segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Oração - A arma pacifista - Sermão entregue a igreja AD Vila Remo Sede


Atos 12 – Oração, a arma pacifista
Introdução a Atos
Até o presente capítulo a igreja vivia uma expansão sem precedentes.
Após a morte de Jesus e subsequente ressurreição, o mestre fala durante quarenta dias com os seus discípulos. A páscoa havia se encerrado, os peregrinos voltariam para as suas terras, mas Jesus ressuscitado ordena aos seus discípulos que não se ausentem de Jerusalém, mas que aguardem a promessa do pai.
Essa promessa diz respeito a dádiva do Espírito Santo, o dia em que Deus “mudaria de casa”.
Há uma preocupação ainda entre alguns discípulos, eles desejavam um reino terreno de Jesus que não tinha chegado até o presente momento.
Jesus trata de tirar o foco dos discípulos deste reino terreno, para que observassem a promessa de Deus:
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Atos 1:8

Este poder do Espírito seria a capacitação necessária para a expansão do evangelho.
Passados dez dias, os discípulos permanecem buscando, já não eram mais 500, tratavam-se de aproximadamente 120, de diversos lugares que vieram observar a festa da páscoa.
No dia de pentecostes, ou seja, somados os 40 dias de ensinos de Jesus, mais os dez de busca, os discípulos receberam a promessa do Espírito Santo.






Daí em diante o livro de Atos passa a tratar de uma expansão sem precedentes da igreja.
A igreja iniciou-se com 12 –Lucas 9.1
Depois 70 –Lucas 10.1
Em Atos 1.15 tinha -120
Em Atos 2.14 –3.000
Em Atos 4.4 – 5.000
O número continua crescendo ao ponto de perder a conta (Atos 5.14)
Mais crescimento inclusive conversão de sacerdotes (Atos 6.1 e 7)
Cristãos se espalham devido à perseguição (Atos 8.1 e 4)
Muitas Igrejas fundadas (Atos 9.31)
Aldeias inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35)
 Outras conversões significativas ocorreram, como a dos Samaritanos em Atos 8.
A conversão de Saulo em Atos 9
A conversão de Cornélio – O primeiro Gentio – Atos 10

A igreja já havia atingido a dimensão de Jerusalém, toda a Judéia e Samaria.
O próximo passo seria atingir os confins da terra, ou seja, a missão estava chegando ao seu último passo e ainda que sendo perseguida a igreja estava em franco crescimento.
A igreja estava decolando, os relatos de novas conversões são de fato de tirar o fôlego e tornam essa primeira seção de Atos um relato vivo da expansão de uma igreja e dos resultados de oração e evangelismo simultâneos.
Tudo parece indicar que agora os confins da terra serão atingidos, porém Lucas passa a narrar um hiato entre a expansão do evangelho em todo território Israelita e as nações não alcançadas, os denominados “confins da terra”.


E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
E matou à espada Tiago, irmão de João.
Atos 12:1,2

O imperador neste tempo era Herodes Antipas I, este temia a expansão dos cristãos como uma ameaça ao império, pois, estes recusavam-se a prestar cultos ao imperador e tinham reuniões secretas que de algum modo levantavam suspeitas. Sem contar ainda o fato de que Herodes Antipas desejava manter o controle sobre Israel, logo sua intenção era de atacar aquilo que os judeus mais temiam e odiavam neste momento, a saber, a igreja.
Desde os tempos de Herodes o grande, Israel não tinha um rei, Antipas deseja popularidade e aquilo que gerava mais tumulto era a religião do caminho, logo lançar mão deles para matá-los era uma medida extremamente populista.
Para preservar a paz na Palestina, não poderiam de modo algum haver partidos ou coisas que gerassem tumulto na nação e a fé Cristã representava uma ameaça a essa paz, nos dias de Herodes Agripa a acusação contra Jesus foi de auto proclamação de reino e atentado contra o templo, Herodes Agripa via como uma ameaça a religião do caminho.
Um bom modo de fazer isso era tomando um dos “colunas” da igreja, neste caso Tiago, filho de Zebedeu, irmão de João fora capturado, preso e em seguida decapitado.
Tiago tem o nome citado, mas outros são tomados para ser maltratados.
Tiago provavelmente foi morto diante de todos, de modo que testemunharam seu martírio e multidão festejava tanto com a cena como também com a notícia que correu.
Tiago é o segundo mártir citado por Lucas no livro de Atos, provavelmente houveram outros, mas é o segundo obreiro proeminente que sobre nas mãos do povo.
A popularidade da igreja nos primeiros dias foi grande, porém após a morte de Estevão essa perseguição se estendeu, de modo que ao verem que era interesse dos judeus e dos romanos exterminar a religião, por instinto de preservação decidem apoiar as mortes e perseguição aos frágeis e pobres cristãos.



