terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Odiamos esperar

Odiamos esperar, porque a espera é como alguém gritando para nós: "você não está no controle!"
Josemar Bessa

Não se compreende o espirital estando num plano inferior

A crítica feita a partir de um plano inferior contra qualquer experiência, a desconsideração voluntária do significado e a concentração no fato sempre apresentarão a mesma plausibilidade. Sempre haverá provas, provas frescas, todos os meses, de que a religião é apenas psicológica, a justiça, mera autoproteção, a política, simples economia, o amor, pura sensualidade e o pensamento, nada mais que bioquímica do cérebro.

Cs Lewis - O peso da glória

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Só o perdão permite o convívio familiar.

Se não houver perdão, ainda que continuem debaixo do
mesmo teto as almas se divorciam. Sem perdão dorme-se na
mesma cama mas não se tem uma cama comum para as mesmas
almas descansarem, para dormirem juntas no repouso psicológico,
espiritual e moral da oração. Sem perdão não há unidade que
sobreviva numa relação familiar.

Caio Fábio - Perdão: A encarnação da graça

A mágoa maximiza os defeitos

Quando não há espírito de perdão é exatamente isso que
acontece; os pequenos motivos tornam-se grandes razões, as
pequenas desavenças transformam-se em guerras, as pequenas
feridas se convertem em cânceres incuráveis.

Caio Fábio - Perdão: A encarnação da graça

O perdão redimensiona os olhos

Quando não há perdão, qualquer motivo é razão para
separação. Quando não há perdão, qualquer pequenina coisa se
agiganta. As lentes com as quais se olha são as da hipermetropia:
as coisas crescem. É o perdão que põe nos olhos das pessoas a
dimensão certa. É o perdão que consegue fazer de nós um pouco
míopes na relação familiar: Ver menos, enxergar menos! É o amor
que encobre, sem tapear, multidões de defeitos e pecados.

Caio Fábio - Perdão: A encarnação da graça

Perdoar é deixar o outro nascer de novo

Perdoar é deixar o outro nascer de novo na nossa história, sem as
memórias que fizeram dele uma desagradável lembrança.

Caio Fábio.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Esperança e esperançar

“É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar e esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”.

De onde vem a compaixão

- A compaixão sincera, que gera o perdão, amadurece quando descobrimos onde o inimigo chora.
- Brennan Manning

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A verdadeira espiritualidade

A verdadeira espiritualidade é discreta, busca uma integridade desinteressada.

Ricardo Gondim.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Nadando contra a correnteza

Não devemos ser como caniços agitados pelo vento,
dobrando-nos diante das rajadas da opinião pública, mas tão
inabaláveis quanto pedras em uma correnteza. Não devemos
ser como peixes que flutuam na corrente do rio (como diz
Malcolm Muggeridge, “somente peixes mortos nadam com
a corrente”); devemos nadar contra ela, contra a tendência
cultural. Não devemos ser como camaleões, que mudam de
cor de acordo com o ambiente; devemos nos opor de forma
visível ao ambiente em que estamos.


John Stott - O discípulo radical

Desafios ao discípulo radical

 Diante do desafio do pluralismo, devemos ser uma comunidade de verdade, declarando a singularidade de Jesus Cristo. Diante do desafio do materialismo, devemos ser uma comunidade de simplicidade, considerando que somos peregrinos aqui. Diante do desafio do relativismo, devemos ser uma comunidade de obediência. Diante do desafio do narcisismo, devemos ser uma comunidade de amor.

John Stott - O discípulo Radical

Amor Próprio?

Infelizmente, uma parte desse ensinamento tem permeado a igreja e há cristãos recomendando que devemos não somente amar a Deus e ao próximo, mas também a nós mesmos. No entanto, isso é um erro por três razões. Em primeiro lugar, Jesus falou do “primeiro e grande mandamento” e do “segundo”, mas não mencionou um terceiro. Em segundo lugar, amor próprio é um dos sinais dos últimos tempos (2Tm 3.2). Em terceiro lugar, o significado do amor ágape é o sacrifício próprio em benefício de outros. Sacrificar-se a serviço de si mesmo é, nitidamente, um contrassenso.

John Stott - O discípulo radical

Cristo é nosso Senhor?

Assim, a pergunta fundamental para a igreja é: Quem é Senhor? Será que a igreja exerce o senhorio sobre Jesus Cristo, tornando-se livre para alterar e manipular ao aceitar o que gosta e rejeitar o que não gosta? Ou Jesus Cristo é o nosso Mestre e Senhor, de maneira que cremos nele e obedecemos ao seu ensinamento?

