segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A importância do Louvor


A importância do Louvor

INTRODUÇÃO - HISTÓRIA

- Paulo Estava na sua 2° Viagem Missionária
-Sua ideia era passar pelas mesmas igrejas de antes declarando o parecer do concílio:
Antioquia da Síria, Icônio, Listra, Derbe e Antioquia da Psídia
-Isso se deu por conta da necessidade de desfazer os estragos dos judaizantes que relativizaram o trabalho de Paulo e Barnabé.
-Paulo tenta avançar para dois lugares diferentes – Ásia e Bitínia
-Frustrados pela tentativa sem sucesso eles se dirigem a Trôade, ou Troas.
-Lucas se une ao grupo, sendo 4 homens
-Paulo tem a visão de um homem que lhe pede ajuda – V.9
-Saem em direção a Macedônia – Passam por Samotrácia, Neápolis – Dois dias de Viagem até Filipos
-Chegam na primeira parte da Macedônia, uma colônia (Lugar romano, fora dos termos italianos, cheio de soldados veteranos).
-Lucas provavelmente era de lá, portanto fala com profunda empolgação da viagem.
-Lá permanecem vários dias – V.12

A Cidade de Filipos não tinha sinagoga, provavelmente por falta de quórum, pois, eram necessários 10 homens para formar uma sinagoga.
-O Lugar disponível para culto dos judeus nessa condição era denominado “Lugar de oração” este era próximo ao rio, não se sabe se era uma construção ou ao ar livre.
- As mulheres dominavam o lugar, os 4 homens se assentam e esperam um espaço para falar.
-É dado um espaço para que Paulo pregue, este proclama a palavra e alcança a primeira convertida da Europa – Lídia – V.13-14
- Ela como prova de sua conversão pede que se hospedem em sua casa, os apóstolos são constrangidos a ficar.

A segunda conversão e consequente prisão
-Indo ao local de oração, Paulo e seus companheiros são interceptados por uma moça que tinha um Espírito de adivinhação – Chamado Pitón.
-Ela seguia a Paulo, dando a Ideia de que ia atrás deles insistindo nos gritos
-Paulo perturbou-se pelo estado ruim que essa moça vivia:
Exilada, escrava, possessa e explorada
-Vendo essa situação por muitos dias e considerando o risco espiritual, Paulo expulsa o espírito V.18
-Seus senhores vendo que não poderiam mais lhe explorar, tomam Paulo e Silas e levam-no a ágora da cidade.
- A queixa deles é apresentada aos “strategoi” (dupla de magistrados) ou “pretores” (Nobres).
A Acusação se baseia nos seguintes pontos:
1° Esses homens judeus estão colocando nossa cidade em confusão
2° Eles estão trazendo costumes que não podemos receber nem praticar, sendo romanos.
Há um clamor pela reafirmação da Colônia, homens judeus não poderiam perturbar uma colônia dominada por militares, uma punição exemplar deveria ser aplicada.
Há um antissemitismo e orgulho romano na acusação, gerando comoção popular:

“E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas.
Atos 16:22”
-Sem o direto de defesa eles são despidos, espancados por comoção popular e açoitado com varas pelos “policiais” que permaneciam a disposição dos magistrados.






A prisão
-A ordem é de deixa-los na prisão, sendo que a fuga de um prisioneiro era “vida por vida”.
                 O carcereiro lançou Paulo e Silas no cárcere interno.” Na parte
externa da cadeia os presos tinham liberdade de caminhar e encontrar
amigos e parentes, mas a parte interna era escura e feita para manter os
presos submetidos a confinamento rígido. Ali o carcereiro meteu as
pernas dos apóstolos no tronco para tornar a fuga impossível. Ser confinado
ao tronco era tortura, especialmente quando as pernas eram forçadas
a ficar separadas e colocadas em buracos afastados uns dos outros.
 Paulo e Silas foram tratados como criminosos indignos de qualquer
conforto humano. Todavia, para os missionários, o poder de Deus
se tornou evidente em sua hora mais sombria. – Simon Kistemaker
- As portas eram guardadas muito provavelmente com travas de madeira também, como portas antigas de hoje:
“A porta estava fechada por meio de uma barra de madeira que se encaixava em duas ranhuras e os cepos se ajustavam da mesma maneira. O terremoto fez cair as barras e os prisioneiros se viram livres, com as portas abertas”. Willian Barclay

