ÚLTIMOS DIAS: AVIVAMENTO OU
APOSTASIA?
Essa igreja viverá um
avivamento, ou um funeral.
Leonard Ravenhill
SERMÃO ENTREGUE A AD LÍRIO DOS VALES - JD MIRIAM
‘Nos últimos dias, diz Deus,
derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas
filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos.
Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.
Atos 2:17,18
Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.
Atos 2:17,18
Sabe, porém, isto: que nos
últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
2 Timóteo 3:1-5
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
2 Timóteo 3:1-5
Mas o Espírito expressamente
diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores, e a doutrinas de demônios;
Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;
1 Timóteo 4:1,2
Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;
1 Timóteo 4:1,2
POR QUE TARDA O PLENO AVIVAMENTO?
Hernandes Dias Lopes disse em um de seus sermões que só
podemos almejar o que de fato conhecemos.
Infelizmente a igreja brasileira pouco sabe sobre suas
origens, em especial nossos irmãos pentecostais, grupo no qual estou inserido.
Eu concordo com a fala de Hernandes Dias Lopes sobre a
nossa história, precisamos urgentemente olhar para trás e ver o esforço de
nosso pioneiros nas assembleias de Deus no Brasil.
Chegamos a 106 anos, a comemoração do centenário durante
2011 foi algo que marcou a história do Brasil, grandes cultos, lembranças
contínuas, esperanças renovadas e as promessas de manter o legado de nossos
fundadores.
Hoje no Brasil há mais de 42 milhões de evangélicos, sendo
que 60% são pentecostais. Desses 60%, 22 milhões são da assembleia de Deus em
seus diversos campos e convenções. Somos hoje a maior igreja do Brasil, é
difícil ir a uma cidade que não tenha ao menos uma igreja desse ministério,
temos também mais de 100.000 templos espalhados por todo território nacional.
Teologicamente nos orgulhamos de viver uma plenitude além
do que os nosso irmãos tradicionais vivem, cremos no continuísmo, ou seja, que
os milagres que ocorreram em Atos dos apóstolos, os milagres da bíblia, são
vigentes, os dons espirituais são para os nossos tempos, cremos no batismo com
o espírito Santo, cremos no derramar do Espírito, cremos nos grandes
avivamentos, cremos no Espírito Santo como agente capacitador da igreja.
Porém os anos se passaram e com eles chegamos a uma dura
realidade, infelizmente não cremos com as mesmas forças que críamos em outros
tempos. As manifestações do Espírito Santo tem sido cada vez mais raras em
nossos cultos, a plenitude do Espírito está se tornando fato raro nas igrejas,
os avivamentos no padrão de Atos dos apóstolos estão acontecendo em terras
remotas e também são pouco vistos, a igreja já não cai mais na graça do povo,
já não é um exemplo de caráter e postura a ser seguido, já não tem sido uma instituição
recuperadora como outrora, teologicamente deixou a simplicidade para dar
pérolas nos campos, e pérolas não germinam, despreza a própria história e a
simplicidade da fé cristã. Nossa pergunta para a noite de hoje é:
Se estamos nos últimos dias e essa promessa é vigente, por que então tarda o pleno avivamento?
Se estamos nos últimos dias e essa promessa é vigente, por que então tarda o pleno avivamento?
A segunda questão que não é menos intrigante é:
Estamos vivendo avivamento ou apostasia?
Ambas palavras, de Timóteo, Jesus e de Joel estão sob
vigência para nossos dias, ao contrário do que os cessacionistas dizem, a
promessa como Pedro diz é para todos quanto Deus chamar:
Porque a promessa vos diz
respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos
Deus nosso Senhor chamar.
Atos 2:39
Atos 2:39
Ora se a promessa é para nós, porque temos visto o
contrário acontecer?
Muitos irmãos infelizmente estão apostatando da fé, estão
andando em direção oposta ao que Deus lhes chamou para viver, iniciaram bem,
mas estão terminando mal.
Lembro-me de um renomado pregador: João de Deus, que ao
receber uma oferta para morar na Arábia com a filha que conheceu um Sheik
largou tudo, inclusive suas agendas no Brasil para ser adepto do islamismo.
Vimos recentemente outros casos como o da pastora Lana
Holder que chegou a dizer que estava liberta do lesbianismo e inclusive pregou
e contou testemunhos sobre isso, porém posteriormente voltou ao seu velho
caminho.
