Digo com freqüência: "Eu perdôo você". Mas, mesmo quando digo essas palavras, meu coração continua
zangado ou ressentido. Ainda quero ouvir a história que me diz que eu estava certo, afinal de contas; ainda
quero ouvir pedidos de desculpas e justificativas; ainda quero ter a satisfação de receber algum louvor em troca
— pelo menos o louvor de ser tão perdoador!
O perdão de Deus, contudo, é incondicional; ele vem de um coração que não exige nada para si mesmo, um
coração que está completamente vazio de interesses próprios. É o perdão divino que tenho de praticar em
minha vida diária. Ele me convoca para continuar passando por cima de todos os meus argumentos que dizem
que o perdão é loucura, doentio e impraticável. Ele me desafia a passar por cima de toda a minha necessidade
de gratidão e elogios. Finalmente, ele exige de mim que eu passe por cima daquela parte ferida do meu coração
que se sente machucada e maltratada e que deseja ficar no controle e colocar algumas condições entre mim e
a pessoa a qual sou solicitado a perdoar.
Henry Nowen
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