Construção de cena – Com pés presos ao tronco, as costas cansadas e machucadas por tantos açoites por meio de varas, de modo que Paulo menciona esse como sendo um dos três, o vitupério público, a falta de oportunidade de se defender, as injustiças cometidas, tudo isso levaria qualquer um a cantar e orar imprecações, mas a surpresa vem a seguir:
E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.
Atos 16:25

Feita essa introdução, falemos do assunto de hoje.

Qual é a importância do louvor para nós?
Tudo levaria o povo a desanimar, a não querer mais pregar e músicas com essa mentalidade tem sido feitas com base nessa passagem querendo dar margem a imprecação.
O Fato é que Paulo e Silas oravam e CANTAVAM, orar no desespero se vê com certa frequência, Jonas o fez, Davi, Jeremias, Jesus no Getsêmani, Pedro nas águas.
Mas cantar no desespero parece menos frequente do que pensamos, porém esse fato deve ser um encorajamento  para nós, falemos então da importância do louvor.
Por que nós cantamos?

Ao longo da história bíblica a música teve papel preponderante, mesmo entre a tradição judaica. Há trechos na bíblia dedicados a música, alguns livros inteiros são cânticos, como o caso dos salmos e do livro de cantares.
Na tradição judaica os salmos são as músicas entoadas pelo povo, alguns são cantados em ocasiões específicas, como na páscoa, outros são lembranças de seus grandes heróis.
Os grandes homens da bíblia compuseram cânticos diversos, alguns de louvor como Davi, Salomão, etc.
Outros de lamentação como Moisés, Jeremias, Amós, seja na alegria, na gratidão na tristeza, o louvor tem a possibilidade de expressar o que o coração de fato quer dizer e as palavras não expressam de modo integral.
Ainda que com essas palavras sendo conhecidas de todos, é bem possível que num movimento de retorno a palavra, na busca de equilíbrio entre tempo de exposição bíblica e boa doxologia, diminuamos excessivamente o louvor.
Há pessoas que sempre se perguntam, porque os cristãos cantam tanto?
As reclamações de pessoas que moram próximas a igrejas sempre foram essas: “Eles não tem hora pra ensaiar, não tem hora para cantar, eles vivem cantando”...
Como dito anteriormente essa marca está conosco há muitos anos, nós somos o povo do louvor, Kirk começou a abordar esse assunto em uma canção chamada “WHY WE SING”:
Alguém fez essa pergunta
Porque nós cantamos?
Quando levantamos nossas mão a Jesus
O que isso significa realmente?
Porque nós cantamos? Porque diariamente ao nos reunirmos cantamos tantas músicas nos cultos?


Há muitos que chegam após o período de louvor, que desejam apenas ouvir a palavra, que se pudessem boicotariam totalmente as canções.
Cabe aqui então começar a responder essa pergunta de Why we sing por meio da própria palavra, Porque cantamos?

1° A música nos ajuda a tomar o remédio amargo da vida
Quando criança eu frequentemente tinha enjoos, sofria muito por conta de não conseguir tomar ônibus sem que antes usasse um medicamento chamado Dramin.
Ele tinha versões em comprimido e líquido, o líquido era mais usado, pois, durava mais, porém o gosto era péssimo, nas poucas vezes que minha mãe me deu esse medicamento diretamente na boca eu sofri amargamente.
Com o tempo ela buscou meios de aliviar isso, começou a por um pouco de água e uma colher de açúcar para reduzir o mau gosto.
O louvor é justamente isso, é a força que tomamos para provar os remédios amargos da vida, seremos obrigados a encarar a doença, a dor, o cansaço, as humilhações, mas o louvor alivia todas essas sensações.
Jesus estava na sua última noite junto aos discípulos, ele sabia o que estava por vir, ele sabia que o dia seguinte seria de humilhações, espancamentos, tristezas e abandonos. Ele também sabia da traição que ocorreria pouco tempo depois, da negação de Pedro, dos açoites vindouros.
Mesmo assim Jesus vai para o jardim do Getsêmane, deixa a ceia e canta uma música.
Era um dos cânticos de romagem, não se sabe ao certo qual, mas o fato é que Jesus encarou o dia difícil o dia de luta o dia anterior a sua maior luta até aquele momento cantando.
“E tendo Jesus cantado um hino foi para o monte das Oliveiras”
O louvor é essa força para encarar os dias difíceis, eu sei que as coisas estão difíceis, que as coisas serão complicadas, mas enquanto canto me fortifico, me renovo, me alegro.