“E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos”.
Atos 12:3

Movido de um sentimento populista, Herodes manda prender Pedro, um outro considerado “coluna” da igreja, de forma que ele vai aos poucos tentando desestabilizar a igreja na medida em que toca nas suas lideranças.
Herodes valia-se do fato de que Mariane, sua avó era judia, logo ele tinha certa ascendência judaica, justificando deste modo sua infiltração entre o povo, buscando popularidade ele fazia sacrifícios diários no templo, lia a lei diante do povo e era desta forma extremamente aceito pelos judeus, como quem é um deles.
Baseando-se na lei judaica, Herodes acusou Tiago de idolatria, quando se tratavam de casos isolados, a idolatria era combatida por meio de apedrejamento do líder, neste caso porém, por se tratar de uma apostasia em níveis gerais do judaísmo, Tiago deveria ser morto ao fio de espada, os Judeus e Herodes entenderam que ele instigou toda a cidade a cometer idolatria.
Pedro é preso nos dias que precediam dos pães asemos, neste período de acordo com John Stott era proibido realizar execuções, de forma que ele esteve preso no cárcere interior e seria executado tal como o seu mestre, pois, a acusação de Jesus, Tiago e agora a de Pedro teriam o mesmo fundamento, a “idolatria” pregada através de Cristo.

E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa.
Pedro, pois, era guardado na prisão
Atos 12:4,5

Feita a prisão, Pedro é provavelmente encaminhando à fortaleza Antônia, que ficava ao noroeste do templo. Pedro é guardado por quatro turnos de 4 soldados, de modo que as escalas possivelmente eram de 6 horas para cada turno segundo Kistemaker, segundo Wiersbie eram 2 turnos de 8 soldados, divididos em 2 áreas principais.
Dois soldados ficavam junto as portas, outros dois estavam amarrados a Pedro, sendo um de cada lado, e mais dois ficam em outros dois portais da prisão. Pedro é tratado segundo Kistemaker, como um prisioneiro em regime de segurança máxima.
De agora em diante se dá um embate, o implacável império Romano com toda a sua força, um rei que conta com o paio de Judeus e de seu próprio povo e do outro lado a comunidade dos Cristãos, fracos, sem armas, com poucos recursos.
Segundo Kistemaker, A ideia de Herodes era garantir que Pedro não sairia de modo algum, ele já sabia do retrospecto de Pedro, já sabia que prisão alguma fora capaz de contê-lo, sabia-se também que Pedro estava com tanta autoridade de Deus que onde ele passava os enfermos esperavam a sombra de Pedro passar por cima e deste modo eram curados.
Estão postas as armas de Roma, tudo conspira contra Pedro, o que a igreja poderia fazer por ele?

1° Nós precisamos retomar o hábito de orar
“Mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.
Atos 12:5”
Não é novidade alguma o fato de que nós precisamos orar, falamos sobre isso, ouvimos sobre isso, mas a realidade prática é que nós não fazemos tanto quanto deveria, a conclusão de todos nós ao falar de oração é: Precisamos orar mais, nosso tempo dedicado a essa importante atividade é menor do que gostaríamos que fosse.
A realidade sobre nós é que falamos de oração, cantamos sobre oração, discutimos sobre como orar bem, mas poucos de nós tiram de fato tempo para orar e oram.
Quando se marcam orações de 19:30 às 20, somos capazes de chegar às 20:05 a fim de evitar o período da oração.
As nossas reuniões de oração são as menos frequentadas e as menos apreciadas.
De fato não é fácil falar e ouvir sobre essas coisas.