Ainda há inúmeros casos de perto de nós, de pessoas que
largaram a fé cristã ao entrar em faculdades, largaram a fé cristã ao serem
confrontados por ateus e amigos em seus trabalhos, ou que por uma decepção ou
pecado cometido.
Vimos muito mais hoje pessoas apostatando da fé do que
vivendo o verdadeiro avivamento.
Vemos hoje as pessoas blasfemando de nossa fé, não por
estarem sob influência de demônios, mas por conta dos nosso inimigos internos,
hoje o problema no Brasil não é de perseguição, estamos até bem, comparados a
outros países.
Mas quando uma igreja deixa de ser sal, deixa de ser luz ela está morta, tem nome de que vive mas está morta, há na igreja contemporânea o espírito de Sardes.
Mas quando uma igreja deixa de ser sal, deixa de ser luz ela está morta, tem nome de que vive mas está morta, há na igreja contemporânea o espírito de Sardes.
Estamos sob um extremo, ou mudamos ou morreremos.
Ou vivemos o avivamento ou a apostasia completa. Ou vivemos
a plenitude do espirito, ou sofreremos sua ausência total e a igreja não faz
nada sem o espírito Santo.
Estamos em tempos que na mesma proporção em que se diz que
deseja o espírito Santo, se peca. Na mesma proporção de clamores por
avivamentos se deseja libertinagem entre nosso povo, para adultérios, novos
casamentos e por aí vai.
Na mesma proporção em que há vigência da promessa de derramamento do espírito, há proporção de pecados e tempos trabalhosos como Timóteo disse.
Na mesma proporção em que há vigência da promessa de derramamento do espírito, há proporção de pecados e tempos trabalhosos como Timóteo disse.
Estamos hoje em um contexto onde clamamos avivamento, mas porque ele não acontece?
Pretendo responder em poucas palavras essa perturbadora
pergunta.
1° Por que não oramos
Nós acostumamos o povo a uma relação com Deus em que as
orações são petições, quando falamos “vamos orar a Deus” já subentende-se que
vamos “pedir” para Deus qualquer coisa.
Estamos em tempos em que os crentes a fim de não participar
do momento da oração arrumam as mais diversas desculpas, seja o tempo, seja as
ocupações, as crianças para cuidar, a porta para cuidar, a arrumação da igreja,
enfim, toda as atividades parecem mais importantes para nós.
O resultado é que vemos muita lógica, muito conhecimento,
muito entretenimento, mas não agozinamos mais em oração.
Esse assunto é rotulado para todos nós como velho,
ultrapassado e muitas vezes ao ser confrontado a cerca disso arrumei as minhas
desculpas mais diversas: Falta de tempo, orgulho dos que oram (o que é de fato
um problema), a oração como refúgio para não cumprir o “ide”, a oração para mim
durante muito tempo foi substituída pelo tempo de leitura, o tempo que me
dediquei a ler diversos livros poderia ser melhor administrado se eu tivesse
dividido esses períodos com orações.
A questão fundamental é que a oração fere nosso orgulho,
ninguém precisa ser inteligente para orar, ninguém precisa ser muito gabaritado
para orar, dentro do quarto de joelhos no chão, não há diplomas, não há
faculdades, não há livros, Deus não se impressiona com minhas citações, Deus
não se impressiona com meu bom português, Deus não se impressiona com o quanto
tenho sido esforçado em ler e conhecer, obviamente ele leva em conta tudo isso,
mas o que de fato precisamos é voltar a oração.
Estamos em tempos tão complicados com relação a oração que
ela se tornou evitada pelos crentes mesmo nos momentos públicos, frequentemente
as nossas orações são mecânicas, com palavras já premeditadas, versículos
salteados a fim de tornar a oração mais extensa, ou cumprir o tempo determinado
pela igreja local, os crentes frequentemente chegam após a oração. Se a reunião
inicia-se às 19:30 com oração, procuramos chegar às 20:00 a fim de evitar
passar alguns momentos de joelhos.
A Batalha de nossos sermões, de nossa vida espiritual não
se vence no púlpito, não se vence de microfones na mão, não se vence com boa
oratória, na verdade nosso desempenho por melhor que seja pode tocar apenas a
mente e convencer pessoas sobre nossos
argumentos, mas a batalha da igreja ainda se vence no quarto secreto, quando
ninguém nos vê, quando não preciso forjar nada, quando uso meus momentos
secretos para a glória de Deus.
