo tinha a oferecer, ele representava a nação, seus anseios, suas perguntas e tudo que os religiosos sempre foram e buscam ser.

 

4º - Nicodemos era Rico

Nicodemos certamente era um homem de posses, pois, após a morte de Jesus ele providenciou junto a José de Arimatéia um Túmulo para Jesus bem como um composto de diversas especiarias para preparar o corpo de Jesus.

E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés.
João 19:39

Tratava-se de algo restrito a pessoas de posses, pois, essas especiarias custavam caro.

Nicodemos por certo era parte da aristocracia judaica nos tempos de Jesus, um homem de posses, um homem bem-visto na sociedade, um homem honrado por onde passava, membro do sinédrio. Ele estava no topo.

Nicodemos segue Jesus, convicto de que ele realiza sinais miraculosos, convicto de que ele é um grande profeta, até o ponto em que essa convicção aliada a uma vontade muito grande de estar perto deste novo mestre lhe faz se aproximar de Jesus.

 

 

 

 

O encontro de Nicodemos e Jesus – V.2

Porque ele vai de noite? As razões possíveis são várias, orgulho, medo, curiosidade, um tempo mais reservado.

Todas essas hipóteses são possíveis em se tratando de alguém como Nicodemos, ir de dia seria correr o risco de ser visto, como um civil comum, como alguém que também tem dúvidas.

Ir de dia poderia acabar com seu prestígio, também seria muito propício a encarar uma grande multidão.

Pensando em todas essas coisas Nicodemos segue Jesus e se apresenta a ele.

No momento oportuno da apresentação, ele fala não em seu nome, mas em nome de outras pessoas, ao se referir com o termo “sabemos”, ele tira sua responsabilidade pessoal.

O seu desejo era manifestar como Jesus demonstrava uma verdade, um fervor, que ele não via nos cultos na sinagoga, uma verdade que para ele era confrontadora, ele poderia se manifestar pessoalmente, mas ele é o Nicodemos, seu orgulho está diante de si e não permite que ele se rebaixe, o máximo que ele faz é falar em nome de outros, esperando assim que haja uma troca mútua de elogios.

Nas palavras de Orlando Boyer a sinceridade militava contra a timidez e a timidez contra sinceridade, Nicodemos quer falar a verdade a respeito do que sente, mas a sua timidez o impede.

 

Jesus responde o que Nicodemos não teve coragem de perguntar

Jesus quando vê Nicodemos, não vê a sua performance, nem sua roupa, nem atenta para seu nome e seu prestígio, Jesus vê 2 coisas principais em Nicodemos:

1º - A fome de sua alma por algo que ele não via na sinagoga

2º - A falta de discernimento dele em querer um mestre a mais e não um salvador.

 

Ao olhar para Nicodemos, o olhar de Jesus não é de admiração, ou de alguém que está encantado com seu conhecimento, seu nome, seu prestígio, o que Jesus sente a respeito dele é misericórdia.

Nicodemos quer viver algo mais profundo, ele acha que mais informações resolverá o problema, ele acha que mais conhecimentos com um mestre novo satisfará sua alma, mas não são os assentimentos intelectuais que salvam, mas sim a experiência profunda com Jesus, por isso é necessário nascer de novo.

Em nossos dias não é muito diferente, as pessoas acreditam que a salvação se dá pela informação e por adotar costumes, essa era a convicção dos fariseus no tempo de Jesus.

Basta conhecer o suficiente, basta seguir as regras, mas a experiência de salvação é muito mais profundas do que decorar algumas informações, é muito mais profunda do que apenas mudar de roupa, de vocabulário.

Não se enxerga o reino de Deus por saber mais sobre Deus, não se enxerga o reino de Deus mudando vocabulários, adotando costumes, nem mesmo se batizando, levantando as mãos e aceitando Jesus, sendo crente.

Você pode ser bom, você pode ser honesto, você pode ser legal, você pode ser uma pessoa solidária, mas nada disso, ainda que somado te salva.

Nicodemos diz algo, sabendo quem é, bem como os privilégios que tinha, mas no fundo a alma dele quer saber outra coisa:

Sou aprovado diante de Deus? Sou um filho de Deus? Deus de fato me ama?

Jesus responde o que Nicodemos não perguntou, mas o que ele queria dizer.

Para conhecer a Deus, é necessário nascer de novo, para saber quem é Jesus de verdade, é necessário nascer de novo, não se compreendem mistérios espirituais com leituras apenas.



