Atos
12 – Oração, a arma pacifista
Introdução
a Atos
Até o presente capítulo a igreja vivia uma expansão sem
precedentes.
Após a morte de Jesus e subsequente ressurreição, o
mestre fala durante quarenta dias com os seus discípulos. A páscoa havia se encerrado,
os peregrinos voltariam para as suas terras, mas Jesus ressuscitado ordena aos
seus discípulos que não se ausentem de Jerusalém, mas que aguardem a promessa
do pai.
Essa promessa diz respeito a dádiva do Espírito Santo, o
dia em que Deus “mudaria de casa”.
Há uma preocupação ainda entre alguns discípulos, eles
desejavam um reino terreno de Jesus que não tinha chegado até o presente
momento.
Jesus trata de tirar o foco dos discípulos deste reino
terreno, para que observassem a promessa de Deus:
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo,
que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em
toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Atos 1:8
Este poder do Espírito seria a capacitação necessária
para a expansão do evangelho.
Passados dez dias, os discípulos permanecem buscando, já
não eram mais 500, tratavam-se de aproximadamente 120, de diversos lugares que
vieram observar a festa da páscoa.
No dia de pentecostes, ou seja, somados os 40 dias de
ensinos de Jesus, mais os dez de busca, os discípulos receberam a promessa do
Espírito Santo.
Daí em diante o livro de Atos passa a tratar de uma
expansão sem precedentes da igreja.
A igreja iniciou-se com 12 –Lucas 9.1
Depois
70 –Lucas 10.1
Em
Atos 1.15 tinha -120
Em
Atos 2.14 –3.000
Em
Atos 4.4 – 5.000
O
número continua crescendo ao ponto de perder a conta (Atos 5.14)
Mais
crescimento inclusive conversão de sacerdotes (Atos 6.1 e 7)
Cristãos
se espalham devido à perseguição (Atos 8.1 e 4)
Muitas
Igrejas fundadas (Atos 9.31)
Aldeias
inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35)
Outras conversões significativas ocorreram,
como a dos Samaritanos em Atos 8.
A
conversão de Saulo em Atos 9
A
conversão de Cornélio – O primeiro Gentio – Atos 10
A igreja já havia atingido a dimensão de
Jerusalém, toda a Judéia e Samaria.
O próximo passo seria atingir os confins da
terra, ou seja, a missão estava chegando ao seu último passo e ainda que sendo
perseguida a igreja estava em franco crescimento.
A igreja estava decolando, os relatos de novas conversões
são de fato de tirar o fôlego e tornam essa primeira seção de Atos um relato
vivo da expansão de uma igreja e dos resultados de oração e evangelismo
simultâneos.
Tudo parece indicar que agora os confins da terra serão
atingidos, porém Lucas passa a narrar um hiato entre a expansão do evangelho em
todo território Israelita e as nações não alcançadas, os denominados “confins
da terra”.
E por aquele mesmo
tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
E matou à espada Tiago,
irmão de João.
Atos 12:1,2
O
imperador neste tempo era Herodes Antipas I, este temia a
expansão dos cristãos como uma ameaça ao império, pois, estes recusavam-se a
prestar cultos ao imperador e tinham reuniões secretas que de algum modo
levantavam suspeitas. Sem contar ainda o fato de que Herodes Antipas desejava
manter o controle sobre Israel, logo sua intenção era de atacar aquilo que os
judeus mais temiam e odiavam neste momento, a saber, a igreja.
Desde
os tempos de Herodes o grande, Israel não tinha um rei, Antipas deseja
popularidade e aquilo que gerava mais tumulto era a religião do caminho, logo
lançar mão deles para matá-los era uma medida extremamente populista.
Para
preservar a paz na Palestina, não poderiam de modo algum haver partidos ou
coisas que gerassem tumulto na nação e a fé Cristã representava uma ameaça a
essa paz, nos dias de Herodes Agripa a acusação contra Jesus foi de auto
proclamação de reino e atentado contra o templo, Herodes Agripa via como
uma ameaça a religião do caminho.
Um
bom modo de fazer isso era tomando um dos “colunas” da igreja, neste caso
Tiago, filho de Zebedeu, irmão de João fora capturado, preso e em seguida
decapitado.
Tiago
tem o nome citado, mas outros são tomados para ser maltratados.
Tiago
provavelmente foi morto diante de todos, de modo que testemunharam seu martírio
e multidão festejava tanto com a cena como também com a notícia que correu.