John Stott - O discípulo radical

"Depende" a mais cômoda resposta

Tudo depende de onde você está, Tudo depende de quem você é, Tudo depende do que você sente, Tudo depende de como você se sente. Tudo depende de como você foi educado, Tudo depende do que é admirado, O que é correto hoje será errado amanhã, Alegria na França, lamento na Inglaterra. Tudo depende do seu ponto de vista, Austrália ou Tombuctu, Em Roma faça como os romanos. Se os gostos acabam coincidindo Então você tem moralidade. 20 o discípulo radical Mas onde existem tendências conflitantes, Tudo depende, tudo depende...

Abraham Edel

Cristo, o único.

 Devemos continuar a afirmar a imparidade e perfeição de Jesus Cristo. Pois ele é singular em sua encarnação (o único Deus homem); singular em sua expiação (somente ele morreu pelos pecados do mundo); e singular em sua ressurreição (somente ele venceu a morte). E sendo que em nenhuma outra pessoa, a não ser em Jesus de Nazaré, Deus se tornou humano (em seu nascimento), carregou os nossos pecados (em sua morte) e triunfou sobre a morte (em sua ressurreição), ele é singularmente competente para salvar os pecadores. Ninguém mais tem suas qualificações. Assim, podemos falar sobre Alexandre, o grande, Charles, o grande, Napoleão, o grande, mas não Jesus, o grande. Ele não é o grande — ele é o Único. Não existe ninguém como ele. Ele não tem rival nem sucessor.

John Stott - O discípulo radical.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A glória é ser a beleza, fazer parte dela.

Não queremos a mera contemplação da beleza, embora, Deus o sabe, isso já constitua grande privilégio. O que queremos dificilmente seria dito em palavras — ser integrados à beleza que vemos, queremos ser como ela, tê-la em nós, mergulhar nela, fazer parte dela. Por isso povoamos os ares, a terra e a água de deuses, e ninfas, e gnomos — para que, embora não possamos nós, possam essas projeções gozar a beleza, a graça e o poder de que a natureza é imagem. É por isso que os poetas contam-nos mentiras tão adoráveis. Falam como se as mais leves brisas pudessem de fato penetrar na alma humana; mas não podem.

CS Lewis o peso da glória

A glória futura é o preenchimento do vazio.

 Aparentemente, aquela nostalgia que trazemos sempre conosco, aquele desejo de sermos reatados a alguma coisa do universo da qual nos sentimos cortados, de estarmos do lado interno da porta que sempre vimos pelo lado externo, não são, portanto, mera fantasia neurótica, mas o mais verdadeiro dos sintomas da nossa real situação. Sermos, enfim, convidados a entrar seria glória e honra altamente imerecidas e também a satisfação do nosso velho e doloroso anseio.

CS Lewis - O peso da Glória

A glória de ser conhecido de Deus.

 A sensação de que somos tratados como estrangeiros neste universo, o desejo de nos fazer notar, de encontrar alguma resposta, de vencer o abismo que nos separa da realidade, tudo isso faz parte do nosso segredo inconsolável. E, com certeza, desse ponto de vista, a promessa de glória, no sentido já descrito, torna-se altamente relevante para o nosso profundo desejo. Porque glória significa ter bom nome diante de Deus, ser aceito por ele, ter sua resposta, reconhecimento, ser introduzido no âmago das coisas. A porta em que batemos toda a vida finalmente se abrirá.

Cs Lewis - O peso da glória

Agradar a Deus - A maior glória

Está escrito que seremos colocados perante ele, que seremos apresentados, examinados. A promessa de glória é a promessa quase incrível, e possível apenas pela obra de Cristo, de que alguns, alguns que verdadeiramente o quiserem, resistirão a esse exame, encontrarão aprovação, agradarão a Deus. Agradar a Deus... ser um verdadeiro integrante da felicidade divina... receber o amor de Deus, não apenas a sua piedade, mas ser o motivo do prazer, como um artista deleita-se em sua obra ou o pai em seu filho — parece impossível, é um peso ou carga de glória que nossa imaginação mal pode suportar. Mas é assim.

CS Lewis o peso da glória

A glória futura expurgará o orgulho

 E isso basta para fazer-nos pensar no que pode acontecer quando a alma redimida, acima de toda a esperança e quase acima da crença sabe, enfim, que agradou àquele para cuja alegria foi criada. Não haverá então lugar para a vaidade. Ela estará livre da miserável ilusão de que os méritos são seus. Sem o mínimo vestígio do que chamamos de auto-elogio, ela se regozijará inocentemente naquilo que Deus lhe permitiu ser, e o momento em que desaparecer para sempre o seu velho complexo de inferioridade sepultará também, para todo o sempre, nas profundezas, o seu orgulho. A humildade perfeita dispensa a modéstia. Se Deus está satisfeito com a obra, a obra pode ficar satisfeita consigo mesma: "não compete a ela discutir elogios com o seu Soberano".

O peso da Glória - CS LEWIS PÁG.14 PDF