Valorizamos demais as atividades externas, mas pouco damos
valor para as secretas. Gostamos de pregar e de cantar, mas qualquer pessoa que
conheça as regras de homilética, tenha boa oratória, seja convincente e conheça
o texto que está comentando pode pregar e até ser relativamente bom. Mas
somente a oração é o método cirúrgico de Deus para adentrar os corações.
Eu não preciso ser espiritual para pregar ou cantar, basta
ter talento, apenas crentes espirituais oram.
Essas realidades são muito difíceis de ouvir, visto que não
queremos prostrar nossos conhecimentos diante de um quarto de oração, não
queremos ter nossa lógica humilhada, pregamos corretamente, falamos
corretamente, mas não oramos mais, daí inicia-se a crise que vemos hoje.
É péssimo ouvir um sermão de quem não ora, louvor de quem
não ora, ensino de quem não ora.
Nós precisamos submeter toda a nossa vida em oração a Deus,
e quando digo isso não me refiro a oração como petição, como reza, como
demonstração externa de espiritualidade.
Infelizmente esse último grupo que citei tem tomado conta
da igreja, de alguma maneira recorremos a leituras sobre os reformadores e
heróis da fé e passamos a tentar imitá-los, bem como sua fala sobre oração,
suas experiências, logo os crentes que oram um pouco mais, ou que tiram esse
tempo para orar, tornam-se crentes orgulhosos, crentes que tem estrela na testa
e seu discurso a respeito de oração é dado de um palanque mais alto.
No fundo todo nós sabemos da necessidade de orar, mas não
praticamos.
E Deus permanece como nos dias de Ezequiel:
E busquei dentre eles um homem
que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra,
para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei.
Ezequiel 22:30
Ezequiel 22:30
Deus ainda hoje procura esses homens que estejam na brecha,
que estejam de joelhos intercedendo pelo seu povo, porque tarda o pleno
avivamento?
Por que fazemos tudo, menos orar.
Por que aplaudimos e enchemos reuniões de movimentos, mas não
queremos saber de orar 30 minutos antes do culto, porque não temos vida em
secreto.
Por que tarda o pleno avivamento? Por que estamos cada vez
mais preocupados com as performances diante dos homens, porque nos relacionamos
com todos, mas não falamos mais com Deus.
Porque Deus né nosso último plano, costumamos ainda dizer:
Esgotei todos meus recursos, agora só Deus pode fazer algo por mim. Falamos
isso com lamento, a oração tornou-se nossa última alternativa. A igreja
prioriza tudo, menos a oração. Faz construções, dá avisos, dá ensino, mas não
ora.
Alegamos falta de tempo, mas acaso temos menos tempo do que
Daniel?
Então disseram ao rei:
"Daniel, um dos exilados de Judá, não te dá ouvidos, ó rei, nem ao decreto
que assinaste. Ele continua orando três vezes por dia".
Daniel 6:13
Daniel 6:13
Daniel continuava orando três vezes ao dia, mesmo depois de
ser um dos governadores da Babilônia, Daniel continuava orando três vezes ao
dia, pois, sua ocupação política não lhe privou de ter contato com Deus.
Certamente as atividades de um governador eram mais
extensas que as minhas.
No fundo nos sobra tempo, mas nos falta garra, nos falta
querer um pouco mais.
Jogamos sobre o pregador a responsabilidade de fazer as
coisas, jogamos sobre os pastores a responsabilidade trazer avivamentos como os
antigos, mas não oramos como os antigos oravam.
Precisamos ainda hoje rever as nossas prioridades, nosso
Wathsapp, nosso facebook, nossos e-mails, nossos trabalhos, nossos amigos, tem
sido mais privilegiados com a nossa atenção do que o próprio Deus.
Usamos nossas orações como petições para poder conseguir
coisas de Deus, logo na sequência o colocamos em segundo plano.
Não norteamos mais as nossas decisões para poder fazer
qualquer coisa, a igreja em tempos bíblicos orava em todas as decisões e o
espírito Santo as falava o que fazer:
E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
Atos 13:1-3
Estamos requerendo uma autonomia que Deus não nos deu,
separamos obreiros, instituímos lideranças, sem orar.