Nicodemos faz uso de uma redução absurda, para extrair mais de Jesus – V.4

 

Nicodemos não nega que esse era o anseio de sua alma, mas ele não quer admitir ainda, portanto ele usa um instrumento que é reduzir a afirmação ao absurdo.

Ele usa um argumento absurdo, tentando de certa forma se esquivar, ou ouvir com mais clareza a fala de Jesus.

 

Jesus apresenta mais detalhes sobre o novo nascimento – V.5

A pergunta agora é, do que se trata nascer de novo efetivamente?

 

É necessário nascer da água, nascer do espírito para entrar no reino de Deus.

Penso que conhecer essa doutrina pode aprofundar nosso relacionamento com Deus, nos levar a uma conversão verdadeira, pode fazer com que muitos dos anseios mais profundos da alma sejam finalmente saciados.

Isso não se encontra sendo um bom religioso, pois, Nicodemos era, não se encontra sendo uma pessoa, pois Nicodemos era.

Com certeza não somos moralmente melhores do que ele, mas salvação não é moralidade, salvação tem a ver com nascer de novo.

Vamos considerar alguns pontos importantes a respeito deste texto

 

1º - O homem é um ser morto em delitos e pecados:

 

Efésios 2.1-10 – Mortos não veem, mortos não andam, mortos não falam.

Andávamos segundo os deuses deste mundo que nada podem fazer e nos assemelhávamos a eles.

Se não fosse Jesus ter nos escolhido, nós nunca o escolheríamos

Sem uma intervenção sobrenatural de Deus, jamais se vive a regeneração, ou a chamada doutrina do novo nascimento.

“É mais fácil ensinar um leão a ser vegetariano do que converter uma alma pelo esforço humano.

Charles Haddon Spurgeon”

2º - Aquele que foi vivificado por Jesus, pode enxergar o reino de Deus.

Enxergar o reino de Deus é o primeiro passo, você só enxerga sendo vivificado por Jesus.

Essa é uma obra graciosa de Jesus, ele nos faz nascer de novo.

 

Onde a fé vê a glória, a descrença só enxerga desgraça – John Stott

 

Aqueles que não foram alcançados por Jesus não o enxergam como ele é para nós. O veem como um grande mestre moral, como um grande ensinador, como um revolucionário, um injustiçado.

 

“Já li, Sócrates, Platão e Aristóteles, mas em nenhum deles li: "vinde a mim, todos os cansados e oprimidos que eu vos aliviarei" Agostinho

 

Só se vê Jesus como salvador, se ele te conceder isso, não se trata de uma escolha, não se trata de um assentimento intelectual, é tudo muito mais profundo do que isso.

Só se enxerga a beleza e a grandeza de Jesus e de seu evangelho, se ele nos vivificar, abrir nossos olhos, nos tirar dos mortos para enxergar a vida.

 

Meu desejo é que hoje por uma obra do Espírito Santo que convence o homem do pecado, pessoas tenham seus olhos abertos para enxergar a realidade do pecado, da salvação, de Jesus.

 

3º - O convite não é só para ver o reino, mas para entrar nele.

Penso que os muitos que anualmente se entregam, batizam, caminham com a igreja, já viram o reino, já sabem ainda que minimamente sobre Jesus, sobre sua obra, sua beleza, mas precisam avançar em outro passo decisivo, eles precisam entrar no reino.

 

·       Ver sem entrar, é estar parado diante da porta.

·       Ver sem entrar, é saber quem é Jesus mas não viver para ele.

·       Ver sem entrar, é não dar passos para ser um discípulo.

·       Ver sem entrar, é viver um cristianismo mínimo.

 

4º O novo nascimento que nos faz ver e entrar no reino

 

·       Nascer de novo é receber um novo coração

E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ezequiel 36:26

 

·       Nascer de novo é ser um vivo no mundo de mortos

mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça - Romanos 6:13b

 

·       Nascer de novo é tornar-se uma nova criatura

2º Cor. 5.17

 

·       É passar da morte para a vida

Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte. - 1 João 3:14

·       É passar das trevas para a Luz – 1º Pedro 2.9

 

 

5º - Nascimento da água – Lavagem exterior

Nascer da água, para os judeus apontava para o banho ritual, chamado de Miqvah, todo judeu tinha uma espécie de batismo que o levava a ser parte de sua religião.

Era um ato exterior, de modo que quando se refere a ao nascer da água, Jesus diz sobre um ato externo religioso.