Por muitas vezes fui exortado por colegas de ministério a dedicar mais tempo em minhas orações, pois, algo faltava em meus sermões (acredito que ainda falta muita coisa), porém era nítido que eu tinha relativa facilidade em falar, facilidade em ensinar, porém o impacto do que era dito causava pouca, ou nenhuma diferença na maioria dos ouvintes, porém quando orava sentia uma diferença gritante em meu desempenho, bem como nos resultados do sermão.
A fim de não encarar essa realidade me refugiei em livros, simpósios, atividades diversas, todas de atitude exterior para demonstrar a espiritualidade que esperavam, mas na verdade não possuía até então. Me irei com amigos que me aconselhavam a me entregar mais, pois, afinal tudo que precisava era ler mais, se preparar melhor humanamente falando.
Porém a realidade da necessidade de orar estava diante de mim em livros, em testemunhos pessoais, em cobranças de amigos e do próprio Deus que falava a minha consciência.
Fugi de reuniões de oração, criei resistências com os que a praticava, e em busca de refúgios para adaptar minha falta de oração pensei em dizer que orava aos colegas, mas na verdade apenas dedicava alguns pequenos momentos com orações rápidas, como a de Pedro afogando:
“Salva-me Senhor”
Quando poderia fazer orações como a dos heróis da fé, de duas ou quatro horas.
Pensei se tratar de um método que alguns usavam para se gabar, dada a raridade de pessoas que tornam a oração um hábito, vi muitos partirem para o farisaísmo em suas orações, a autocontemplação tornou-se algo que me causou repulsa.
Compensei minha falta de oração com a preparação de sermões, julgava que o tempo que dedicava em pesquisas e escrita compensaria minha falta de oração. Ledo engano!
Não há avivamento que não seja precedido de oração, isso sempre esteve claro para mim na teoria e não na prática.
Quais as razões de estarmos cientes da necessidade de orar e não o fazer?



Os motivos são diversos, enumero alguns dos principais:

A - No contexto de modernidade aperfeiçoamos tudo, louvor, palavra, liturgia, culto, mas não há modernização de orações, essa á única parte da igreja que não passa por adaptação.
De forma que orar, passar tempo de joelhos parece ser algo ultrapassado, não muito prático, não agradável.

B - De acordo com Leonard Ravenhill a oração é uma atividade pouco praticada e desejada na igreja por se tratar de algo que não exige muita inteligência e talentos externos. Tudo o que precisamos para orar é ser espiritual.
Qualquer um pode pregar, qualquer um pode cantar, qualquer um com talento pode administrar. Todas as atividades realizadas na igreja de alguma modo independem da espiritualidade de quem faz,
“Os grandes da terra, hoje, são os que oram. Não me refiro aos que falam sobre oração, nem os que dizem que crêem na oração, nem mesmo aos que sabem explicar os mistérios da oração. Refiro-me às pessoas que separam tempo para orar, e oram”. (S. D. Gordom)

C- Alegamos frequentemente falta de tempo.
Deveríamos considerar nossas atividades diárias, muito provavelmente temos tempo livre, mas quando se trata de oração falta tempo. Somos capazes de zerar os jogos no vídeo game, esgotar séries da Netflix, mas quando se trata de oração nosso tempo parece curto demais.
Orar é o tipo de atividade ao qual dedicamos poucos minutos e esses poucos parecem uma eternidade.
“Três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus, como costumava fazer”.  Daniel 6:10

É muito provável que eu tenha mais tempo do que o Governador Daniel tinha.
No fundo nos falta querer um pouco mais, ou mesmo acreditar um pouco mais.




