Não queremos a mera
contemplação da beleza, embora, Deus o sabe, isso já constitua grande
privilégio. O que queremos dificilmente seria dito em palavras — ser
integrados à beleza que vemos, queremos ser como ela, tê-la em nós,
mergulhar nela, fazer parte dela. Por isso povoamos os ares, a terra e a
água de deuses, e ninfas, e gnomos — para que, embora não possamos nós,
possam essas projeções gozar a beleza, a graça e o poder de que a
natureza é imagem. É por isso que os poetas contam-nos mentiras tão
adoráveis. Falam como se as mais leves brisas pudessem de fato penetrar
na alma humana; mas não podem.
CS Lewis o peso da glória
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