Porém a conversão é muito mais profunda do que isso.

 

Vamos considerar algo, dizer a um ladrão que ele precisa nascer de novo é natural.

Dizer a um adúltero, é normal.

Dizer a um ser corrupto, é normal.

 

Mas para Nicodemos, era algo totalmente sem sentido humanamente falando, neste sentido, o evangelho de Jesus é repulsivo para muitos.

Alguns estão se garantindo, no fato de ter uma boa fama, um bom nome, pagar contas em dia, dar o dízimo.

·       Mas isso é insuficiente para a salvação.

·       Alguns se garantem na filantropia, mas isso não traz salvação.

·       Estamos transformando pedras em pães e achando que isso é evangelho.

·       A conversão verdadeira é muito mais profunda do que isso, ela vem de dentro pra fora.

·       Nascer da água, é lavar-se exteriormente.

·       Eu falava palavrões, não falo mais.

·       Eu fumava, não fumo mais.

·       Eu me prostituía, não prostituo mais.

·       Mas o nascer do espírito vai na raiz dos problemas.

 

Muitos estão renascendo apenas da água, exteriormente, mas isso é ainda insuficiente para a salvação, veja que Jesus não nega a necessidade de nascer da água, mas isso por si só é insuficiente.

 

 

 

 

6º - Nascer do Espírito – Nascer de Deus

Nascer do Espírito, é um nível de conversão mais profundo do que apenas o exterior, há pessoas que são profundamente religiosas, mas não convertidas.

O novo nascimento, vai além da lavagem externa, porque ele trata da raiz do problema:

 

Não é apenas não mentir, mas amar a verdade.

Não é apenas não roubar, mas rejeitar a cobiça.

Não é apenas não adulterar, mas odiar a impureza.

 

A conversão verdadeira não está atrelada a atitudes específicas, mas aos motivos por trás dessas atitudes, A conversão não é deixar de fazer o que gosto para fazer o que é certo, mas é amar a justiça e odiar o pecado.

É passar a amar o que Deus ama, a desejar o que ele deseja.

 

A verdadeira conversão me leva a atitudes opostas às que antes eu fazia – Ex. Régis.

 

 

7º Como saber se nasci de novo?

 

- Praticar a justiça - Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele - 1 João 2:29

 

- Odiar o pecado - Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. - 1 João 3:9

(Se você sente saudades do que fazia, ainda não nasceu de novo);

 

3º - Amar os irmãos - Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 1 João 4:7

(Se você ainda odeia, não nasceu de novo)

 

4º - O novo nascimento me faz ser diferente – Efésios – 4.17

 

5º - O novo nascimento me faz deixar o estado de morto, para caminhar para a vida e viver o novo.

A sequência do texto fala de alguns atos:

 

O novo nascimento me livra da mentira

O novo nascimento me faz perdoar

O novo nascimento me impede dar lugar ao diabo

O novo nascimento muda meu vocabulário

 

 

“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.

Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós,

Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

Efésios 4:30-32”

 

O resumo da doutrina do novo nascimento encontra-se em Colossenses 3.1.15 – Ler na bíblia A mensagem.

 

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

1 Coríntios 13:9,10

 

Nós estamos caminhando em parte, temos amarrados a nós o corpo da morte.

Mas estamos dando passos e despojando-nos do velho, deixando as coisas velhas para trás.

 

 

Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura.
Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.

Mateus 9:16,17

 

É bonito cantar sobre viver algo novo, sobre receber o novo, mas para isso precisamos nos desfazer do velho.

Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.

Jeremias 18:6

Jesus, o Deus de respostas (A ressurreição do filho da viúva) - Sermão Entregue a Ad Brás Santo Eduardo - Culto de ceia

 

“E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores”.

Lucas 7:13

 

O Luto

O luto é uma dor das mais terríveis, perder pessoas queridas é um desgosto que ninguém merece passar. A medida em que nos tornamos mais velhos, vamos conhecendo mais pessoas e infelizmente vemos mais de nossos amigos e irmãos sendo sepultados. A morte é fria, a morte é implacável, a morte é uma separação definitiva, apesar de ser um processo natural, ela é devastadora, ainda que esperada, a morte causa a sensação de que a pessoa querida não está em lugar algum do mundo. Nessa existência você nunca mais vai ouvir a voz da pessoa que ama, não poderá vê-la, ainda dói a sensação da separação do corpo e a decomposição que se segue.