D- Muitos de nós no fundo dizem que não sabem orar.
E a objeção a essa fala é simples, não se aprende nada a não ser por meio da prática, não basta saber o que é orar, não basta decorar versículos sobre oração, não basta cantar “se eu orar o céu vai mover”
É preciso começar, é preciso praticar, pensando nisso certa vez Charles Spurgeon disse:

Rogue pela oração - ore até que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não pode orar, é que realmente está fazendo as melhores orações. As vezes quando você não sente nenhum tipo de conforto em suas súplicas e seu coração está quebrantado e abatido, é que realmente está lutando e prevalecendo com o Altíssimo.
C. H. Spurgeon


2° Orar é o modo mais prudente de se preparar para as guerras da vida

Mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.
Atos 12:5
A oração é o melhor meio de nos preparar para as batalhas da vida:

“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,
Efésios 6:18”
A luta está em andamento, o que a igreja poderia fazer? Paulo fala sobre as batalhas espirituais, de modo que olhando para um Soldado ele passa a descrever uma armadura de Deus, os itens descritos são:



Capacete da Salvação
Calçados da preparação do evangelho da paz
Couraça da Justiça
Cinto da verdade
Escudo da fé
Espada do Espírito que é a palavra
A armadura está praticamente fechada, mas o apóstolo faz questão de incluir a oração no versículo 18, dando a entender que todo o processo de vestir armadura deve ser feito orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no espírito.
Há de fato muitas batalhas que devemos enfrentar como igreja.
Temos diante de nós adversários políticos, adversários na mídia, nas salas de aula, dominando a cultura, dominando as artes.
De todos os lados se levantam contra nossa fé.
O único meio e combater as forças do mal é se preparando por meio da oração.
Herodes se levantou... Mas a igreja estava orando
O império estava contra... Mas a igreja estava orando
Pedro estava prestes a morrer... Mas a igreja estava orando
Somos chamados ainda hoje a reagir contra as investidas do mal, nossa solução não será por meio de armas naturais:

Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;
2 Coríntios 10:4
,



De um lado estão os exércitos romanos, quatro quartéis de soldados, todos aparelhados, todos prontos a matar, algozes cruéis com espadas afiadas para degolar.
Eles acreditavam que, de alguma forma, realizando ou não um
milagre, Deus poderia soltar o apóstolo em resposta a suas
orações. Portanto, havia duas comunidades, o mundo e a igreja,
colocadas uma contra a outra, cada uma fazendo uso de suas
armas. De um lado estava a autoridade de Herodes, o poder da
espada e a segurança da prisão. Do outro, a igreja se voltou à
oração, a única arma daqueles que não têm poder
Jhon Stott – Comentário de Atos.

Nossos problemas não serão resolvidos com mais e melhor teologia, não serão resolvidos meramente com reformas, não serão resolvidos com novas aparelhagens, as nossas batalhas não se vencem cantando bem, não se vencem com obreiros armados, nossas batalhas se vence de joelhos.
Não foram poucas as vezes em que Deus tomou partido em batalhas através da oração:

Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.
Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.
Daniel 10:12,13
Oração provoca batalhas, de modo que Deus é quem toma partido por nós, apenas paramos e vemos o seu livramento.
E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor assim a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel.
Josué 10:14
Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco.
2 Crônicas 20:17

E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.
E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.
Atos 16:25,26

Ponha a sua boca no pó; talvez ainda haja esperança.
Lamentações 3:29

3° Devemos orar sem cessar
“fazia contínua oração”
Atos 12:5
Não é de se espantar a afirmação de Paulo:

“Orai sem cessar.”
1 Tessalonicenses 5:17

A igreja fazia contínua oração, não se tratou de só uma oração, não se tratou de só um momento separado para dizer a Deus sobre Pedro “Não deixe Pedro morrer” Essa oração era contínua, ininterrupta, tal como a parábola do Juíz iníquo.
Pedido incessante, dia e noite clamando, precisamos disso.
E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. Lucas 11:9,10

O BOM DEFEITO
Há um defeito da igreja primitiva que eu gostaria de ter, um defeito que eu gostaria de copiar.
Finalmente esses homens disseram: "Jamais encontraremos algum motivo para acusar esse Daniel, a menos que seja algo relacionado com a lei do Deus dele".
Daniel 6:5
Qual o defeito de Daniel? Daniel orava demais.
A igreja orava tanto que foi necessário Herodes armar um esquema de segurança máxima, visto que em outras duas ocasiões Pedro já havia sido liberto da prisão.
A ORAÇÃO ERA INCESSANTE, DEVERÍAMOS ORAR SEM SE PREOCUPAR EM BATER METAS, SEM OLHAR PARA O RELÓGIO.
Apenas orar, apenas falar com Deus.
Oração é segundo as palavras de Josué Gonçalves “oração é a respiração da alma, de modo que quem não ora morre”.