Tiago
é o segundo mártir citado por Lucas no livro de Atos, provavelmente houveram
outros, mas é o segundo obreiro proeminente que sobre nas mãos do povo.
A
popularidade da igreja nos primeiros dias foi grande, porém após a morte de
Estevão essa perseguição se estendeu, de modo que ao verem que era interesse
dos judeus e dos romanos exterminar a religião, por instinto de preservação
decidem apoiar as mortes e perseguição aos frágeis e pobres cristãos.
“E,
vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro.
E eram os dias dos ázimos”.
Atos
12:3
Movido
de um sentimento populista, Herodes manda prender Pedro, um outro considerado
“coluna” da igreja, de forma que ele vai aos poucos tentando desestabilizar a
igreja na medida em que toca nas suas lideranças.
Herodes
valia-se do fato de que Mariane, sua avó era judia, logo ele tinha certa
ascendência judaica, justificando deste modo sua infiltração entre o povo,
buscando popularidade ele fazia sacrifícios diários no templo, lia a lei diante
do povo e era desta forma extremamente aceito pelos judeus, como quem é um
deles.
Baseando-se
na lei judaica, Herodes acusou Tiago de idolatria, quando se tratavam de casos
isolados, a idolatria era combatida por meio de apedrejamento do líder, neste
caso porém, por se tratar de uma apostasia em níveis gerais do judaísmo, Tiago
deveria ser morto ao fio de espada, os Judeus e Herodes entenderam que ele
instigou toda a cidade a cometer idolatria.
Pedro
é preso nos dias que precediam dos pães asemos, neste período de acordo com
John Stott era proibido realizar execuções, de forma que ele esteve preso no
cárcere interior e seria executado tal como o seu mestre, pois, a acusação de
Jesus, Tiago e agora a de Pedro teriam o mesmo fundamento, a “idolatria”
pregada através de Cristo.
E,
havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de
soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da
páscoa.
Pedro,
pois, era guardado na prisão
Atos
12:4,5
Feita
a prisão, Pedro é provavelmente encaminhando à fortaleza Antônia, que ficava ao
noroeste do templo. Pedro é guardado por quatro turnos de 4 soldados, de modo
que as escalas possivelmente eram de 6 horas para cada turno segundo
Kistemaker, segundo Wiersbie eram 2 turnos de 8 soldados, divididos em 2 áreas
principais.
Dois
soldados ficavam junto as portas, outros dois estavam amarrados a Pedro, sendo
um de cada lado, e mais dois ficam em outros dois portais da prisão. Pedro é
tratado segundo Kistemaker, como um prisioneiro em regime de segurança máxima.
De
agora em diante se dá um embate, o implacável império Romano com toda a sua
força, um rei que conta com o paio de Judeus e de seu próprio povo e do outro
lado a comunidade dos Cristãos, fracos, sem armas, com poucos recursos.
Segundo
Kistemaker, A ideia de Herodes era garantir que Pedro não sairia de modo algum,
ele já sabia do retrospecto de Pedro, já sabia que prisão alguma fora capaz de
contê-lo, sabia-se também que Pedro estava com tanta autoridade de Deus que
onde ele passava os enfermos esperavam a sombra de Pedro passar por cima e
deste modo eram curados.
Estão
postas as armas de Roma, tudo conspira contra Pedro, o que a igreja poderia
fazer por ele?
1° Nós precisamos retomar o
hábito de orar
“Mas a igreja fazia
contínua oração por ele a Deus.
Atos 12:5”
Não
é novidade alguma o fato de que nós precisamos orar, falamos sobre isso,
ouvimos sobre isso, mas a realidade prática é que nós não fazemos tanto quanto
deveria, a conclusão de todos nós ao falar de oração é: Precisamos orar mais,
nosso tempo dedicado a essa importante atividade é menor do que gostaríamos que
fosse.
A
realidade sobre nós é que falamos de oração, cantamos sobre oração, discutimos
sobre como orar bem, mas poucos de nós tiram de fato tempo para orar e oram.
Quando se marcam orações de
19:30 às 20, somos capazes de chegar às 20:05 a fim de evitar o período da
oração.
As
nossas reuniões de oração são as menos frequentadas e as menos apreciadas.
De fato não é fácil falar e
ouvir sobre essas coisas.
Por muitas vezes fui
exortado por colegas de ministério a dedicar mais tempo em minhas orações,
pois, algo faltava em meus sermões (acredito que ainda falta muita coisa),
porém era nítido que eu tinha relativa facilidade em falar, facilidade em
ensinar, porém o impacto do que era dito causava pouca, ou nenhuma diferença na
maioria dos ouvintes, porém quando orava sentia uma diferença gritante em meu
desempenho, bem como nos resultados do sermão.