De todos os lutos possíveis, alguns são mais intensos, mais delicados de lidar, a perda dos pais por exemplo, alguns amigos que já vivenciaram a experiência descrevem uma sensação de separação indescritível.

Ainda que seja um processo natural, perder os pais é uma dor indescritível.

Mas há duas dores incomparáveis, ao meu ver, são: A perda do Cônjuge amado e de um filho.

 

C.S Lewis casou-se e pouco depois perdeu a esposa, ao descrever seu luto, ele usa os seguintes termos:

"Talvez aqueles
que se viram privados de alguém devessem ser isolados em
lugares especiais, como acontece com os leprosos."

"Para alguns, sou pior do que um embaraço. Sou uma caveira.
Toda vez que deparo com um casal feliz, sou capaz de
notá-los pensando: “Um de nós algum dia vai ser como ele
é agora”.

 

Considere também a dor da perda de um filho, a perda de um filho é a negação da história, é a negação do processo natural da vida.

É descrito por muitas pessoas como o pior momento da vida, os filhos são a esperança do amanhã, os filhos são uma promessa de descanso e segurança, os filhos são as heranças.

 

A viúva de Naim

A mulher do texto que lemos, em algum momento teve seu marido e seu filho, naturalmente projetando sobre eles alguns sentimentos: Proteção, provisão, alegrias, descanso.

Porém ela viveu as duas dores mais intensas que alguém pode viver, ela primeiro perdeu seu marido, o que a caracterizava como alguém necessitada.

Sempre que a bíblia se refere a viúvas, refere-se a pessoas necessitadas, pessoas que precisam de toda a assistência.

·      A instituição dos diáconos se deu por conta das viúvas.

·      A oferta mais significativa do ministério de Jesus foi dada por uma viúva “pobre”.

·      Elias foi levado a casa de uma viúva que iria preparar sua última refeição e esperar a morte.

·      A viúva que Eliseu ajudou perderia seus filhos, por conta de dívidas.

·      Viúvas são naturalmente necessitadas.

 

A partir do momento em que essa mulher perde o marido, todas as expectativas dela, da lei e sociais são projetadas sobre seu filho, que tem sobre si a responsabilidade de ser o futuro provedor da família e assumir a responsabilidade de levar adiante o nome de seu pai.

Quando ela perde o filho, ela perde tudo o que tem. Perde suas expectativas de futuro.

 

 

O Luto Judaico

Lawrence Richards descreve alguns detalhes de um velório judaico:

 

Preparação do corpo - As unhas e os cabelos do morto eram cortados, o corpo era lavado, ungido e enrolado com o melhor tecido que a viúva podia oferecer, por ser viúva possivelmente ele foi envolto no linho mais barato.

Jejuns e prantos - Neste momento, ao envolver o filho em tecidos, a mãe iniciava seu período de choro, não comeria carne e nem beberia vinho. Qualquer refeição que ela fizesse, deveria ser realizada fora do cômodo onde o morto estava, ou quando muito, de costas para ele.

Carpideiras e flautistas - Ainda se diz em seu comentário que o judeu pobre deveria providenciar pelo menos dois flautistas e uma carpideira para chorar. Essa era uma das suas últimas provas de afeição.

As carpideiras entoavam a canção “Oh herói, oh leão”. Esse cântico visava homenagear o falecido, era entoado em tom baixo, como uma canção fúnebre de lamento.

 

A mobilização coletiva - Tratando-se de uma vila que tinha pouco mais de 180 pessoas, num local como esse, uma morte mobilizava toda a vila.

 

Os cemitérios neste tempo eram fora das cidades, por questões de assepsia, logo, o último ato, era tendo envolto o corpo em tecidos, coloca-lo em um esquife, que era uma espécie de maca, aberta, que servia para condução dos corpos até o local do sepultamento.

Toda a vila estava mobilizada, já haviam conduzido o corpo do marido daquela mulher, agora teriam novamente que se movimentar para levar para fora da cidade o corpo.

 

 

“Normalmente, as pessoas deixavam suas atividades e se uniam ao fim da fila da procissão fúnebre quando ela passava. A morte do filho da viúva enquanto ela ainda estava via era terrivelmente trágica. Nesse caso a viúva passaria a depender da caridade do povo para o seu sustento”.

 

A mulher estava sepultando seu descanso, seu futuro, sua provisão, sua companhia, seu sonho de ser avó, seu sonho de ter um final de vida tranquilo, tudo aquilo estava agora estava em cima do esquife para ser enterrado. Ela vai à frente levando o corpo de seu filho com todas essas dores dentro de si.