Nem Jesus fez isso, pelo contrário:
E aconteceu que naqueles dias
subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.
E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:
Lucas 6:12,13
E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:
Lucas 6:12,13
Jesus passou a noite toda em oração para escolher os seus
doze, mas nós não aguentamos vinte minutos de joelhos. Como vamos afirmar que
queremos avivamento sem oração?
Estamos muito preocupado com finanças e veja o que o Rev.
Leonard Ravenhill disse;
Não se pode negar que a maior preocupação da igreja hoje são as finanças. E, no entanto, esse problema que tanto inquieta as igrejas modernas era o que menos perturbava a do Novo Testamento. Hoje damos mais ênfase à contribuição; eles a davam à oração.
Por
que tarda o pleno avivamento?
No fundo nos falta fé na provisão de Deus, por isso falamos
tanto de ofertas oramos tão poucos, fazemos campanhas de enriquecimento,
imploramos ao povo que contribua, mas com isso estamos negando nossa origem na
igreja do novo testamento. Lucas relata que entre o povo não havia necessidade,
todos compartilhavam entre si os seus bens, os crentes de Antioquia conseguiram
de sua pobreza ajudar os crentes da Judéia que viviam em miséria, pois, uma
igreja que ora não tem necessidades financeiras. Voltemos a oração!
Logo vale a pena orar, pois, a oração é o sacrifício
necessário para ter comunhão com Deus e viver de fato um verdadeiro avivamento.
Muito se tem dito a respeito de reforma geral nas igrejas,
me refiro obviamente ao sistema, mas nós não queremos reformar nosso proceder.
Os jovens gritam: Reforma já! Mas não tem a disposição de mudar seus próprios
comportamentos.
Querem usar armas carnais como protestos, lógica, estudo,
questionamentos dos mais diversos tipos; Mas as armas de nossa milícia são
outras:
Porque as armas da nossa
milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das
fortalezas;
2 Coríntios 10:4
2 Coríntios 10:4
Para viver a reforma da maneira que almejamos, precisamos
voltar a usar nossas armas espirituais, em especial a oração.
Hoje clamamos avivamento, mas não estamos mais como o povo
no cenáculo, hoje clamamos a presença de Deus, mas isso passou a ser um simples
jargão, poucos sentem falta de Deus.
Enumero aqui alguns motivos para a nossa negligência na
oração:
1° - Ela não exige intelectualidade
2° - Ela não é reconhecida pelos homens
3° - Ela não é incentivada pela igreja tampouco ensinada
4° - No fundo confiamos pouco em Deus
5° - Amamos menos a Deus do que nossos amigos e família
6° - Por que gostamos de resultados instantâneos
2° Perdemos o amor pela palavra de Deus.
Muito se tem falado a respeito da palavra, muito se tem pregado sobre Deus.
Na verdade, estamos em tempos de expansão da pregação nos
meios de comunicação.
·
Há pelo menos 26 rádios evangélicas em
atividade no Brasil, sendo que algumas programações tomam espaço em rádios não
evangélicas.
·
Há canais na tv aberta com programação 24 Hrs.
·
Há inúmeras bíblias de estudo, Thompson,
pentecostal, do pregador, do pastor, do líder, da mulher, da adolescente, do
homem, do pregador pentecostal, do ministro, etc, etc, etc.
Porém o que vemos em nossas igrejas é cada vez mais a
negligência na palavra, os nossos congressos têm 15 minutos de mensagem, 30 de
ministração de ofertas, 3 horas de louvor, 5 minutos de oração.
O povo já não conhece a bíblia, quando pregamos em alguns
livros do antigo testamento ou cartas as pessoas são obrigadas a procurar em índices,
pois, não encontram os livros.
Não sabem quantos livros tem a bíblia, não sabem sequer um
versículo.
Os nossos jovens já leram E.L. James, já leram Jojo Moisés,
Já leram toda a coleção de Harry Potter, mas não leram as cartas de Paulo, não
leram os evangelhos, a porcentagem de pessoas que já leram toda a bíblia é
absurda.
As pregações devem ser cada vez mais rasas, pois, o povo
por não ler não entende, logo os pregadores não são mais esforçados em ler,
pois é frustrante falar a um povo que não tem interesse.