4° A oração traz paz

É fato digno de nota que Pedro estava dormindo:
nessa mesma noite estava Pedro dormindo entre dois soldados
Atos 12:6
Paulo cantava na prisão de Filipos
Daniel mesmo sabendo do decreto do rei continuava orando, como se nada estivesse acontecendo.
A oração traz paz para a alma:
Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Filipenses 4:6,7

5° Frequentemente em respostas a orações na bíblia Deus enviou anjos
E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias.

Atos 12:7

Deus enviou um anjo em resposta a oração de Israel e este falou com Gideão – Jz 6.12
Atos 12.5 – Deus enviou o anjo para Pedro
Atos 10.2 Cornélio recebeu a visita de um anjo
Mateus 4.2 – Jesus orou e ao final de 40 dias é servido por anjos
Daniel 6.11 – Arcanjo batalhou e o anjo trouxe a resposta
Atos 27.23 – O anjo apareceu para lhe dizer que ninguém iria morrer
Gênesis 28.10-18- Quando Jacó orou e dormiu na Pedra ele viu anjos subindo e descendo.

O anjo tem algumas atividades neste texto:
- Com ele veio uma luz
- Acordou Pedro
- Mandou se levantar
- Fez os soldados dormirem
- Fez as cadeias caírem das mãos
- Mandou se cingir
- calçar as sandálias
-Por a capa
Por fim ordena seguir



Pedro tem a impressão de estar tendo uma visão – V.9
Os soldados dormiram, Warren Wiersbie comenta que eram 8 em dois turnos, dormiram os de dentro da cela, dois da entrada da cela, dois da primeira guarda, dois da segunda guarda.
Chegada a entrada da cidade a porta de ferro se abriu sozinha.

E, quando passaram a primeira e segunda guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo saído, percorreram uma rua, e logo o anjo se apartou dele.
E Pedro, tornando a si, disse: Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes, e de tudo o que o povo dos judeus esperava.
Atos 12:10,11

Para Pedro tudo isso tratava-se de um sonho, mas era a resposta da oração feita pela igreja, uma resposta concreta, surpreendente e que demonstra o poder e a força da oração.

7° Devemos transformar nossas casas em centros de oração

E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.
Atos 12:12
Pedro sai da prisão, passados sete dias, muito provavelmente de madrugada, ele tinha uma convicção consigo: Deus o tirou!
A segunda convicção foi a seguinte, os crentes estarão na casa de Maria, pois, a esta hora sua casa é um lugar de oração.

A casa de Maria foi o lugar chamado grande cenáculo, onde Jesus fez a última ceia e onde buscaram o espírito Santo em Atos 2.

Agora pensemos, era natural ir para a casa de Maria, pois, ela já tinha tradição como uma mulher que orava, que tinha amigos que oravam e que tinha um local para isso.
Há casas marcadas por diversas características, casas onde se fazem muitas festas, casas onde se reúnem para assistir jogos, casas onde sempre há famílias e não há problemas nisso.
Mas uma das coisas que deveríamos ter e fazer, era transformar nossos lares em referenciais de oração, tal como uma irmã que conheci, chamada Edite, José dos Santos.
Casas de oração, literalmente, não só igreja, mas uma casa onde as pessoas vão para orar. Esse era o espaço de Maria.

8° Feito tudo isso seremos surpreendidos com respostas mais excelentes do que a imaginação alcança

  E, batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar;
E, conhecendo a voz de Pedro, de gozo não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta.
E disseram-lhe: Estás fora de ti. Mas ela afirmava que assim era. E diziam: É o seu anjo.
Mas Pedro perseverava em bater e, quando abriram, viram-no, e se espantaram.
Atos 12:13-16


9° A oração salva aquele pelo qual intercedemos
E acenando-lhes ele com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão, e disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, partiu para outro lugar.

            Atos 12:17





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