 

A peregrinação de Jesus

Um dia antes Jesus tinha curado o servo de um centurião, o rapaz estava à beira da morte. Mas não estava morto.

Jesus dorme em sua casa que era nessa cidade e segue viagem logo cedo, o corpo de um judeu era sepultado no mesmo dia para evitar as impurezas da decomposição, Cafarnaum estava a 45 Km de Naim, ou seja, Jesus levou aproximadamente 10 horas para chegar até lá. Ainda soma-se a isso o fato de Cafarnaum ser uma cidade baixa quando comparada a Naim, a caminhada foi de longas horas numa subida.

Kent Brow diz que ele tinha pouco mais de 20 anos e não tinha outros parentes, logo, as posses daquela mulher seriam

É o fim da tarde quando Jesus e apresenta na porta da cidade junto aos seus discípulos e multidão que o seguia.

Essa era a primeira vez que Jesus ia lidar com a morte no sentido de detê-la. A morte era um adversário implacável, levou todos que foram antes de Jesus, à exceção de Enoque e Elias, Jesus chega pelo local onde o corpo iria sair, na hora exata, nem antes e nem depois.

 

 

 

As atitudes de Jesus diante da morte

E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.

Lucas 7:13

 

1 – Jesus viu aquela mulher com um olhar de graça – V.13

As pessoas viam um corpo, uma mulher chorando, uma pessoa acabada. A visão das pessoas é extremamente limitada desde o início da história, o problema do homem é a cegueira crônica, a cerca de Deus, a cerca do próximo e a cerca da sua própria condição.

O grande problema do ser humano é enxergar

Jesus olhou muito mais do que isso, Jesus lançou sobre ela um olhar de compaixão, Jesus moveu-se de compaixão por ela, Jesus é diferente de nós, Jesus enxerga.

A procissão de Jesus vem com sorrisos no rosto, vem com júbilos pelos milagres vividos no caminho, mas ao avistar a situação, Jesus retira o sorriso do rosto e desce ao nível de tristeza da mulher, ao sentir suas próprias dores.

Jesus se compadeceu, ou seja, padeceu com a mulher na mesma intensidade.

 

Sempre somos tentados a chegar resolvendo, mas Jesus é diferente, Jesus primeiro chora, primeiro se compadece, para depois curar; Jesus não cura só pelo poder, mas pelo choro e compadecimento. Jesus não é um curandeiro indiferente.

·      Diante de Lázaro, tendo todo poder ele chorou!

·      Diante do leproso, ele tocou!

·      Diante de Elias ele perguntou: O que fazes aqui?

·      Diante dos discípulos com medo, ele disse: Tende bom ânimo, sou eu, não temas!

Porque para Jesus ressuscitar é simples, para Jesus acalmar o mar é simples, antes de acalmar o mar, antes de ressuscitar os mortos, ele desce ao fundo do poço onde estamos, nos cura lá e nos traz de volta.

 

Jesus está lançando um olhar sobre nossas dores, não como um sumo sacerdote que não se compadece, mas como Hebreus o descreve:

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.

Hebreus 4:15

 

Jesus sabe o que é sentir dor, Jesus sabe o que é chorar, Jesus sabe o efeito devastador da morte, Jesus sabe o quanto dói passar por algumas coisas.

Sua dor dói em Deus!

 

“Os olhos do Senhor percebem nossa tristeza, seu coração se compadece de nossas enfermidades. Seus pés são velozes para nos socorrer. Sua boca pronuncia palavras de verdadeira consolação e de fiéis promessas. Suas mãos nos transmitem vida abundante”.

O.S. Boyer

 

O milagre na vida dessa mulher não se deu por um clamor, não se deu por orações, não se deu por insistência, a única razão foi a misericórdia de Deus, o olhar gracioso de Jesus.

 

Hoje Jesus lança um olhar de graça sobre alguns de nós e demonstra sua compaixão.

Nem todo milagre de Jesus se deu por respostas, as vezes a sua misericórdia é totalmente ativa: Bodas de Caná, Betesda, Pródigo.

 

 

2 – Só Jesus pode dizer não chores sem ser insensível - 13

Todo psicólogo reconhece a grande relevância do espaço para vivenciar o luto, o natural aqui seria Jesus abraçar a mulher, oferecer um lenço, um abraço, um copo de água, talvez algumas palavras de consolo e permitir que ela exteriorizasse toda a sua dor.