Os pregadores também falham ao não incentivar seus ouvintes
a ler, torna-se mais fácil para todos, pregar simples demais, com piadas,
entretenimento, heresias, a fim de agradar seus ouvintes, o povo por sua vez
aplaude, pois, como crianças que nunca se desenvolveram dependem do lúdico para
compreender. Há preguiça de pensar, há preguiça para ler, principalmente quando
se trata da palavra.
Os cultos de ensino são pouco frequentados, nossas
mensagens são preparadas em cima do púlpito, ou simplesmente abrimos a bíblia e
falamos o que vem a mente, o povo está negligenciando a palavra.
Nossas vigílias são cheias no momento do louvor, durante a
oração para a palavra metade se vai deixando o pregador só.
Estamos em tempos tão complicados com relação a palavra que
o povo pede confirmações para coisas que estão escritas na bíblia, as
experiências tem se colocado acima da palavra.
A tentação que Jesus sofreu no deserto só foi vencida por
conhecer a palavra, mas nós diferentemente de nosso mestre estamos
transformando as pedras em pães, estamos pulando dos pináculos do templo e nos
prostrando para receber coisas. Falta-nos o está escrito.
Estamos vivendo nos tempos que Amós profetizou:
Eis que vêm dias, diz o Senhor
DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água,
mas de ouvir as palavras do SENHOR.
Amós 8:11
Amós 8:11
Por faltar ler a palavra, falta o temor diante dela como
nos dias de Esdras:
Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.
E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo: Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.
Neemias 8:10,11
Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.
E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo: Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.
Neemias 8:10,11
Clamamos por um avivamento mas qual a nossa postura diante
da palavra?
Acaso estamos sendo confrontados e nos permitindo ser
confrontados por ela?
Receio que não. Na hora da palavra hoje conversamos,
ansiamos que ela acabe logo, ou ainda somos tentados a desprezar toda a
pregação por conta de erros mínimos de português.
Queremos avivamento como antes, mas não amamos a palavra
como antes.
3° Por não conhecer a palavra, não conhecemos a Deus.
A falta do conhecimento de quem Deus é tem feito boa parte
dos crentes lhe tratarem como qualquer coisa, menos Deus.
Quem é Deus para nós?
Deus tem sido um garçom.
Deus tem sido para alguns a última alternativa.
Deus tem sido para alguns um autenticador das besteiras que
se faz.
Deus tem sido para algum um refúgio emocional qualquer.
Deus tem sido para alguns simplesmente um meio de ser
aceito
E é daí que vem as orações mais absurdas que temos visto
hoje em dia.
Falam com Deus como quem fala a qualquer pessoa, dizem a
Deus, faça isso e ele é obrigado a fazer.
Mandamos em Deus em nossas orações, ordenamos que ele vá a
lugares, ordenamos que ele cure, que ele aja, que ele faça o que queremos, e
tal como o conceito católico de castigos aos santos, tentamos fazer chantagens
com Deus do tipo: “ Se não me responderes hoje eu largo tudo”
Julgamos que somos indispensáveis, totalmente importantes,
ao ponto de que se eu parar não há mais pregação, se eu parar não há mais
louvor e no fundo nos falta saber quem Deus é!
1° Deus é não só grande, Deus é o maior.
2° Deus é bom, é amor, mas é santo, irado, tem ciúmes.
3° Deus odeia o pecado
4° Deus não pode resistir o mal
Deveríamos ao orar ser tomados de temor, de forma que
jamais daríamos ordens a Deus como damos.
Uma real compreensão de Deus nos levaria a pensar duas
vezes antes de tratar Deus como o tratamos.
De sorte que, longe de nos elogiar, a
cruz mina nossa justiça própria. Só podemos nos aproximar dela com a cabeça curvada e em espírito de
contrição. E aí permanecemos até que o Senhor Jesus nos conceda ao coração sua palavra de perdão e aceitação,
e nós, presos por seu amor, e transbordantes de ação de graças, saíamos para o mundo a fim de viver as nossas
vidas no serviço dele.
A Cruz de Cristo - John Stott
cruz mina nossa justiça própria. Só podemos nos aproximar dela com a cabeça curvada e em espírito de
contrição. E aí permanecemos até que o Senhor Jesus nos conceda ao coração sua palavra de perdão e aceitação,
e nós, presos por seu amor, e transbordantes de ação de graças, saíamos para o mundo a fim de viver as nossas
vidas no serviço dele.