A
fim de não encarar essa realidade me refugiei em livros, simpósios, atividades
diversas, todas de atitude exterior para demonstrar a espiritualidade que
esperavam, mas na verdade não possuía até então. Me irei com amigos que me
aconselhavam a me entregar mais, pois, afinal tudo que precisava era ler mais,
se preparar melhor humanamente falando.
Porém
a realidade da necessidade de orar estava diante de mim em livros, em
testemunhos pessoais, em cobranças de amigos e do próprio Deus que falava a
minha consciência.
Fugi
de reuniões de oração, criei resistências com os que a praticava, e em busca de
refúgios para adaptar minha falta de oração pensei em dizer que orava aos
colegas, mas na verdade apenas dedicava alguns pequenos momentos com orações
rápidas, como a de Pedro afogando:
“Salva-me
Senhor”
Quando
poderia fazer orações como a dos heróis da fé, de duas ou quatro horas.
Pensei se tratar de um
método que alguns usavam para se gabar, dada a raridade de pessoas que tornam a
oração um hábito, vi muitos partirem para o farisaísmo em suas orações, a
autocontemplação tornou-se algo que me causou repulsa.
Compensei
minha falta de oração com a preparação de sermões, julgava que o tempo que
dedicava em pesquisas e escrita compensaria minha falta de oração. Ledo engano!
Não
há avivamento que não seja precedido de oração, isso sempre esteve claro para
mim na teoria e não na prática.
Quais as razões de estarmos
cientes da necessidade de orar e não o fazer?
Os
motivos são diversos, enumero alguns dos principais:
A - No contexto de modernidade aperfeiçoamos tudo, louvor, palavra, liturgia, culto, mas não há modernização de orações, essa á única parte da igreja que não passa por adaptação.
A - No contexto de modernidade aperfeiçoamos tudo, louvor, palavra, liturgia, culto, mas não há modernização de orações, essa á única parte da igreja que não passa por adaptação.
De
forma que orar, passar tempo de joelhos parece ser algo ultrapassado, não muito
prático, não agradável.
B
-
De acordo com Leonard Ravenhill a oração é uma atividade pouco praticada e
desejada na igreja por se tratar de algo que não exige muita inteligência e
talentos externos. Tudo o que precisamos para orar é ser espiritual.
Qualquer um pode pregar,
qualquer um pode cantar, qualquer um com talento pode administrar. Todas as
atividades realizadas na igreja de alguma modo independem da espiritualidade de
quem faz,
“Os
grandes da terra, hoje, são os que oram. Não me refiro aos que falam sobre
oração, nem os que dizem que crêem na oração, nem mesmo aos que sabem explicar
os mistérios da oração. Refiro-me às pessoas que separam tempo para orar, e
oram”. (S. D. Gordom)
C-
Alegamos frequentemente falta de tempo.
Deveríamos
considerar nossas atividades diárias, muito provavelmente temos tempo livre,
mas quando se trata de oração falta tempo. Somos capazes de zerar os jogos no
vídeo game, esgotar séries da Netflix, mas quando se trata de oração nosso
tempo parece curto demais.
Orar
é o tipo de atividade ao qual dedicamos poucos minutos e esses poucos parecem
uma eternidade.
“Três vezes por dia ele
se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus, como costumava fazer”. Daniel 6:10
É
muito provável que eu tenha mais tempo do que o Governador Daniel tinha.
No
fundo nos falta querer um pouco mais, ou mesmo acreditar um pouco mais.
D-
Muitos de nós no fundo dizem que não sabem orar.
E a
objeção a essa fala é simples, não se aprende nada a não ser por meio da
prática, não basta saber o que é orar, não basta decorar versículos sobre
oração, não basta cantar “se eu orar o céu vai mover”
É
preciso começar, é preciso praticar, pensando nisso certa vez Charles Spurgeon
disse:
Rogue pela oração - ore até
que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque
não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não pode orar, é que
realmente está fazendo as melhores orações. As vezes quando você não sente
nenhum tipo de conforto em suas súplicas e seu coração está quebrantado e
abatido, é que realmente está lutando e prevalecendo com o Altíssimo.
C. H. Spurgeon
2°
Orar é o modo mais prudente de se preparar para as guerras da vida
Mas a igreja fazia contínua
oração por ele a Deus.