Há um grande valor em ouvir, em oferecer um ombro para chorar, em permitir o lamento.

 

Jesus aparentemente nada entende de psicologia, pois, seu compadecimento não o leva a este tipo de consolo, o compadecimento que temos é de carregar conosco uma farmácia, lenços, coisas dessa natureza.

O compadecimento de Jesus é dizer: Não chores!


Nos lábios de qualquer pessoa, dizer não chores é de uma insensibilidade sem tamanho, nos lábios de qualquer homem mortal é praticamente a negação das ciências humanas.

 

·      Se eu disser não chores, sou insensível, se Jesus disser é porque ele sim pode deter o choro.

·      Se eu disser basta, não estou fazendo nada além de tentar abreviar a dor, Jesus estanca a dor.

·      Se eu lidar com o enlutado, o máximo que consigo é oferecer consolos, mas Jesus traz respostas e essa é a diferença fundamental de Jesus.

 

Jesus não dá só consolos que a religião dá, Jesus dá respostas.

·     
Jairo pede oração pela filha, no caminho dizem que ela morreu, Jesus diz duas coisas: Eu vou lá e ela está dormindo! Só ele pode dizer isso!

·     
Lázaro morto a 4 dias, tem suas irmãs dizendo: Se o Senhor estivesse aqui ele não teria morrido, mas Jesus diz: Eu sou a ressurreição e a vida!

 

O homem com todos seus esforços faz terapias, remédios, distrações, são métodos de consolo humano, mas o método de Jesus é de respostas definitivas!

Não chore!

 

O homem não pode abrir os selos da história, mas o ancião diz:

“E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.

Apocalipse 5:5-14

 

Foi Deus que prometeu a respeito da vinda do Messias:

Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse.
Isaías 25:8

 

No ambiente em que Jesus está, não oferecemos apenas as terapias humanas e os métodos humanos de consolo, neste ambiente temos respostas!

·      Aqui não tratamos demônios com conversas, aqui se expulsa em nome de Jesus.

·      Aqui não se trata o pecado com leituras alternativas, aqui cremos num Jesus que toca os leprosos e eles ficam limpos.

·      Aqui não tratamos desvios morais com conselhos, aqui cremos num Jesus que transforma o caráter e o homem numa nova criatura.

 

·      Jesus é o Deus de respostas, só ele pode dizer: Não chores!

 

3 – Jesus é poderoso para interromper o ciclo de morte – Do que perdemos e de como nos perdemos na perda.

 

A procissão dos habitantes de Naim era dos que levavam o jovem à morte, ao seu sepultamento, quando Jesus toca o esquife, ele interrompe o ciclo da morte.

A morte reinou até certo ponto, mas não seria sempre assim.

O príncipe da vida chegou, tocou o esquife e a deteve finalmente.

Ariovaldo Ramos conta que um dia um espírita lhe descreveu como cria na reencarnação. Foi então que o Pr Ariovaldo Ramos declarou que uma religião que se morre várias vezes, te condena a se entristecer inúmeras vezes.

Nós morreremos apenas uma vez, mas seremos ressuscitados com um corpo sem dor, sem doenças sem nada dessa natureza.

 

Jesus interrompeu o ciclo da morte.

 

O natural era a impureza da morte contaminar Jesus por sete dias, mas a força da graça de Jesus interrompe o poder da morte do pecado.

 

4 –Jesus nos enxerga diferente

Nunca Jesus se referiu aos mortos como mortos, os discípulos, se referiam a ele como defunto, mas Jesus o chamou de Jovem.

·      Lázaro estava morto a 4 dias, mas Jesus o chamou pelo nome.

·      A filha de Jairo estava morta, ele diz Talita Cumi – Menina a ti te digo: Levanta-te.

·      Jesus não enxerga o drogado como drogado.

·      Jesus não enxerga o pecador apenas como pecador.

·      Jesus nos vê como seremos.

 

5 – Jesus preserva nossa identidade em suas mãos – Ressurreição eterna

Quando Jesus chama o jovem de volta a vida, o jovem volta falando, com consciência, não volta como quem retoma os sentidos aos poucos, ele guarda a consciência da pessoa, ele guarda a mente da pessoa, é um presságio do que virá no futuro em breve.

Um dia todos seremos ressuscitados num abrir e fechar de olhos, quando isso acontecer, voltaremos com os sentidos, veremos nossos antepassados, seremos ressuscitados com um corpo semelhante ao do Cristo ressurreto.