A Cruz de Cristo - John Stott
Com frequência perguntamos a Deus o por que ele que não
pune o mal, ou permite o sofrimento, mas a pergunta se fosse feita com
honestidade nos condenaria, pois, como pode um Deus santo como esse tolerar
minhas mentiras, nossos jeitinhos, nosso egoísmo?
Como? Temos vivido
por falta do conhecimento de Deus uma adoração rasa.
Letras rasas. Onde está a poesia dos salmos? Onde estão os
louvores inspirados pela grandeza de Deus?
Onde estão as letras que enalteciam a Deus exclusivamente e
não o colocava em nosso serviço? Onde estão os adoradores? Só uma compreensão
correta sobre Deus nos levará a um avivamento.
Então conheçamos, e
prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a
nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.
Oséias 6:3
Oséias 6:3
4° - Por que negligenciamos nossa história
O movimento pentecostal teve início em 1906, com o
avivamento da rua Azuza.
O pregador americano William Joseph Seymour acreditava na
vigência da profecia de Joel 2.28-29. Pregava que o falar em línguas era uma
evidência do batismo com o Espírito Santo, apresentou alguns sermões sobre o
assunto, porém ele ainda não era batizado. Por não desfrutar da mensagem que
dizia, lhe privaram de pregar nos templos. William foi hospedado na casa de
alguns irmãos e durante muitos dias orou a Deus buscando a plenitude do
Espírito, até que finalmente recebeu essa graça e pela primeira vez falou em
línguas, nas reuniões seguintes algumas pessoas passaram a falar novas línguas também e logo as notícias sobre o
novo movimento correram de forma que a casa já não podia suportar tantas
pessoas.
Na rua Azuza número 312, em 1906 o movimento ganhava forças
e pessoas de todo o mundo iam até lá, cegos viam, paralíticos andavam e membros
de outras igrejas pouco a pouco iam se desligando a fim de pertencer a esse
novo avivamento. Pessoas de todo o mundo mandavam seus testemunhos ou iam
visitar a pequena igreja de Seymour, entre eles estavam Daniel Berg e Gunnar
Vingren.
Esses saíram da Suécia e desembarcaram no Brasil em 1910 e
se filiaram a igreja Batista, sua igreja de origem no país natal. Adeptos do
movimento pentecostal, eles passaram a ensinar essa doutrina no Brasil e logo
foram severamente rejeitados. Porém alguns acreditaram em suas palavras e
buscaram receber o batismo no Espírito Santo, entre elas estava a senhora
Celina de Albuquerque primeira pessoa batizada no Espírito Santo no Brasil.
Com os adeptos da visão da rua Azuza, os missionários
instituíram a igreja Missão de fé apostólica que posteriormente foi chamada de
Assembléia de Deus.
Nossos pioneiros foram homens de oração, homens de
simplicidade, que com poucas coisas mudaram o mundo desde aquela época!
Martin Lutherking revolucionou o mundo com sua fé e vida
dedicada a Deus e ao próximo.
William
Seymour orava sete horas a Deus para receber revestimento de poder, Lutero três
horas diária, Withefield oito horas
Precisamos
voltar a nossa história e lembrar que o avivamento na igreja gerou revoluções
nunca vistas antes.
Dietrich
Bonhoeffer foi um dos maiores opositores ao Nazismo e abriu os olhos de parte
da humanidade com o que ele viu, escreveu e fez. Engajado na luta contra
Hitlher foi o símbolo de um Cristão que ama sua pátria, que ama a Deus sobre
tudo.
Que
voltemos aos nossos pilares, como os pais da igreja e clamemos como Jeremias:
Assim diz o Senhor:
Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom
caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles
dizem: Não andaremos nele. Jeremias 6:16
Converte-nos a ti, Senhor, e
seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes. Lamentações 5:21
O que devemos fazer para retornar ao avivamento bíblico?
Em primeiro lugar devemos notar que o avivamento não acontecerá sob a moda Brasileira, com jeitinhos.
De forma alguma teremos avivamento com reuniões marcadas,
com músicas de forró e corinhos de fogo, com danças, entretenimento, com novos
métodos.
Ainda assim, agora mesmo diz o
Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com
choro, e com pranto.
E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.
Joel 2:12,13
E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.