2° Nós cantamos por conta das grandes vitórias que Deus nos concedeu:

Quando Moisés atravessou o mar vermelho ele cantou – Êxodo 15.1-3
Em suas vitórias Davi cantou – 2 SM 22.1-3
Nós cantamos porque a alegria do Senhor nos alcança – Sl 126.1-3
A gratidão é um dos motivos para louvar – Salmo 116

3° A música é um meio que Deus deixou para nos encantarmos com suas maravilhas
Ao falar das grandezas de Deus o exaltamos, essa sempre é a fala que ouvimos, sempre falamos de cantar por gratidão, em honra a Deus.
Porém olhemos um pouco para nós, ao cantar as grandezas de Deus é bem possível que nos encantemos a nós mesmos com a grandeza de seus atributos, de sua graça, então o louvor é um ato duplo: Eu louvo e me encanto com o que recebe meu louvor.
Esse era o sentimento de Maria em seu cântico após a anunciação do Messias:
Lucas 1.46-50
Paulo ao falar da segurança de sua salvação cantou em Romanos 8.31-40
Como canta Vitorino Silva:
“És o sonho ideal da poesia,  Que irradia na rima do verso, Na candura do meu dia a dia, O segredo total do universo,  És o berço que embala o que nasce, És a face da alma remida,  És degrau da eterna subida, És a vida meu Deus
 És a vida”

Davi incentivou que falassem das grandezas de Deus e se espantassem e se encantassem ao mesmo tempo:
Salmo 66


4° A música nos iguala
O louvor é uma atividade que iguala a todos, só quem se destaca é quem puxa o coro no microfone, todos os demais estão ladeados de gente das mais diversas classes, não há destaques entre a multidão dos que cantam, o afinado, afina o que não é dotado do mesmo talento, de modo que ninguém é excluído ou destacado demais entre todos.
O louvor reforça a comunhão, o louvor é democrático e inclusivo.
Quando Salomão fez a inauguração do templo, seus músicos tiveram o cuidado de deixar os tons das músicas em altura alcançável a homens e mulheres, de modo que toda a nação cantava em uma só voz.
“Aconteceu que, quando eles uniformemente tocavam as trombetas, e cantavam, para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor; e levantando eles a voz com trombetas, címbalos, e outros instrumentos musicais, e louvando ao Senhor, dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre, então a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a casa do Senhor”;
2 Crônicas 5:13
O louvor é o momento em que todos são iguais, não há ricos ou pobres, não há empregados e desempregados, não há teólogos e iletrados, há apenas adoradores em torno de uma canção para dizer o quanto Deus é grande e excelente.

5° A música é uma reafirmação a nós mesmos de certas verdades
Quando eu louvo eu digo a mim mesmo que posso todas as coisas, o louvor é um meio de dizer que vamos conseguir e de responder a nossa própria alma que por algumas vezes deseja desanimar.
O louvor tem a capacidade de me auto encorajar, quando canto que vou vencer eu recobro as forças para o meu dia a dia, canções como “Vai dar tudo certo”, são cantadas pela fé, são cantadas como um meio de me auto encorajar.
Gosto da canção do Brás adoração “Eu vou vencer”.
Ainda que o tempo presente seja extremamente complicado, cantemos pela fé,


7° No céu há uma doxologia

O final da nossa história será de cânticos, no céu essa doxologia já acontece:


9° O louvor atrai o sobrenatural de Deus

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço seu comentário. Responderei o mais rápido possível.