A nossa consciência está guardada nas mãos de Jesus.

Jesus tem poder para além da vida.

 

6 - O que Jesus vai fazer não será útil em cemitérios – Jesus está nos mandando continuar

Jesus o levanta e o envia de volta a sua mãe, ao fazê-lo, está comunicando um novo começo para ambos.

Não seria útil este rapaz ser ressuscitado e permanecer no cemitério, ele é devolvido a sua mãe para conceder a ela uma oportunidade de recomeçar.

Jesus é o Deus dos recomeços.

Jesus estava dizendo a essa mulher que a história dela ainda iria mais longe.

Ela achou que aquele seria seu fim, mas Jesus deu uma oportunidade de ser novamente avó, novamente ser mãe, novamente sonhar, novamente viver.

Ainda há muitos livros por serem escritos, ainda há muitas pregações para se fazer, ainda há muitos lugares para você chegar, ainda há promessas para se cumprir, ainda há alegrias para você desfrutar.

Jesus está nos chamando hoje a continuar.

 

O contraste de multidões – A multidão da vida e da morte

Quero tomar parte na multidão da vida.

 

7 – Todos se maravilharam do poder de Jesus

Todos se lembraram dos profetas Elias e Eliseu, que operaram ressurreições.

Há uma sequência de fatos a respeito de Jesus constatados pelo povo:

1º - Todos temeram diante dele:

·      Os homens sempre temem diante da presença de Deus!

·      Quando Daniel viu a presença de Deus caiu com o rosto em terra.

·      Quando João o viu caiu aos seus pés

·      A visão de João a respeito dele era de fato espantosa

·      Os discípulos ao verem ele acalmar a primeira tempestade perguntaram quem é este que até o vento e o mar obedece? Depois entenderam, verdadeiramente é o filho de Deus!

Quando Jesus fizer sua obra, conheceremos uma dimensão dele que não sabíamos antes.

 

2º - Glorificaram a Deus

Descobrir uma nova dimensão de Jesus nos eleva a um novo teor de adoração.

Uma coisa é falar do que se pensa saber, outra diferente é descobrir quem ele de fato é.

 

3º - Constataram que diante deles estava um profeta verdadeiro

 

Cansados da monotonia dos seus dias, eles viram agora diante de si um verdadeiro profeta, fazia 400 anos que não viam mensagens profetas seguidas de milagres e sinais. Quando Jesus se apresenta o povo o reconhece como um verdadeiro profeta.

Jesus de fato é incomparável.

 

Trabalhando por algo maior - Palestra entregue a Ad Brás Jd Amália no encontro de empreendedores

 

Trabalho, algo mais do que números

Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos.

Provérbios 16:3

 

            Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.

E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.

E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Gênesis 12:1-3

 

Vocação

Todos nós temos uma vocação, não me refiro a saber fazer algo, mas ao sentido original da palavra que diz respeito a ouvir uma voz, o voccaire, temos uma vocação / missão:

1-     A inicial que é parecer-nos com Cristo e expressar Jesus na nossa vida. Intimidade com Deus.

2-     Vocação ministerial no reino de Deus. Mas há vocações secundárias, que dizem respeito a sua missão enquanto pessoa no mundo e isso está diretamente relacionado ao trabalho que executamos. O meu trabalho é de certa forma transcendente, ele é minha vocação, ele faz parte do que devo fazer neste mundo. É o modo de expressar esta minha identidade de filho de Deus.

 

 

Devemos enxergar o trabalho / Atividade profissional um pouco além da superfície. Para isso é válido comparar alguns aparentes sinônimos para isso:

·      Ocupação – O que eu faço por dinheiro (Qualquer atividade, independente das minhas formações).

·      Emprego – É o que faço principalmente por dinheiro, mas exige certa qualificação para executar. (Você faz o que precisa, para fazer o que gosta, no emprego você ajuda o patrão a chegar aonde quer).

·      Carreira – Quando se combina interesses do empregado e empregador. No fundo é estar de certa forma no lugar onde você quer estar. (Não se limita ao seu horário por exemplo, se respira aquilo.).

·      Vocação – É a maneira como Deus se expressa através de você. Quando você cumpre sua missão de fé e ela se expressa no trabalho que você executa.

 

 

O perigo do dualismo

 

C.S. Lewis em seu livro Cristianismo puro e simples, fala que um dos grandes perigos a fé cristã, se deu quando passamos a pensar que há um mundo espiritual e um mundo material com senhores diferentes.