Joel 2:12,13
Precisamos rasgar os corações e clamar pela igreja
Brasileira, tal como Moisés fez, durante quarenta dias esteve com o Senhor no
Sinal, tal como ele que em outra ocasião poupou a morte de milhares por conta
de sua intercessão:
Perdoa, pois, a iniqüidade
deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia; e como também perdoaste a
este povo desde a terra do Egito até aqui.
E disse o Senhor: Conforme à tua palavra lhe perdoei.
Números 14:19,20
E disse o Senhor: Conforme à tua palavra lhe perdoei.
Números 14:19,20
Precisamos chorar mais por nossos pecados:
E Neemias, que era o
governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao
povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus, então
não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras
da lei.
Neemias 8:9
Neemias 8:9
Nós precisamos ser tomados dessa convicção de pecado. Nós
temos errado muito e ainda ousamos exigir muito de Deus, ousamos pedir curas
como antes, mas onde está o temor de antes?
Nós precisamos voltar a palavra como nos dias de Josias:
O rei subiu à casa do Senhor,
e com ele todos os homens de Judá, e todos os moradores de Jerusalém, os
sacerdotes, os profetas e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu aos
ouvidos deles todas as palavras do livro da aliança, que se achou na casa do
Senhor.
2 Reis 23:2
2 Reis 23:2
Nós precisamos ser movidos por um senso de urgência
O evangelista deve aguentar correr mais do que cavalos -
JR. 12.15
Deus mandou Felipe alcançar o Etíope que estava indo a
perdição
Felipe significa - O
que ama cavalos.
Nós devemos correr adiante da carruagem que está levando as
almas pro inferno, chegar lé e explicar as escrituras.
- O pleno avivamento é dado mediante oração com unidade de
propósitos
"Como esperar o Pentecoste se nem ainda fomos
despertados para orar? Primeiro, vem a igreja toda, unânime, perseverando em
oração, só depois vem o Pentecoste".
Insistência na oração – 1.14
Unanimidade – Todos oravam 2.1
Mesmo propósito 2.1
O pleno avivamento nos levará a multiplicação das almas:
A igreja iniciou-se com 12 – Lucas 9.1
Depois 70 – Lucas 10.1
Em Atos 1.15 tinha - 120
Em Atos 2.14 – Três mil pessoas
Em Atos 4.4 – Cinco mil
O número continua crescendo ao ponto de perder a conta
(Atos 5.14)
-Mais crescimento inclusive conversão de sacerdotes (Atos
6.1 e 7)
-Cristãos se espalham devido à perseguição (Atos 8.1 e 4)
-Muitas Igrejas fundadas (Atos 9.31)
-Aldeias inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35)
-Gentios se convertem a Cristo (Atos 13.48,49)
-Igrejas erguidas na Ásia menor e Turquia (Atos 14.1-28)
-Igrejas fundadas na Europa (Atos 16.5 e 11,12; 17.4)
-Milhares de judeus tornam-se cristãos (Atos 21.20).
Em último lugar, o avivamento tarda porque roubamos a glória
que pertence a Deus. Reflitamos um pouco sobre essas palavras de Jesus: “Eu não
aceito glória que vem dos homens”. “Como podeis crer, vós os que aceitais
glória uns dos outros, e contudo não procurais a glória que vem do Deus único?”
(Jo 5.41,44.) Chega de toda essa autopromoção nos púlpitos. Chega de tanto
exaltar “meu programa de rádio”, “minha igreja”, “meus livros”. Ah, que
repulsiva demonstração carnal vemos nos púlpitos: “Hoje, temos o grande
privilégio...” E os pregadores aceitam isso; não, eles já o esperam. (E se
esquecem de que só estão ali pela graça de Deus.) E a vaidade é que, quando
ouvimos tais homens pregar, notamos que nunca ficaríamos sabendo que eram tão
importantes, se não tivessem sido apresentados como tal. Coitado de Deus! Ele
não está recebendo muita glória! Então, por que ele ainda não cumpriu sua
terrível mas bendita ameaça de que iria vomitar-nos de sua boca? Nós
fracassamos; estamos impuros. Apreciamos os louvores dos homens. Buscamos
nossos próprios interesses. Ó Deus, liberta-nos dessa existência egoística,
egocêntrica! Dá-nos a bênção do quebrantamento! O juízo deve começar por nós,
pelos pregadores!
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