Atos 12:5
A
oração é o melhor meio de nos preparar para as batalhas da vida:
“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,
Efésios 6:18”
A
luta está em andamento, o que a igreja poderia fazer? Paulo fala sobre as
batalhas espirituais, de modo que olhando para um Soldado ele passa a descrever
uma armadura de Deus, os itens descritos são:
Capacete
da Salvação
Calçados
da preparação do evangelho da paz
Couraça
da Justiça
Cinto
da verdade
Escudo
da fé
Espada
do Espírito que é a palavra
A
armadura está praticamente fechada, mas o apóstolo faz questão de incluir a
oração no versículo 18, dando a entender que todo o processo de vestir armadura
deve ser feito orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no espírito.
Há
de fato muitas batalhas que devemos enfrentar como igreja.
Temos diante de nós
adversários políticos, adversários na mídia, nas salas de aula, dominando a
cultura, dominando as artes.
De todos os lados se
levantam contra nossa fé.
O único meio e combater as
forças do mal é se preparando por meio da oração.
Herodes se levantou... Mas a
igreja estava orando
O império estava contra...
Mas a igreja estava orando
Pedro estava prestes a
morrer... Mas a igreja estava orando
Somos chamados ainda hoje a
reagir contra as investidas do mal, nossa solução não será por meio de armas
naturais:
Porque
as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para
destruição das fortalezas;
2 Coríntios 10:4
,
De
um lado estão os exércitos romanos, quatro quartéis de soldados, todos
aparelhados, todos prontos a matar, algozes cruéis com espadas afiadas para
degolar.
Eles acreditavam que, de
alguma forma, realizando ou não um
milagre, Deus poderia soltar
o apóstolo em resposta a suas
orações. Portanto, havia
duas comunidades, o mundo e a igreja,
colocadas uma contra a
outra, cada uma fazendo uso de suas
armas. De um lado estava a
autoridade de Herodes, o poder da
espada e a segurança da
prisão. Do outro, a igreja se voltou à
oração, a única arma
daqueles que não têm poder
Jhon Stott – Comentário de
Atos.
Nossos problemas não serão resolvidos com mais e melhor
teologia, não serão resolvidos meramente com reformas, não serão resolvidos com
novas aparelhagens, as nossas batalhas não se vencem cantando bem, não se
vencem com obreiros armados, nossas batalhas se vence de joelhos.
Não
foram poucas as vezes em que Deus tomou partido em batalhas através da oração:
Então
me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu
coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas
palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.
Mas
o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um
dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da
Pérsia.
Daniel 10:12,13
Oração
provoca batalhas, de modo que Deus é quem toma partido por nós, apenas paramos
e vemos o seu livramento.
E
não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor
assim a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel.
Josué 10:14
Nesta
batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do
Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã
saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco.
2
Crônicas 20:17
E,
perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros
presos os escutavam.
E
de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se
moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.
Atos
16:25,26
Ponha
a sua boca no pó; talvez ainda haja esperança.
Lamentações
3:29
3°
Devemos orar sem cessar
“fazia contínua oração”
Atos 12:5
Não
é de se espantar a afirmação de Paulo:
“Orai
sem cessar.”
1
Tessalonicenses 5:17
A
igreja fazia contínua oração, não se tratou de só uma oração, não se tratou de
só um momento separado para dizer a Deus sobre Pedro “Não deixe Pedro morrer”
Essa oração era contínua, ininterrupta, tal como a parábola do Juíz iníquo.
Pedido
incessante, dia e noite clamando, precisamos disso.
E eu vos digo a vós:
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;Porque
qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. Lucas
11:9,10
O
BOM DEFEITO
Há
um defeito da igreja primitiva que eu gostaria de ter, um defeito que eu
gostaria de copiar.
Finalmente esses homens
disseram: "Jamais encontraremos algum motivo para acusar esse Daniel, a
menos que seja algo relacionado com a lei do Deus dele".
Daniel 6:5
Qual
o defeito de Daniel? Daniel orava demais.
A
igreja orava tanto que foi necessário Herodes armar um esquema de segurança
máxima, visto que em outras duas ocasiões Pedro já havia sido liberto da
prisão.
A ORAÇÃO ERA INCESSANTE,
DEVERÍAMOS ORAR SEM SE PREOCUPAR EM BATER METAS, SEM OLHAR PARA O RELÓGIO.
Apenas
orar, apenas falar com Deus.