Um mundo de coisas de Deus, em que eu tenho uma igreja, um ambiente que é dominado por Jesus, mas outros tantos ambientes que não o são, como meu trabalho, a faculdade, etc.

Nós criamos dessa forma um pensamento que nos torna um ser fragmentado, porém se admitirmos o senhorio de Cristo, veremos que ele é senhor sob todo principado e toda a autoridade:

“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;

E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade”;

Colossenses 2:9,10

 

Este modo dualista faz que nós como igreja julgarmos que todos deveriam ser obreiros, pastores, cantores, pregadores ou missionários.

Infelizmente são muitos que enveredam pelo caminho do dualismo e julgam com severidade pessoas que foram chamadas para honrar a Deus com seu trabalho.

 

Testemunho pessoal sobre o trabalho e missão.

 

A bíblia fala sobre mulheres que serviam ao senhor com seus bens:

As mulheres que serviam a Jesus com os seus bens

Lucas - 8 E aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas

 

 O Negócio como Missão

O pacto de Lausanne

O Negócio como missão a partir do pacto de Lausanne: “É uma estratégia com um propósito específico de transformar pessoas e comunidades: Espiritualmente, Economicamente e Socialmente para a glória de Deus, através de empresas viáveis e sustentáveis que tenham o reino de Deus como perspectiva, propósito e alvo de impacto”.

Paralelos entre Negócio x Missão

·      Negócio e Missão – Você executa os negócios para executar a missão

·      Negócios para a missão – Você ganha dinheiro para a missão

·      Negócios como plataforma para a missão – No ambiente de Negócios executar a missão

·      Negócios como Missão – O próprio negócio é a missão – Exemplos:

Dominós

 

Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém.

1 Pedro 4:10,11

 

Existem virtudes cristãs que quando levadas ao trabalho enriquecem muito nosso capital espiritual:

·       Excelência – Estreita é a porta e apertado o caminho

·       Fé – Expectativas direcionadas

·       Esperança – Sensação de que as coisas vão melhorar, mesmo sem saber como

·       Amor – Um serviço doador

·       Propósitos maiores – Paulo e os Filipenses

 

·      Exemplo Bonhoeffer – Constantito e Lutero

 

O tempo dos missionários profissionais acabou, chegou o tempo dos profissionais missionários – Ed René

 

Pacto de Lausanne sobre Missão empresarial:

 

• Cremos que Deus nos criou todos à sua imagem, para sermos criativos e criarmos coisas

boas, para nós mesmos e para outros.

• Cremos que devemos seguir os passos de Jesus, que constante e consistentemente

atendeu as necessidades das pessoas com que se encontrou, demonstrando assim o reino

de Deus. E a maioria das pessoas que vieram a Jesus tinha necessidades físicas.

• Cremos que o Espírito Santo capacita todos os membros do corpo de Cristo para servir,

para atender necessidades concretas à sua volta e demonstrar o reino de Deus.

• Cremos que Deus chamou e capacitou empreendedores para fazer diferença no e através

do seu negócio.

• Cremos que o evangelho tem o poder de transformar indivíduos, comunidades e

sociedades. Os cristãos do ramo empresarial podem ser parte de um processo de

transformação integral através da sua empresa.

• Reconhecemos a grande necessidade e também a importância do desenvolvimento

empresarial. Mas estamos falando mais do que apenas de negócios. Missão empresarial

entende a empresa de uma perspectiva, propósito e impacto de reino de Deus.

• Também reconhecemos que pobreza e desemprego com freqüência predominam em

regiões em que o nome de Jesus raramente é ouvido e entendido.

• Reconhecemos que há necessidade da criação de empregos e empresas de postura cristã

em todo o mundo, que tenham em vista quatro aspectos fundamentais: transformação

espiritual, econômica, social e ambiental.

• Reconhecemos que a igreja tem recursos imensos e em boa parte subutilizados na

comunidade empresarial cristã para atender às necessidades do mundo – no e através dos

negócios – para promover a glória de Deus no mercado e além dele.

Conclamamos a igreja no mundo todo a identificar, encorajar, abençoar, liberar e

comissionar homens e mulheres de negócios para que exerçam seus dons e seu chamado

como empreendedores no mercado – entre todos os povos, até os confins da terra.

Ad maiorem Dei gloriam – para a maior glória de Deus.