Oração é segundo as palavras
de Josué Gonçalves “oração é a respiração da alma, de modo que quem não ora
morre”.
4°
A oração traz paz
É
fato digno de nota que Pedro estava dormindo:
nessa
mesma noite estava Pedro dormindo entre dois soldados
Atos
12:6
Paulo
cantava na prisão de Filipos
Daniel
mesmo sabendo do decreto do rei continuava orando, como se nada estivesse
acontecendo.
A
oração traz paz para a alma:
Não estejais inquietos
por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de
Deus pela oração e súplica, com ação de graças.
E a paz de Deus, que
excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos
em Cristo Jesus. Filipenses 4:6,7
5°
Frequentemente em respostas a orações na bíblia Deus enviou anjos
E
eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e,
tocando a Pedro na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E
caíram-lhe das mãos as cadeias.
Atos
12:7
Deus enviou um anjo em resposta a oração de Israel e
este falou com Gideão – Jz 6.12
Atos 12.5 – Deus enviou o anjo para Pedro
Atos 10.2 Cornélio recebeu a visita de um anjo
Mateus 4.2 – Jesus orou e ao final de 40 dias é
servido por anjos
Daniel 6.11 – Arcanjo batalhou e o anjo trouxe a
resposta
Atos 27.23 – O anjo apareceu para lhe dizer que
ninguém iria morrer
Gênesis 28.10-18- Quando Jacó orou e dormiu na Pedra
ele viu anjos subindo e descendo.
O
anjo tem algumas atividades neste texto:
- Com ele veio uma luz
- Com ele veio uma luz
-
Acordou Pedro
-
Mandou se levantar
-
Fez os soldados dormirem
-
Fez as cadeias caírem das mãos
-
Mandou se cingir
-
calçar as sandálias
-Por
a capa
Por
fim ordena seguir
Pedro tem a impressão de estar tendo uma visão – V.9
Os soldados dormiram, Warren Wiersbie comenta que eram 8
em dois turnos, dormiram os de dentro da cela, dois da entrada da cela, dois da
primeira guarda, dois da segunda guarda.
Chegada a entrada da cidade a porta de ferro se abriu
sozinha.
E,
quando passaram a primeira e segunda guarda, chegaram à porta de ferro, que dá
para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo saído, percorreram
uma rua, e logo o anjo se apartou dele.
E
Pedro, tornando a si, disse: Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o
seu anjo, e me livrou da mão de Herodes, e de tudo o que o povo dos judeus
esperava.
Atos
12:10,11
Para
Pedro tudo isso tratava-se de um sonho, mas era a resposta da oração feita pela
igreja, uma resposta concreta, surpreendente e que demonstra o poder e a força
da oração.
7°
Devemos transformar nossas casas em centros de oração
E,
considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por
sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.
Atos
12:12
Pedro
sai da prisão, passados sete dias, muito provavelmente de madrugada, ele tinha
uma convicção consigo: Deus o tirou!
A
segunda convicção foi a seguinte, os crentes estarão na casa de Maria, pois, a esta
hora sua casa é um lugar de oração.
A
casa de Maria foi o lugar chamado grande cenáculo, onde Jesus fez a última ceia
e onde buscaram o espírito Santo em Atos 2.
Agora
pensemos, era natural ir para a casa de Maria, pois, ela já tinha tradição como
uma mulher que orava, que tinha amigos que oravam e que tinha um local para
isso.
Há
casas marcadas por diversas características, casas onde se fazem muitas festas,
casas onde se reúnem para assistir jogos, casas onde sempre há famílias e não
há problemas nisso.
Mas
uma das coisas que deveríamos ter e fazer, era transformar nossos lares em
referenciais de oração, tal como uma irmã que conheci, chamada Edite, José dos
Santos.
Casas
de oração, literalmente, não só igreja, mas uma casa onde as pessoas vão para
orar. Esse era o espaço de Maria.
8°
Feito tudo isso seremos surpreendidos com respostas mais excelentes do que a
imaginação alcança
E,
batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar;
E, conhecendo a voz de
Pedro, de gozo não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro
estava à porta.
E disseram-lhe: Estás
fora de ti. Mas ela afirmava que assim era. E diziam: É o seu anjo.
Mas Pedro perseverava
em bater e, quando abriram, viram-no, e se espantaram.
Atos 12:13-16
9° A oração salva aquele
pelo qual intercedemos
E
acenando-lhes ele com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o
tirara da prisão, e disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo,
partiu para outro lugar.
Atos
12:17
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